Sarah levantou os olhos e viu Rafael, que se aproximava com uma expressão séria. Não era surpreendente que Rafael aparecesse. Afinal, as notícias circulavam rapidamente nesse círculo complicado. Rafael se aproximou com uma bebida na mão e um leve sorriso forçado nos lábios: - Sobre o que vocês estão tão felizes?Ele lançou um olhar para Davi, se deteve em Sarah por um momento e, finalmente, se dirigiu ao Presidente Yago, que estava falando. O Presidente Yago, conhecendo bem Rafael, disse sorrindo: - Eu estava dizendo que o Presidente Davi tem sorte, caso contrário, com tantos jovens talentosos que gostam da Srta. Sarah, não seria a vez dele. - Ao ver a expressão de Rafael endurecer, o Presidente Yago de repente perguntou com entusiasmo. - Quando é o seu casamento com a Srta. Isabelly? Não se esqueça de me convidar!Rafael não respondeu, sua expressão se tornou ainda mais sombria. Davi não pôde evitar rir: - Se realmente houver boas notícias sobre um casamento, Presidente Rafael,
Sarah empalideceu e correu na direção para onde apontava odedo dele.Ela não pensava em nada, apenas preocupada com o que poderia ter acontecido com Clara.Empurrou a porta para entrar, se virou, mas percebeu que estava trancada por fora.A expressão de Sarah mudou sutilmente, então ela começou a bater na porta com força:- Alguém, abra a porta, socorro...O quarto era escuro e apertado, parecendo um depósito não utilizado há muito tempo, cheio de objetos variados.Seu coração começou a bater acelerado, um medo indefinido se espalhava pelas profundezas de sua alma.Ninguém sabia que ela sofria de claustrofobia.Ela respirou fundo e tateou a parede em busca do interruptor de luz, mas não conseguiu encontrá-lo.Rapidamente, ela percebeu algo estranho, parecia sentir o cheiro de algo queimando.O cheiro se tornava cada vez mais forte e ela começou a tossir intensamente.Seu celular havia sido perdido em algum lugar.Ela se sentia completamente impotente e só podia se encolher junto à port
Ele correu para fora, sua voz estava trêmula e carregada de frieza:- Médico, chame um médico rápido...Ele estava extremamente perturbado, seu rosto destituído da habitual compostura.Ficou surpreso com o imenso terror que o engoliu como um redemoinho.Especialmente ao vê-la quase morrendo dentro da sala cheia de fumaça, seu coração parecia ter sido brutalmente rasgado, prestes a se partir em dor, como se suas entranhas estivessem deslocadas.Naquele momento.O coração de Sarah estava indescritivelmente amargo, sentindo uma emoção complexa se espalhando até seu coração, trazendo uma dor penetrante, tornando até a respiração difícil.Ela o amava profundamente, mas também o odiava por feri-la tão profundamente.Rafael devia a ela uma vida e finalmente pagou.Ela mergulhou completamente em um estado letárgico....No hospital.Sarah, devido à leve intoxicação por monóxido de carbono, apenas acordou dois dias após ser resgatada.Ao abrir os olhos, sentiu o cheiro ligeiramente antisséptico
João não apresentava um semblante amigável para Rafael, resmungando friamente:- Eles realmente combinam, se não fosse pelo fato de ele ter salvado a Sarah desta vez, eu já teria acertado as contas com ele!Como Rafael poderia tratar Sarah dessa forma, fazendo ela passar por tantas humilhações nos últimos três anos? Como João poderia não se irritar?A expressão de Sarah ficou paralisada por um momento.Os conflitos e lutas que ela sentiu anteriormente agora pareciam meras piadas.Diante de Isabelly, ela sempre foi a menos escolhida. Agora que o filho biológico de Isabelly foi encontrado, ele só teria mais afeição por Isabelly e seu filho.De repente, ela sentiu um alívio, como se tivesse removido um peso enorme das costas.Ele saldou sua dívida, assim não havia mais nada que os ligasse.João ainda tinha muitos assuntos da empresa para resolver, atendendo um telefonema após o outro.Ele saiu para atender uma chamada, enquanto Davi, sentado ao lado, observava ela com uma expressão indesc
