A Profecia de Drácula: A Infância de Crystal - Livro 2 - Vanessa Matos
Ainda que os vampiros possam viver muitas experiências durante a sua longa existência, eles podem conhecer inúmeros sentimentos, mas Bóris e Bela se sentiram muito surpresos com o nascimento de sua filha Crystal, pois eles perceberam que um bebê, que nasceu enquanto eles ainda eram humanos, pôde fazê-los se sentirem diferentes e conhecerem um amor, o qual estava além da compreensão, tanto humana quanto vampiresca. Crystal, mesmo sendo um ser humano muito pequeno e indefeso, é muito amada tanto pelos seus pais quanto por pessoas que a humanidade jamais imaginou: o conde Drácula.
Ela havia sido prometida a Bóris pelo conde Drácula quando ele ainda tinha cerca de seus quinze anos. E como o casal estava muito feliz com o nascimento de sua primeira filha mulher, eles queriam apresentá-la a todos o mais rápido possível, principalmente a Bela, que por ser sempre muito vaidosa e gostar muito de ser notada onde quer que ela chegasse, fazia questão de dizer sempre a todos que era casada com Bóris, e que era, orgulhosamente, mãe de uma filha dele.
Devido à amizade de longa data que Bóris tinha com o conde Drácula, ele quis levá-la para que o conde a conhecesse, quando Crystal ainda era uma recém nascida. Mesmo sabendo que Bela poderia causar problema, Bóris teve que desejar sorte a si mesmo e avisá-la sobre a apresentação de Crystal ao conde, pois como Bóris ainda não tinha anunciado a sua esposa ao conde, ele não poderia levá-la consigo naquele momento:
– Bela, eu vou levar a Crystal hoje à noite para que o conde a conheça. Tudo bem para você?
Tomada pela preocupação de uma mãe que quer proteger a filha de todos, perguntou: – Não é perigoso?
– Não é perigoso. Ele não vai morder a menina, até porque ele mesmo já disse que ela seria muito importante para a sociedade vampiresca quando ela crescesse. Acho que devo isso a ele. Preciso apresentá-la o quanto antes para ele. – Justificou Bóris para a sua esposa.
– Tudo bem, vamos juntos, então.
– Não acho uma boa ideia você ir comigo sem ser anunciada.
– Eu sou a sua esposa, Bóris. Por que eu não poderia ir junto?
– Eu não avisei a ele nem ao Plínio que você estaria indo comigo. Hoje, eu estando com eles, eu aviso que na próxima vez que eu for, você estará indo comigo.
– Tudo bem. Fale para ele que eu não represento nenhum risco para o segredo da espécie. – Pediu Bela, para que ela pudesse conhecer o conde e o castelo da próxima vez em que Bóris fosse até lá. – Até porque eu também sou uma vampira agora. – Complementou ela, se sentindo vitoriosa por ter conseguido se transformar e realizar o sonho da juventude eterna.
– Pode deixar que eu vou avisar, sim.
– Bóris, agora eu não consigo mais me ver no espelho. Então não consigo saber. Eu continuo bonita como antes? – Perguntou Bela ao marido.
– Você está sempre linda, Bela. – Respondeu Bóris, pegando a mão de sua esposa e dando um beijo, de modo a mostrar admiração.
Em seguida, ela deu um breve sorriso se sentindo a vampira mais bonita do mundo por ter recebido um elogio de Bóris.
– Eu quero ir até o castelo assim que o sol se pôr. – Disse Bóris, tentando apressá-la nos preparos da criança.
– Já entendi que você quer que eu prepare a menina. Cadê a Isaura? Ela não veio hoje? – Perguntou Bela.
– Estou aqui, dona Bela. – Respondeu Isaura andando rápido enquanto vinha da cozinha, vestida com um uniforme de empregada doméstica que a própria Bela havia escolhido para que ela pudesse trabalhar.
– Você estava aqui em casa durante o dia inteiro ou só chegou agora a fim de nos enrolar? – Perguntou Bela, que adotou um jeito muito autoritário depois de ter sido transformada em vampira.
