A MÁFIA
A MÁFIA
Por: Eduarda
O COMEÇO

Meu nome é Laura Vincent, tenho 19 anos e sou a filha mais nova do Don da máfia Francesa, fui criada com muito amor, mas sempre sabendo a minha obrigação como Mulher.

Estudei até os 19 anos em um internato para meninas da máfia em Milão e lá fui educada sobre tudo que uma mulher deve saber sobre casamento na máfia, Submissão, sexo, ter filhos e aceitar o que o marido decidir.

É claro que não aceito nem metade disso, apesar do internato ser religioso eu não sou uma santinha, lembro-me que uma vez comprei um livro que tinha muita parte erótica e levei para o internato, eu e as meninas não paramos de ler, mas um dia a madre descobriu e me castigou feio, contou para meu pai que não gostou nada do meu comportamento.

Hoje estou voltando para casa e sei que uma menina só saí do internato para casar, então isso quer dizer que já tenho um pretendente.

Olho aquela imensidão de árvores que cercam o lugar que morei por anos, aqui foi meu lar mais que qualquer lugar, aqui fiz irmãs e pessoas que nunca quero esquecer, amo meus pais mesmo tendo que ficar longe deles, sei que tudo isso era inevitável e que uma hora não poderia fugir, mas confio em papai e sei que ele terá escolhido um homem bom ou pelo menos menos mau para mim.

(...)

Suspiro pesadamente em pensar que mal terei tempo com a minha família, e que sim, estou com muito medo do que vai acontecer.

— Chegamos Senhorita. - Diz olhando para mim.

— Obrigada. - Suspiro, descendo do carro.

Olho aquela casa que já não é tão minha, Páris sempre foi um lugar lindo e continua sendo.

— Laura! - Olho para ela que continua tão bonita. - Minha menina... - Diz com lágrimas nos olhos.

— Mamãe! - choro ao sentir seu abraço - senti tanta saudades. - sinto o seu cheiro, o mesmo que me lembro de quando era criança.

— Você está tão linda, princesa. - mamãe diz sorrindo - você não sabe como contei os dias para te ver. - me abraçou novamente.

— Será que tem espaço para mais um? - papai diz sorrindo.

— Papai! - corro em sua direção, que me pega no colo - estava com saudades.

— Minha princesa, também senti sua falta. - sorriu sincero - vamos entrar, deve está exausta da viagem.

Entramos na casa e senti cheiro de lar novamente, o que é muito estranho, porque poucas vezes estive aqui.

— Pentelha! - meu irmão apareceu segurando uma caixa - não vai me abraçar? - sorriu.

— Posso pensar? - coloquei a mão no queixo fingindo pensar - hum, ainda não sei... - ele então puxou o meu braço para um abraço - aí seu bruto!

— Continua dramática. - Sorriu para mim - não mudou nada.

— Engraçadinho, é claro que mudei, não ver que estou mais bonita. - rodei no ar - Me tornei uma bela mulher.

— Sei... - sorriu para mim - continua uma pequena anã. - gargalhou quando fiquei vermelha de raiva.

Eu ia avançar em cima dele, mas minha mãe me parou.

— Agora já chega crianças. - disse puxando meu braço - Laura meu anjo, vamos subir, precisa se arrumar. - Falou subindo as escadas.

— Para quê? - perguntei com curiosidade.

Mas um silêncio se fez presente na sala, então minhas suspeitas estavam certas.

— Filha... - suspirou e abaixou a cabeça triste.

Antes que ela começasse a falar, meu pai disse o que tanto ela não conseguia dizer.

— Querida... - bateu com a mão do lado do sofá para me sentar, obedeci - Sabe que chegou a hora de se casar, já tem 19 anos e virou uma linda mulher. - sorriu e continuou - Hoje meu amor, terá um jantar onde você conhecerá seu futuro marido. - olho para minha mãe que está de cabeça baixa e meu irmão não diz uma palavra, mas sei que não concorda com isso.

— E quem é ele? - pergunto me referindo ao idiota ou velho que vou ter que casar.

— O nome dele é Vitor, ele é filho do padrinho de Lucas, Henrique. - Merda, vou me casar com um Greco - Ele será o futuro Don da máfia, você se casará bem filha. - forçou um sorriso.

Qualquer máfia, seja aliado ou não, conhece a Ndrangheta, comandada pela Família GRECO.

A fama dos três filhos do Henrique Greco corre solta, são impiedosos e todos temem, e eu fui a sorteada para casar com o pior de todos.

— Farei como o senhor quiser papai. - suspiro triste - Posso ir agora? - pergunto me levantando do sofá.

— Laura, sei que não é o que você queria, mas o Henrique é meu amigo, além de ser meu aliado e eu considerar um irmão. - pausou - Quando ele disse que seria uma boa idéia juntar as famílias, concordei de imediato, você será o futuro princesa. - segura em minha mão.

— Farei como desejar, papai. - Saiu tão amargurada as palavras - Sei que não tenho escolha. - subo as escadas correndo.

Por que eu? Por quê?

Estou com muito ódio, não queria casar com ele, não mesmo.

Eu sei que vou sofrer todos os dias na mão daquele anti cristo, eu conheço sua fama, a maldade em pessoa, para não falar o diabo.

— Querida? - estava tão aérea em meus pensamentos que não percebi mamãe chamar.

— Sim?

— Precisamos escolher sua roupa para hoje a noite. - sorriu triste - Sei que não quer isso, eu também não. - segurou minha mão - Mas você é forte princesa, e não deixará nada te abalar. - limpou uma lágrima solitária que caia do meu olho.

— Ok mamãe. - sorri - Vamos cuidar então.

A tarde inteira foi assim, escolhendo roupas, saltos, tudo que mereço, se vou me casar com aquele ser, pelo menos serei elegante.

Depois de muita demora e enrolação, fui tomar banho, demorei bastante dentro do banheiro, estava com muito medo, mas teve uma hora que não pude mais enrolar e tive que sair.

Fui direto para o closet e comecei a me arrumar com ajuda de uma das empregadas da casa.

Optei por algo mais simples, não vou ficar tão arrumada para aquele anti cristo, sorri com meu pensamento.

— Como você está linda. - sorriu - Agora temos que descer, a família Greco já chegou.

— Então vamos! - peguei em sua mão, estava nervosa.

Descemos as escadas e quando olhei para baixo, lá estava ele, seu olhar sobre mim me avaliando, e eu tremia de medo novamente.

O que será que essa vida reserva?

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