— O que foi, mamãe? — a criança pergunta sonolenta para Lydia, que encara seu filho com certo espanto.
Lydia balança a cabeça para afastar sua expressão chocada da frente de seu belo filho. Entretanto, sua mente ainda está surpresa ao perceber uma semelhança muito chocante entre os traços de seu pequeno filho lindo e o rei. Os cabelos castanhos claros de seu filho são similares com as do rei, além dos olhos mel, puxado para um dourado quando o sol b**e no rosto de seu filho quando ele está brincando no quintal. O nariz com a pontinha bem empinada é igual à do rei, só que Lydia achava até aquele momento que o rei simplesmente andava de queixo erguido e nariz empinado por ser da realeza, mas vendo a genética de seu filho, percebe que talvez não era esse o caso.
— Nada, meu pequeno príncipe — Lydia tranquilizou a criança com um sorriso amável, ela se inclina para beijar a testa do menina que sorri com o ato carinhoso — mamãe está só um pouco cansada. Durma bem, meu anjinho.
— Você também, mamãe — o menino responde sonolento.
A jovem mãe afasta o comparativo de seus filhos com o rei. Ethan poderia ser um completo babaca e arrogante, mas a doce Lydia não acreditava que o rei teria a maldade de ser o homem mascarado que a estuprou cinco anos atrás. Ela vai à cama de cada um dos seus filhos e dá um beijo em cada um deles, alguns já estão adormecidos e outros, sonolentos o suficiente para notarem a presença da mãe.
No dia seguinte, Lydia cuida de seus filhos como de costume, prepara o café da manhã, lava a louça reclamada por sua mãe, brinca com as crianças até o horário da creche e, quando elas voltam, prepara o almoço e dá banho neles antes de ir para o trabalho. Durante todo o dia, enquanto cuida de seus filhos, Lydia vai percebendo muito as semelhanças da aparência deles com a do rei e sempre que esses pensamentos rondavam sua cabeça, ela fazia questão de afastar para longe. O rei não faria aquilo, era isso que Lydia pensava todas às vezes que a possibilidade surgia.
Logo a noite chega e Lydia é obrigada a sair de casa e ir trabalhar no cassino. Seu coração sempre se apertar ao deixar os filhos à noite, ela queria poder encontrar um outro emprego que pudesse melhorar sua vida e a vida de seus filhos, mas ninguém quer contratar uma mãe com quatro crianças para cuidar e que toma bastante tempo.
Durante as primeiras horas do seu expediente, tudo ocorre tranquilamente, ela não vê o rei Ethan e nem é designada por seu chefe para cuidar dele naquela noite, isso faz Lydia se sentir aliviada, a moça não queria ter que enfrentar o rei novamente.
Só que o destino tem um bom senso de humor e quando Lydia está agradecendo a Deus pelo livramento de não ter visto Ethan naquela noite, logo em seguida surge no corredor onde ela está parada recepcionando os clientes exclusivos, o rei Ethan e seu chefe atrás dele.
Ethan, passada por Lydia sem lhe dar qualquer atenção, ignora praticamente a existência da moça na recepção.
— Bom aproveito, senhor — o chefe de Lydia saúda o rei enquanto ele se dirige para o fim do corredor e vira para a esquerda.
O chefe da Lydia para ao lado dela e observa junto com a moça o rei sair da vista dos dois.
— Minha belíssima querida, venha comigo — o chefe de Lydia pede com a voz bem perto do seu ouvido.
A moça consegue sentir o cheiro de uísque sair do hálito do seu chefe. Ela obedece e segue seu chefe até uma sala privativa quase no final do corredor. A sala escolhida possui uma decoração em veludo, tem até uma cama no canto da sala e uma barra de polidance na outra extremidade. Em um outro canto há um bar com algumas bebidas expostas.
— Sente-se, querida — o chefe de Lydia pede, as mãos dele estão na cintura da moça, conduzindo ela até um sofá de dois perto do bar. A mão dele desliza de forma rápida pela bunda da moça.
Lydia ignora aquele ato e apenas observa o que o seu chefe pretende com aquela visita. Ele vai em direção ao bar e retira dois copos e serve um pouco de uísque nos dois copos, ele faz tudo isso com agilidade e um sorriso no rosto. Nos seus olhos já avermelhados devido ao álcool anterior, Lydia consegue ver a malícia que ele dirige a ela.
