Não demorou muito. Alguém beteu na porta. Fernanda colocou a maçã de lado e saltitou até a porta:- Cunhada, fique aí, eu vou atender.Sarah, que nem se mexeu, se sentiu totalmente sem palavras.- É você? Davi, o que faz aqui? - A voz de Fernanda estava cheia de surpresa, calor e alegria. - Você conhece minha cunhada? Entre, por favor.Davi acenou levemente com a cabeça, num gesto cavalheiresco. Entrou, olhando para Sarah, que estava na varanda tomando uma bebida, e sorriu:- Ouvi falar de um problema, vim ver como você está.Isabelly quase morreu em um grande incêndio. Ele, ao ouvir falar, soube imediatamente o que havia acontecido e o resultado.Sarah acenou com a cabeça e sorriu:- Estou bem, logo receberei alta.Davi sorriu e Fernanda correu até ele, oferecendo água e cortando frutas com entusiasmo, mas Davi recusou educadamente e com distanciamento.Após um momento, Davi se sentiu desconfortável com a presença de uma terceira pessoa e decidiu ir embora.Fernanda o acompanhou até
Rafael olhou para ela com um olhar sombrio:- Os resultados chegaram, não foi ela, você errou.- Como assim, como pode ser... - Isabelly, incrédula, mordeu o lábio inferior. - Você está me enganando para protegê-la, ela planejou me matar queimada!As lágrimas dela caíram como se tivessem cortando a pele. A pressão de Rafael caiu vários graus, sua voz se tornou profunda e gelada:- Ela conseguiu as provas de que você subornou a garçonete para iniciar o incêndio na festa. Se você quer fazer um escândalo, vá em frente.Essas palavras silenciaram todos os sons de Isabelly instantaneamente. Ela empalideceu ainda mais, seu rosto mudou rapidamente de expressão várias vezes, quase incapaz de conter o choque e o medo em seus olhos. Ela então agarrou firmemente o braço de Rafael, com os lábios tremendo:- Eu... Eu não vou causar mais problemas, Rafael, por favor me ajude, eu só queria defender a Sra. Maia...Ela procurava desesperadamente por razões, percebendo que os olhos de Rafael pareciam
Sarah disse:- Há um tempo, Rafael negligenciou ele, então a família Nascimento começou a declinar. Agora que melhorou um pouco, eles não podem evitar buscar alianças matrimoniais. Afinal, eles só querem mais um suporte para ajudar a família.Clara soltou um riso frio, incapaz de conter seu sarcasmo:- Com qualidades como as de Guilherme, quem de boa linhagem se interessaria por ele? Eles são insaciáveis, nunca satisfeitos com o que têm, sempre querendo mais! - Ela fez uma pausa, então, de repente, se lembrou de algo e olhou para Sarah. - Ouvi dizer que Rafael trouxe de volta um filho do exterior. Parece que desta vez é verdade, eles têm protegido muito bem a criança, que quase nunca foi vista.Sarah sorriu indiferente, desinteressada:- Verdadeiro ou não, o que isso tem a ver conosco? De qualquer forma, eu prefiro não me envolver nessas coisas.Ela deu de ombros e continuou a saborear seu café.O celular de repente tocou.Era Davi.- Sarah, você conhece o Sr. Francisco?- Conheço.- E
Sr. Francisco não era um daqueles homens de meia-idade gorduchos que passaram dos quarenta. Ele era bem jovem, com apenas um pouco mais de trinta anos. Fundou a primeira rede privada de hospitais do país, empregando equipamentos e medicamentos de última geração. Posteriormente, replicou seu caso de sucesso nas principais cidades do país. Os hospitais privados sob seu comando estavam agora espalhados por todo o território nacional. Naturalmente, esses não eram lugares acessíveis aos cidadões comuns, atendendo apenas aos mais ricos.Sr. Simão e Sra. Hanna estavam internados lá. Sarah também foi tratada emergencialmente lá.Após as saudações iniciais, Davi começou a discutir assuntos sérios com Francisco. Davi propôs a introdução de um bisturi inteligente ainda não lançado no mercado no hospital de Francisco. Essa tecnologia era inédita até no exterior, onde apenas testes clínicos haviam sido concluídos, representando um desafio para o hospital.Sarah percebeu a hesitação de Francisco