Ela olhou para ele com calma:- Não fale sobre isso, eu vou resolver isso o mais rápido possível.- Posso ajudar você?- Não precisa.Davi pressionou os lábios, prestes a dizer algo, quando ouviu a voz de mais uma pessoa na porta.Rafael empurrou a porta para entrar e, ao ver Davi ali, sua expressão imediatamente escureceu:- Você ainda está aqui?Davi estava sentado com as mãos cruzadas, seu humor era sereno e indiferente:- Se o Presidente Rafael pode vir, por que eu não posso?O rosto de Rafael também mostrava sinais de ter sido espancado.Sarah franziu a testa ligeiramente e imediatamente entendeu que os dois haviam brigado. Ela fingiu não ter visto e desviou o olhar, falando para Davi:- Presidente Davi, vá descansar, você trabalhou duro esses dias, obrigada por me contar isso.“Encontrar tanta informação em tão pouco tempo, Davi certamente não poupou esforços.”Davi sorriu levemente, sua aura era nobre e distante, então puxou o cobertor dela, falando em voz baixa:- Então descan
A voz de Sarah era fria, mas cortava o coração dele como um machado de gelo, gravando cada palavra profundamente.Ele estava livre, mas Sarah não estava.Ela talvez nunca pudesse se livrar da tristeza indescritível que a envolvia.O filho que ele tinha abandonado tão facilmente, Sarah não podia jamais esquecer.Ele podia dizer impassivelmente que tudo havia passado.Mas ela não podia.Era um filho que realmente tinha existido na vida dela!Agora, ele a salvou.Eles estavam quites.Sarah terminou de falar. Rafael ficou chocado, imóvel.Seu rosto gradualmente se tornou cinza e sombrio.O silêncio se prolongou no quarto do hospital.Até que a voz rouca e baixa de Rafael soou novamente: - Então é isso que você pensa.Ela ainda o odiava, mesmo depois dele ter salvo sua vida.Aquele filho era o abismo intransponível entre eles.Ele se sentia impotente pela primeira vez, incapaz de recuperar tudo que havia perdido, apesar de todos os seus esforços.O pânico momentâneo passou por sua mente, se
Ele parecia querer provar seu ponto e, na frente de Sarah, atendeu a ligação de Isabelly. Antes mesmo de falar, se ouviu a voz suave e melosa de Isabelly:- Rafael, quando você volta para jantar? Pietro sente falta do papai. Quando Pietro chegar em casa, vamos jantar juntos. Ah, você prometeu se casar comigo na frente de Pietro...Isabelly ainda não havia terminado de falar e Sarah já havia soltado uma risada sarcástica. Ela levantou os olhos, seus olhos límpidos estavam carregados de escárnio enquanto olhava para Rafael. A expressão de Rafael se tornou extremamente sombria, franzindo a testa com pressa, ele desligou o telefone:- Pietro é filho do meu irmão mais velho, acabei de trazê-lo de volta do exterior. Ele não fala, nem sabe que meu irmão faleceu. Eu estava apenas tentando acalmá-lo...- Rafael, você não precisa me explicar nada. Não estou interessada nos seus assuntos e também peço que você não finja ser tão apaixonado e inesquecível no futuro, é extremamente falso! - Sarah
Dentro, tudo era inflamável. Em um instante, as chamas envolveram os objetos descartados e caixas de papelão do estúdio, alcançando também as quatro paredes.Isabelly, em pânico, gritava alto, tossindo intensamente, incapaz de completar suas frases.Ela já sabia quem era, batendo desesperadamente na porta, como se pudesse ver a mulher do lado de fora, falando com rancor:- Sarah, eu sei que é você. Você não conseguiu morrer e agora vem me atormentar. Você roubou o meu homem, roubou a minha felicidade, que direito você tem de me culpar? - Isabelly fez uma pausa e continuou. - Vocês já estam divorciados, mas você continua o perseguindo. Você não tem vergonha? Eu e ele nos amamos de verdade, por que você não pode nos deixar ser felizes?Ao final, Isabelly começou a chorar de autocomiseração.Sarah, parada não muito longe, observava a fumaça densa saindo dos dutos de ventilação, podendo imaginar o calor intenso lá dentro, que não era menos intenso que o incêndio que ela havia enfrentado di