– Bela, não implique com a empregada. Deixe que ela continue cuidando das tarefas. E você vá cuidar de Crystal, pois daqui a pouco vai anoitecer e não quero demorar muito a voltar para casa. – Disse Bóris sentado no sofá e encostado confortavelmente, procurando algo interessante para assistir na televisão.
– A senhora deseja que eu deixe a Crystal pronta para sair com o senhor Bóris?
–Não. Pode deixar que eu mesma arrumo a minha filha.
– Bela, não se esqueça de que agora você tem poderes e que você ainda está aprendendo a lidar com eles.
– Pode ficar tranquilo que eu não vou me esquecer que agora tenho muitos dons das trevas.
– Não é isso que eu quero dizer. Digo para que você tenha cuidado quando for pegar a Crystal no colo, ou fazer qualquer coisa com a menina, pois você agora tem um poder chamado super força, o qual pode facilmente esmagar um ser humano.
– Nossa! Eu tinha me esquecido desse detalhe! E a nossa filha é uma humana tão indefesa! – Disse Bela, se sentindo triste.
– Sim, exatamente. Cuidado para não matar a nossa filha! – Disse Bóris, roendo a unha de seu dedo polegar enquanto olhava para a esposa que às vezes ele achava um pouco irresponsável.
– Isaura, diante disso. Você pode cuidar de Crystal hoje. Dar um banho nela, dentre outras coisas que forem necessárias. – Disse Bela olhando para Isaura.
– Sim, dona Bela. Vou voltar para a cozinha terminar de esfriar o leite de Crystal e em seguida, vou preparar as coisas para o banho dela. – Respondeu Isaura.
– Pode deixar que as roupinhas que ela vai vestir depois do banho, eu mesma escolho. Prefiro que você se preocupe com o banho e em vesti-la e alimentá-la, pelo menos por enquanto. – Disse Bela se sentindo entristecida por ainda não poder pegar Crystal no colo. – Então, meu amor, você acha melhor que eu peça a Isaura para que dê banho e alimente a Crystal durante quanto tempo?
– Eu acho melhor que Isaura faça essas tarefas com a Crystal pelo tempo que for necessário. Mas seria interessante que você acompanhasse tudo de perto, para que você tenha um maior incentivo para que você mesma busque adaptar a sua força com o tempo.
– Sim, eu concordo com o seu ponto de vista, pois eu quero muito participar ativamente da vida da nossa filha! Eu a quis tanto! Esperei tanto para ver o seu rostinho. Quero cuidar dela da melhor forma que eu puder, sem oferecer nenhum tipo de risco a ela.
– Então, sugiro que você se dedique e treine os dons que você recebeu das trevas, principalmente a super força, de modo que você consiga controlá-la.
– Vou começar a fazer isso hoje mesmo. Você teria algo para me sugerir, para que eu aprenda como lidar com isso?
– Eu nunca precisei me preocupar sobre a forma de como eu teria que controlar a minha força, pois fui presenteado com outros dons, os quais são mais presentes em minha existência.
– Mas e eu? O que eu faço? – Perguntou Bela se sentindo preocupada e sem saída.
– Eu não sei. Pergunte a humana Isaura. Como ela deve estar mais atenta a esse mundo que os humanos chamam de saudável, talvez ela saiba ajudar, dando alguma ideia que se aproveite.
– Nossa, Bóris! Como você é antiquado! Não se diz “mundo saudável”. Os humanos chamam isso de “mundo fitness”, que é quando as pessoas se preocupam em malhar e ter uma vida regrada na alimentação, realização de exercícios, essas coisas.
– Isso mesmo. Já ouvi essa palavra em algum lugar, mas felizmente a nossa genética não se altera com o tempo. Então não precisamos de academia, pois permanecemos do mesmo jeito de quando estávamos quando nos transformamos.
– Isso é ótimo! Uma grande vantagem de se tornar um vampiro! – Disse Bela admirada pela longa vida que ela vai ter pela frente.