— Por que eu estou aqui, senhor? — Lydia pergunta autoritária.
Seu chefe oferece-lhe um copo, a moça aceita por educação, mas não ingere a bebida, diferente do homem que vira praticamente todo o uísque de uma vez só.
— Você precisa descansar, minha querida — o seu chefe fala com a voz bem carregada e estridente. Ele se senta bem próximo a ela, as pernas longas do homem roçam nas penas nuas de Lydia, o movimento deixa a moça desconfortável.
O homem coloca uma mecha do cabelo de Lydia para trás do ombro nu da moça, os dedos ásperos e grossos do homem passam por sua pele do pescoço e vão descendo. Lydia afasta o seu corpo do toque do seu chefe, mas isso não impede ele de continuar tentando dar em cima dela.
— Acho melhor eu voltar para a recepção, senhor — Lydia declara.
Quando ela tenta se levantar para sair da sala, o seu chefe segura seu pulso, fazendo com que a moça volte a se sentar no sofá com ele.
— Que isso, eu mando aqui. Fique — ele ordena.
Em seguida, o homem passa a mão pela coxa de Lydia, aperta com vontade e sobe até quase chegar na bainha da saia que a moça está usando. Isso faz com que a moça se levante em um pulo e se afasta completamente de seu chefe.
— Seja lá o que o senhor pensa que vai conseguir aqui comigo, saiba que o senhor está muitíssimo enganado! — Lydia grita para o seu chefe.
O rei Ethan escuta os gritos de Lydia por de trás da porta ao passar novamente por aquele corredor. Ele reconhece a voz da moça e, sem pensar duas vezes, entra na sala privativa.
— O que está acontecendo aqui? — Ethan pergunta autoritário.
— Nada, meu senhor. Apenas essa minha funcionária que é exagerada — o chefe se pronuncia rindo. — Não se pode mais oferecer uma bebida sem ser xingado.
— O senhor passou a mão em mim! — Lydia o acusa. — Você queria me levar para a cama!
Com os gritos de Lydia vazando pelos corredores, os seguranças do cassino surgem rapidamente.
— Você gostaria que retirássemos a moça do local, senhor? — um dos guardas pergunta para o rei.
Ethan nega com a cabeça, o rei ainda não sabe o que Lydia pretende com toda aquela encenação, como a sua mentira sobre a sua mãe, só para ela poder estar ali no andar privativo que ele é dono, irá fazê-la se aproximar dele para seduzi-lo. Para o rei, toda aquela gritaria e acusações era para chamar a atenção dele.
Ela quer ser salva por mim, que jogada boba, pensou o rei.
— Não será necessário, seu guarda. Vocês podem ir embora — ele ordena enquanto ele sai da sala e os guardas obedecem.
Lydia sai da sala furiosa com tudo o que aconteceu ali dentro. Seu chefe quase a fez perder o emprego, porque ela não aceitaria dormir com ele e continuar trabalhando naquele lugar e ela precisava muito desse emprego por causa dos seus pequenos anjos.
Para manter o seu emprego seguro, Lydia fica pelo resto da noite tentando evitar o seu chefe. Ela se vê obrigada a ir para os outros andares do cassino, onde provavelmente seu chefe não iria procurar por ela. O cassino possuía muitos andares além de também ser subterrâneo. A faixada principal, que era os dois primeiros andares, era frequentada por qualquer pessoa que tivesse dinheiro, entretanto os outros andares eram restritos por muitos fatores. Lydia sabia que coisas provavelmente ilegais ocorriam naquele lugar, porém ela fingia que não via só para conseguir manter a casa e seus filhos bem cuidados.
Ao passar algumas horas zanzando pelos andares, fugindo do seu chefe, Lydia esbarra com ele de novo.
— Lydia, querida, vamos conversar — o seu chefe pede com a voz branda.
— Perdão, senhor, mas preciso ir até o sétimo andar, alguns clientes pediram mais toalhas e um pouco de entretenimento — Lydia mente. — Não posso deixar eles esperando.