Sarah falou calmamente: - Você agora parece um cão abanando o rabo.Ela esboçou um sorriso e então levantou os olhos para Davi, acenando com a mão: - Presidente Davi, até logo.Ela ignorou o sorriso forçado de Arthur e simplesmente fechou a porta. O motorista partiu respeitosamente. Davi riu discretamente atrás dela, lançou um olhar para Arthur, balançou a cabeça, depois se virou com dignidade e saiu.Arthur fez um clique com a língua, se sentindo derrotado:“Os truques de Davi são bastante astutos, Rafael não é um adversário para ele!”Ele pegou o celular e ligou para Rafael: - Rafael, como você tem se dado com Sarah recentemente? Ela te perdoou?A voz de Rafael era preguiçosa e calma, mal escondendo seu contentamento: - Claro, ela já me perdoou no coração. O casamento novamente é apenas uma questão de tempo, as coisas entre nós estão muito bem. Ela recebeu o dinheiro, com certeza entendeu a sinceridade dele, e isso a tocou profundamente.Arthur não parecia tão convencido.Ele f
Sarah ainda não tinha dito nada quando Clara, incapaz de se conter, agarrou os ombros de Sarah e, com um sorriso frio, observou Guilherme e aquela mulher, falando sem rodeios:- Isso já é um escândalo conhecido por todos, ainda teme que as pessoas saibam?Ao lado de Guilherme, Lorena se encolheu assustada, apertou os lábios e baixou a cabeça, parecendo embaraçada.Guilherme, de pé diante dela, olhou para Clara com uma expressão sombria:- Clara, é melhor você ser mais educada!Clara, não disposta a se mostrar fraca, sorriu friamente:- Ela é a Sra. Nascimento ou sua noiva? Por que eu deveria ser educada? Se não me engano, alguns dias atrás sua família ainda queria que você se encontrasse comigo para um casamento arranjado! Por que você não disse a ela que não vai casar com ela, ah, você só está brincando com ela. Ela já teve seu filho, também não pode se casar com você. - Clara pausou por um momento antes de continuar. - Porque sua família Nascimento só quer que você se case com uma da
Ele achava que ela era fácil de enganar, mas acabou sendo ele quem sofreu as consequências. A expressão de angústia de Guilherme estava a ponto de se romper, com um leve tremor em seus lábios, seu corpo ficou involuntariamente rígido. O telefone de Rafael permanecia completamente silencioso. Sem precisar falar, era possível sentir o gelo e a frieza vindo do outro lado da linha. Guilherme, incapaz de se conter, apertou os dentes, com um turbilhão de emoções cruzando seus olhos. Ele percebeu que Rafael havia ficado em silêncio por tempo demais e se sentiu inquieto. Ele tossiu e chamou:- Rafael...Ele se lembrava da última vez que Rafael se afastou dele e da família Nascimento, por causa de Sarah. Mas desta vez, ele havia testado novamente os limites de Rafael, sem pensar, sabendo que ninguém se atreveria a irritar Rafael, provavelmente a família Nascimento sofreria as consequências novamente! Finalmente, a voz baixa e rouca de Rafael soou, sem transmitir qualquer emoção:- Sarah,
Sarah lançou um olhar leve para Lorena, que estava ao seu lado, e disse com os lábios apertados: - Sua família ainda está esperando, volte para eles.Guilherme apertou o punho repetidamente, seu peito subia e descia intensamente.No fim, ele não teve coragem de continuar falando e se virou para ir embora.As palavras de Clara já haviam sido suficientes para machucá-lo.Se ele continuasse, Clara provavelmente diria coisas ainda mais desagradáveis.Ele estava extremamente envergonhado.Guilherme entrou no carro com Lorena, mas não se apressou em ligar o veículo, apenas socou o volante.Lorena deu um pulo de susto.Guilherme, com um olhar escuro e confuso, disse: - Eu pensei que Rafael tivesse verdadeiros sentimentos por Isabelly, mas ele continua protegendo Sarah. - Guilherme fez uma pausa e continuou. - Se ele tem sentimentos por Sarah, por que então ele se divorciaria?Lorena segurou sua mão e disse em voz baixa e suave: - Isso é apenas o desejo de posse de um homem. Enquanto a Srta