– Sim. Eu não tinha pensado por esse lado, mas eu vou continuar sendo esse garotão! – Comentou Bóris, abrindo um sorriso largo e caindo na gargalhada junto com Bela. – Pena que não consigo mais me refletir no espelho para me admirar.
Depois de cerca de cinco minutos, Bela disse: – Vou falar sobre o controle da força com a Isaura agora mesmo. – Disse Bela se virando de costas e indo até a cozinha para tirar as suas dúvidas com a empregada.
Chegando à cozinha, a qual era um lugar ainda mais luxuoso do que antes, pois após o nascimento de Crystal, Bela sentiu necessidade de alterar muitos cômodos da casa, a fim de ter mais espaço para a menina. Pois ela queria que ela pudesse engatinhar a vontade, sem bater nos móveis, nem se machucar, pois Bela, por ser uma vampira novata, ainda não conseguia controlar totalmente a sua sede. Então, para oferecer maior conforto e espaço, a cozinha agora passou a ter um fogão com mesa de vidro e painel touch, o qual era embutido em um pequeno armário, sobre o qual tinha um mármore preto, o que deixou a cozinha muito mais espaçosa e com um toque de luxo, pois tais móveis e produtos eram de última geração.
Logo que Bela entrou na cozinha, viu que Isaura estava na frente da pia, a qual estava com um pouco de água fria, a fim de esfriar o leite de Crystal que estava dentro de uma leiteira. Mas no momento em que Isaura viu que Bela já estava quase do seu lado, ela disse:
– Está precisando de alguma coisa, dona Bela?
– Estou com uma dúvida.
– Pois não. Se eu souber ajudar, a senhora poderá contar comigo. – Respondeu Isaura, que ainda estava mexendo a leiteira, cujo fundo estava encostado na água fria que ela havia acumulado dentro da cuba.
– Eu acredito que você possa me ajudar, sim. Vocês humanos estão mais acostumados com a vida fitness do que eu e o meu marido. Então creio que você conheça algum exercício que possa ser feito a fim de controlar a força das pessoas.
– Controlar a força? Não seria melhorar o condicionamento físico? – Estranhou Isaura.
– Eu não sei como vocês chamam, mas preciso saber usar melhor a minha força. Se é que você me entende. – Disse Bela, tentando não falar abertamente a Isaura que ela havia se tornado uma vampira.
– Eu imagino que uma fisioterapia possa ajudar. Ou uma academia. Mas não tenho uma opinião formada a respeito desse assunto.
– Entendi.
– Mas a senhora pode ir se adaptando sozinha mesmo.
– Como assim?
– Por exemplo, se a senhora se beliscar, vai doer, certo?
– Óbvio que sim.
– Então, na próxima vez a senhora já tenta se beliscar de uma forma mais leve. E assim por diante. É um exemplo muito grotesco, mas que pode te ajudar até encontrarmos uma opção melhor. – Justificou Isaura, dando continuidade ao seu serviço de esfriar o leite.
– É uma boa ideia. Um tanto boba e tosca, mas deve funcionar.
– Estou torcendo para que dê certo.
– A Crystal ainda está dormindo? Parece que eu escutei um chorinho. – Disse Bela, planejando algo em sua mente diabólica.
– Estava dormindo ainda no berço quando eu desci para a cozinha. Vou até lá agora verificar se ela já acordou. – Disse Isaura soltando a leiteira ainda dentro da cuba da pia e caminhando para saída da cozinha.
Nesse momento, Bela, que percebeu sua ansiedade ser agravada depois da transformação, não agüentou esperar o inicio dos exercícios, nem o conhecimento de profissionais que pudessem ajudá-la a conhecer e controlar melhor a sua força, então ela mesma resolveu iniciar sozinha e sem qualquer treino prévio, através do serviço de esfriar o leite da própria filha. Então ela segurou na alça da leiteira a fim de fazer os mesmos movimentos que Isaura estava fazendo. Mas no momento em que ela colocou as suas mãos e as envolveu na alça da leiteira, a alça se soltou, deixando Bela decepcionada consigo mesma, pois percebeu que controlar a própria força seria uma tarefa muito difícil que ela teria de enfrentar, se ela realmente quisesse ter mais contato e proximidade com a própria filha.