Ela zarpa até o sétimo andar antes que o seu chefe falasse alguma coisa. O sétimo andar é o spa do cassino, assim como o quinto andar possui salas privativas para festas ou assuntos mais íntimos para os clientes, o andar do spa era a mesma coisa, todos os clientes poderiam aproveitar massagens ou piscinas térmicas como jacuzzi para relaxarem em cômodos privativos ou públicos. Para não correr o risco de seu chefe encontrá-la, Lydia entra em um spa privativo, torcendo para que fossem clientes que de fato precisassem de um divertimento que não envolvesse dormir com eles.
— Ora, ora, ora — Ethan fala alto, ao notar a presença da moça.
— Ah, não — Lydia murmura para si mesma, descontente.
Ethan gargalha enquanto Lydia se aproxima do rei que está dentro de uma jacuzzi. Há um vapor saindo que deixa o ambiente quente e até mesmo um pouco abafado. Lydia consegue olhar com mais paciência a beleza do rei. Os dentes são alinhados e brancos, os lábios são finos, o queixo é quadrado. Ethan tem a barba bem rente à pele, o que deixa ele com ar mais sofisticado, como um verdadeiro rei. Há alguns fios brancos perto da sua costeleta, porém isso só lhe dá mais charme. Os cabelos são quase de um loiro escuro, volumosos, mesmo com um corte bem curto na parte da nuca e cheio no topo. Agora na jacuzzi, os cabelos do rei estão molhados. Os olhos de Lydia fazem com que a jovem olhe para o físico também do rei. Ele é musculoso, com abdômen definido.
— O que traz você aqui, minha dama? — O rei pergunta com humor na voz, os olhos de Ethan ficam focados nos seios fartos de Lydia.
A jovem está agora usando uma saia rosa escura bem mais curta que a da noite anterior, na parte de cima é um body de couro preto que deixa os seus seios avantajados, quase saltando para cima. A máscara que ela usa é rosa para combinar com a saia.
— Estou fugindo do pervertido do meu chefe — Lydia responde seca e cruza os braços na frente do peito.
— Hum… é mesmo? — Ethan diz com sarcasmo. — Você pode entrar aqui comigo, se quiser. Duvido que seu chefe irá importuná-la ao ver que está comigo.
Lydia fica em um impasse com a sua proposta, ela não achava correto entrar naquela jacuzzi com o rei, ainda mais sendo um rei arrogante como Ethan era. Enquanto Lydia ponderava sobre o convite, a porta do cômodo se abre e o seu chefe aparece.
— Oh, meu senhor, perdão… eu não sabia que estava aqui — o chefe de Lydia diz com a voz trêmula. — Gostaria que eu enviasse outra garota, talvez?
— Não, meu caro — Ethan responde autoritário. — Essa aqui já está ótima. Exceto se ela preferir ir com o senhor…
— Não! — Lydia responde com a voz elevada, mas tenta manter logo a calma em seguida. — Quero dizer, a honra da sua companhia, Majestade, é o que eu desejo.
Ethan abre um sorriso sacana com a resposta de Lydia, enquanto a moça se sente mortificada com a sua própria declaração, porém ela faria qualquer coisa para fugir do seu chefe e manter aquele emprego.
— Sendo assim, bom proveito, meu rei — o chefe de Lydia responde e sai do aposento.
— Vá até o vestiário e se troque — Ethan ordena. — Essa roupa que você escolheu para tentar chamar a minha atenção é bonita, mas ficará melhor com uma roupa de banho mais apropriada.
— O quê? — Lydia fala com irritação na voz e indignação.
— Não se faça de sonsa, minha dama — Ethan provoca enquanto ri. — Esses seus joguinhos são divertidos, mas não finja que não tinha planejado nosso encontro aqui. Afinal, me diga… como está a sua mãe?
— Você tem um parafuso a menos na cabeça? — Lydia responde, contrariada.
— Não sou eu que estou criando esses joguinhos, minha dama — o rei responde com humor. — Agora me obedeça, vá se trocar. São ordens do seu rei.
Ethan j**a um olhar desafiador para Lydia, que bufa em resposta antes de se virar e ir ao vestiário. Até mesmo aquele cômodo para troca de roupas era luxuoso, havia um armário com roupas de banho novinhas lacradas para o uso feminino. Lydia tenta escolher uma roupa que não seja reveladora, porém é impossível, já que todas são fios dentais e minúsculas na parte de cima.
