Um sentimento de culpa invadiu o coração de Emanuel, que se aproximou da beira da cama e se sentou, acariciando suavemente as costas de Beatriz:

- Ainda teremos filhos no futuro. Cuide bem de si mesma e não pense demais nisso.

Antes que ele terminasse de falar, Beatriz o acertou com um tapa. A força desse tapa parecia esgotar todas as suas energias, fazendo com que seu corpo caísse de volta na cama, com o rosto contorcido.

- Emanuel! Eu te odeio! Você sabia muito bem que eu detesto a Flávia. Se você tivesse ficado com qualquer outra mulher, o nosso filho não teria morrido. Vocês são assassinos!

Emanuel não esperava que ela fosse atacá-lo e, quando percebeu, já era tarde demais para se esquivar. Ele recebeu o tapa em cheio. Uma dor ardente percorreu seu rosto e sua pouca culpa desapareceu no momento em que a palma da mão dela o atingiu.

- Beatriz, eu falei com você com tanto cuidado por causa da perda do nosso filho. E você ousa me bater? Deixe-me dizer uma coisa, se eu quiser ficar com