Bela por se sentir envergonhada por te quebrado a alça da leiteira, foi caminhando até a sala a fim de se sentar perto de Bóris para que Isaura não visse a leiteira quebrada quando ela retornasse à cozinha.
Então alguns minutos depois, Isaura voltou do quarto e foi até a cozinha, mas vendo que a Bela não estava, foi até a sala e disse:
– Crystal continua dormindo. Está parecendo um anjinho.
– Que bom. Então eu me enganei quando ouvi o choro de uma criança. – Disse Bela, que mentiu a respeito de ter escutado o choro de um bebê. Ela só inventou essa desculpa para que Isaura saísse de perto da leiteira para que ela pudesse assumir o comando de esfriar o leite da filha, o que não deu muito certo.
Então, quando Isaura voltou para a cozinha e viu que a leiteira estava com a alça quebrava, ela mesma abriu a porta do armário a fim de pegar outra leiteira que estivesse perfeita. Mas em seguida, Bóris entrou na cozinha e disse:– Isaura, eu acho que você já pode acordar a Crystal e dar um banho nela. Depois você pode dar de mamar para ela.– Sim, senhor. Vou até o quarto agora mesmo.– Está bem. – Respondeu ele a Isaura. – Bela, vá até o quarto com Isaura e acompanhe o banho que ela vai dar agora em Crystal.– Sim, eu vou. – Disse Bela, entrando novamente na cozinha e vendo a nova leiteira nas mãos de Isaura.– A senhora já escolheu a roupinha que a Crystal vai vestir para sair com o senhor Bóris?Nesse momento, Bela se assustou, pois ela tinha se esquecido de subir até o quarto da filha e e
A Profecia de Drácula: A Infância de Crystal - Livro 2 - Vanessa MatosQuando Bóris desceu as escadas com Crystal em seu colo, Bela foi descendo logo atrás, dizendo:– Quando você chegar ao castelo, avise ao conde Drácula imediatamente sobre mim, pois eu quero ir da próxima vez. Fico preocupada com a minha filha indo até lá, afinal de contas ela é humana! – Disse Bela, se lembrando que Isaura estava logo atrás dela e que ela não poderia saber sobre o segredo deles, pelo menos por enquanto. – Quer dizer, que ela é apenas um bebê, muito indefesa. – Corrigiu Bela para que Isaura não percebesse.Mas como Isaura era uma pessoa muito discreta, foi caminhando para a cozinha de modo a preparar outras refeições, as quais ela acreditava que os seus patrões fossem comer. Mas ela não imaginav
A Profecia de Drácula: A Infância de Crystal - Livro 2 - Vanessa MatosCrystal era muito amada tanto pelos seus pais Bóris e Bela, quanto pelo conde Drácula e pelo seu mordomo e cavaleiro Plínio, pois todos davam o seu melhor para criá-la, dando-lhe atenção e tudo mais que fosse necessário para que ela crescesse feliz e saudável. Entretanto, quando Crystal ainda tinha por volta de seus três anos de idade, ela não gostava quando brigavam com ela nos momentos em que ela fizesse algo que fosse julgado como errado através do ponto de vista dos seus pais. E com a finalidade de corrigi-la, eles eram obrigados a chamar a sua atenção e algumas vezes colocá-la de castigo como ficar trancada em seu quarto sozinha sem os seus brinquedos favoritos, a fim de que ela começasse desde pequena a refletir a respeito de seus atos.Todavia, Cr
A Profecia de Drácula: A Infância de Crystal - Livro 2 - Vanessa MatosLogo quando o conde se aproximou de Crystal, ele a envolveu em seu abraço, levantando-a do chão e ficando com ela em seu colo, enquanto pedia para que o seu mordomo Plínio preparasse algo bem quente para que ela pudesse se alimentar e se aquecer, pois a noite estava fria e a região da floresta provavelmente estaria ainda mais. E para que ela não ficasse doente, eles tentaram cuidar dela o máximo possível.Cerca de meia hora depois, Plínio chegou até a mesa, segurando um prato que fumegava. Quando o conde viu que ele tinha colocado o prato sobre a mesa, levou a criança, colocando-a sobre uma cadeira alta, a fim de dar em sua boca aquele delicioso mingau de chocolate.A cada vez que o conde mergulhava a colher naquele líquido escuro e denso, Crystal ficava ainda mais ansiosa