Ela se obriga a escolher um biquíni verde-escuro, era o único que não parecia ser tão revelador. Lydia sai do vestiário usando o roupão, morrendo de vergonha de ficar praticamente nua na frente do rei.
— O que houve? — o rei pergunta curioso, percebendo a timidez repentina da moça.
— Como podem existir mulheres que conseguem usar esses tipos de biquínis? — Lydia comenta.
Isso faz Ethan rir da timidez da jovem.
— Pare de graça, minha dama. Nós dois sabemos o motivo real de você ter vindo até aqui. Agora, retire esse roupão e entre aqui — Ethan declara-se autoritário e isso causa uma irritação em Lydia, ela não gostava de acatar as ordens abusivas do rei, mas fazia mesmo assim.
Ao retirar o roupão, Ethan sente um desejo grande por Lydia. Ele tenta recordar da noite em que os dois dormiram juntos, mas pouca coisa vem à sua mente. A visão do corpo dela naquele biquíni faz com que Ethan fique excitado.
Lydia nota a mudança no jeito do rei, percebe que ele ficara boquiaberto com a sua figura usando aquele biquíni. A moça se apressa a entrar na jacuzzi para poder ficar com o corpo submerso. Ao faz isso, os dois ficam bem próximos um do outro, as pernas longas do rei fazem com que Lydia seja obrigada a ficar no meio delas e ela mesma abre as pernas e deixar elas envolta do rei.
— Está gostando da visão, minha dama? — Ethan provoca, ele sente as pernas da moça por cima das suas, os olhos do rei estão focados no rosto misterioso e mascarado de Lydia.
A moça vira o rosto para o outro lado, fugindo de responder à pergunta de imediato. Ela não quer admitir que acha o rei bonito, que o corpo dele, definido daquele jeito, era algo que poderia deixar a jovem mulher excitada se ele não fosse tão bruto com a forma que fala com ela.
Quando ela muda o foco da sua visão, fugindo da aparência arrebatadora do rei, algo surpreende seus olhos fora da jacuzzi.
Mesmo com o vapor da sauna ao redor de Lydia e de Ethan, a mulher acredita ter visto a sua irmã Jennifer. Lydia não tem notícias da sua irmã desde daquela horrível noite, Lydia foi para casa e Jennifer nunca mais voltou. Com a possibilidade de ter encontrado a sua amada irmã que Lydia sente falta, mesmo com as provocações que ocorriam no passado, a jovem mulher sai da banheira onde estava com o rei. Esquecendo e apagando qualquer vestígio de que até segundo atrás houvera pensamentos tentadores em relação ao rapaz misterioso para Lydia.— Ei, o que houve? Aonde você está indo? — Ethan pergunta surpreso.Ethan fica sem reação ao notar o estranho comportamento da moça com quem ele dormira há cinco anos atrás. Para ele, a decisão que ela tomou foi apenas para prolongar ainda mais o joguinho prazeroso de conquista que ela quer jogar para ele. Tentando se controlar para não ficar à mercê dela demais, Ethan observa Lydia se afastar. Ele sente uma excitação pelo corpo da jovem quando vê ela s
Os homens puxam Lydia para fora da sala, colocam algemas nela. A esposa do seu chefe continua xingando e acusando Lydia de assassinado, muitos clientes saem de suas salas privativas para ver toda a confusão, os colegas de trabalho de Lydia testemunham aquilo chocados e alguns até mesmo dão olhares acusadores para a pobre coitada.Lydia é levada a força para dentro da viatura policial, as pessoas do primeiro andar do cassino fazem uma aglomeração para saber o que estava acontecendo. A jovem sente seu coração saltitar muito apressado do seu peito, Lydia não consegue controlar o seu choro de desespero.— Eu não fiz nada, eu juro! — Lydia informa com a voz embargada devido ao choro. — Vocês estão cometendo um engano, vocês pegaram a pessoa errada. Eu nu