A Profecia de Drácula: A Infância de Crystal - Livro 2 - Vanessa MatosCrystal estava crescendo conforme os seres humanos, e quando ela tinha por volta de seus cinco anos de idade, sempre pedia para que os seus pais a levassem para visitar o conde Drácula, o qual ela considerava como se fosse o seu avô do coração, pois ele a tratava sempre muito bem, dando muita atenção e fazia todas as suas vontades, ainda que ela fosse uma criança humana e ele um vampiro com mais de mil anos de idade.Em uma noite, Crystal chegou com a sua mãe Bela e com o seu pai Bóris ao castelo, e no momento em que ela passou pela porta, ela se soltou de seus pais e já foi correndo abraçar o conde Drácula, deixando-o muito feliz com a sua visita e, principalmente, com o carinho que ela sempre dava a ele. Depois que ela o soltou, o conde disse:– Oi, minha pequ
A Profecia de Drácula: A Infância de Crystal - Livro 2 - Vanessa MatosCrystal depois de muito caminhar e de descer muitos lances de escada, ela chegou a um cômodo que estava com a porta fechada. Entretanto, a maçaneta estava um tanto apodrecida, facilitando que ao envolver os seus pequenos dedos na extremidade da peça, e com um leve empurrão com os pés, a porta foi facilmente aberta.Quando ela entrou naquele cômodo, ela se espantou com tantas teias de aranha que estavam por toda a parte. E ao fundo daquele cômodo, tinham várias caixas grandes, umas em cima das outras, cujo conteúdo Crystal quis saber do que se tratava. Entretanto, as caixas estavam fechadas e por isso ela não conseguia visualizar o que elas guardavam. Devido à imensa curiosidade que invadia a mente de Crystal durante o todo o tempo em que ela estava caminhando pelo castelo, ela resolv
A Profecia de Drácula: A Infância de Crystal - Livro 2 - Vanessa MatosEnquanto isso na sala, o Plínio, o conde Drácula, a Bela e o Bóris escutaram ao longe um som de grito que parecia ser o de uma criança e logo imaginaram que pudesse ser Crystal que estivesse em apuros em algum canto daquele castelo.Bela ficou desesperada sem saber o que fazer. Enquanto isso, Bóris, o conde Drácula e o mordomo Plínio conversaram entre si e entraram em um acordo para que cada um deles fosse procurar Crystal em uma parte do castelo. Bóris que ainda não conhecia muitas coisas deveria ficar procurando por aquele mesmo andar, ou no máximo nos dois andares para cima e para baixo.Plínio, por sua vez, já conhecia boa parte do castelo, então ficou sob a sua incumbência procurar por Crystal nos andares superiores.E como o conde já
A Profecia de Drácula: A Infância de Crystal - Livro 2 - Vanessa MatosLevando a pequena criança por entre os corredores e subindo cada um dos lances de escada com ela em seus braços, rapidamente eles chegaram até o salão principal. E quando eles se encontraram com Bóris e Bela, os pais de Crystal sentiram um enorme incomodo, cujo motivo eles desconheciam, mas depois de olharem com atenção para a filha, viram que ela estava com um corte na mão, o qual havia sido causado por uma farpa que tinha em uma daquelas caixas de madeira. E como eles ainda eram vampiros novatos, cuja sede e a fome eles ainda não conseguiam controlar, o conde achou melhor que eles se afastassem da criança. Ao chamar o seu mordomo Plínio que, por sua vez, estava em um dos andares superiores do castelo e por isso não escutou o chamado de seu mestre, o silêncio se criou naque