Ao chegar no cassino de luxo, Ethan nota uma movimentação diferente. Há viaturas policiais e até mesmo de uma ambulância na frente do estabelecimento. Ele se aproxima da faixa amarela que proíbe entrada de pessoas comum e grita por um policial.— O que houve aqui? — Ethan pergunta.— O dono do local foi assassinado por uma funcionária, senhor. Estamos investigando mais o caso, peço que por gentileza se afaste — o policial informa.O rei quer perguntar mais para o policial, mas o mesmo se afasta. Ethan fica irritado com a mudança do cenário em seu cassino favorito. Ele anda no meio da multidão e encontra uma funcionária que ele já havia visto trabalhar no andar do spa. O rei, ao se afastar de Lydia, marcha irritado também para a saída da delegacia. Sua mente está fervendo com os pensamentos bravos em direção à moça.Como ela consegue ser tão falsa? Tão imprudente e interesseira? Cinco anos vivendo em meu palácio, eu lhe dando tudo do bom e do melhor e ela continua com esses joguinhos imaturos? Não me surpreenderia se ela tivesse feito todo esse show do assassinado só para me obrigar ajudá-la, chamando minha atenção dessa forma. Mulher ingrata e louca. Esses foram os pensamentos irritados do rei Ethan em torno de Lydia enquanto ele se afasta dela, entretanto, ao chegar na frente da delegacia Ethan é surpreendido por uma criança de cinco anos, a criança tromba nas pernas de Ethan e cai no chão aCapítulo 7 – Cansaço part 1
Logo que amanhece, Liam vai até o setor do IML que fica perto da delegacia. Por ser melhor amigo do Rei e possuir alta patente no serviço do palácio, Liam consegue ter acesso a todo o caso do assassinato. O rapaz investiga o relatório feito pela polícia, percebe que possui alguns detalhes malfeitos e decide que ele mesmo vai fazer a autopsia novamente no cadáver.Horas mais tarde, o Liam tem um resultado totalmente diferente do que a polícia havia colocado no relatório. O chefe de Lydia não havia sido morto pelas facadas dadas em suas costas, mas sim por um envenenamento.O rapaz refaz mais uma vez o teste para ter certeza daquele resultado e mais uma vez, quando o teste volta o resultado é o mesmo. A causa foi envenenamento.— Quem fez isso queria que fosse para parecer que foi pela faca, assim conseguiria incrimin
Lydia tenta prolongar o seu sofrimento e ansiedade para entrar no escritório da gerência. O segurança está a alguns passos à frente delas, mas a moça queria ficar cada vez mais afastada, para que a sua sorte tivesse algum manifesto para ela. A moça rezava para todos os deuses existentes para que ela pudesse continuar com o seu emprego.Por favor, por favor, que eu consiga manter esse trabalho, é a única coisa que me resta, Deus! Lydia rezava com afinco enquanto se aproximava cada vez mais. O guarda parou na lateral da porta e esperou que a jovem lhe alcançasse.— Tenha uma boa noite, senhorita — o guarda desejou antes de sair.— Você também — Lydia murmurou a resposta para as costas do homem.
Enquanto na mente do rei o prazer lhe dominava o corpo inteiro naquele momento, com Lydia ajoelhada aos seus pés pronta para servi-lo, para lhe dar um prazer indescritível que ele estava desejando fazia muito tempo, para a moça a situação era totalmente oposta.A mulher estava com os olhos arregalados, ver o membro rígido do seu novo chefe a sua frente deixou a Lydia totalmente em choque. Para ela, aquilo era um ultraje, como ele poderia achar que ela faria algo assim no escritório e ainda por cima com ele? Após o estupro cinco anos atrás o rapaz achava que Lydia simplesmente ficaria de fato de joelhos por ele, querendo servi-lo de bom grato? A moça sentia nojo daquela situação, sentia nojo do homem.Como alguém tão rico e poderoso poderia ser des
Em uma sala de estar empoeirada e um pouco escura, Jennifer arremessa uma jarra de cristal contra a parede com raiva. A mulher perto dela se encolhe com o susto do barulho da jarra se espatifando em mil pedaços pelo chão.— Seu trabalho era simples, era muito simples, sua maldita! — Jennifer berra para a mulher à sua frente. — Como você conseguiu errar isso, hein?!Jennifer agarra a mulher pelos cabelos fazendo ela se ajoelhar. A mulher de quase cinquenta anos cai aos seus pés chorando.— Me perdoe, senhorita, me perdoe! — a mulher implora chorando, colocando as mãos juntas como se orasse. — Não foi culpa minha. Eu fiz tudo o que a senhorita pediu. Eu envenenei meu marido e depois usei uma faca para esfaqueá-lo n