Lorenzo falou:- Eu a levo ao hospital primeiro.- Não precisa, você tem uma caixa de primeiros socorros no carro? Eu vou cuidar do seu ferimento primeiro. - Disse Renata.- Tenho.Os dois voltaram para o carro de Lorenzo, mas ele se recusava a fazer o curativo primeiro:- Você cuida do seu ferimento, quando estiver pronto, eu cuido do meu. Sou resistente, aguento mais um pouco.Vendo sua insistência, Renata rapidamente envolveu seu próprio braço e olhou para ele:- Tire a camisa.Se não fosse a expressão séria de Renata naquele momento, Lorenzo certamente teria feito uma piada sugestiva.- Pode ser que tenha alguns ferimentos, não se assuste. - Disse Renata.Enquanto Lorenzo tirava a camisa, várias cicatrizes de facadas em suas costas surgiram diante de seus olhos.Os olhos de Renata ficaram vermelhos e, enquanto o desinfetava, ela soluçou: - Me desculpe.Percebendo que ela estava emocionalmente abalada, Lorenzo se virou e segurou sua mão, com certa resignação:- Não chore, seu choro
Era matar alguém para esconder a verdade.Lorenzo tinha já conhecimento sobre a identificação do assassinato:- Deve ter sido obra do Lutano. Continue investigando onde Lutano tem se escondido ultimamente na Cidade A. Precisamos de encontrar essa pessoa!- Sim, Presidente Lorenzo, devemos chamar um médico para cuidar dos seus ferimentos? - Respondeu Edgar.- Não precisa, por enquanto.Assim que desligou o telefone, Renata saiu da cozinha segurando duas xícaras de café. Ela entregou uma delas a Lorenzo e, com os olhos baixos, perguntou: - Encontraram a pessoa?- Sim, mas já está morta.Renata não ficou surpresa com essa notícia. Ela deu um gole no café e, de repente, se lembrou de que aqueles homens haviam usado armas e falou:- O controle de armas aqui no país é muito rigoroso, mas quando eles estavam me perseguindo, eles atiraram no vidro do meu carro e acertaram várias vezes a carroceria. Se não me engano, eles estavam usando uma Beretta 92, com alcance efetivo de cinquenta metros.
- Sim... ele ameaçou a vida dos meus pais para me impedir de revelar o paradeiro dele, mas eu fui até a sua empresa procurar por você... mas você simplesmente me mandou embora, não me deu a chance de falar... - Disse Sara.Lorenzo franziu a testa e disse friamente: - Quando foi isso?- Foi naquela vez em que eu o vi preparando o anel de noivado no seu escritório. - Disse Sara.Com esse lembrete de Sara, Edgar também se lembrou.- Presidente Lorenzo, naquela vez em que a Srta. Sara veio até você, ela realmente mencionou o paradeiro do Lutano, por isso eu a deixei subir. - Disse Edgar.A expressão de Lorenzo ficou ainda mais sombria, olhando friamente para Edgar:- Você nunca me falou sobre isso!- Eu vi você expulsar a Srta. Sara naquela ocasião... pensei que ela já tivesse te contado, e a Srta. Sara costuma arranjar desculpas para encontrá-lo, pensei que fosse mais uma dessas vezes... - Explicou Edgar.A voz de Edgar ficou cada vez mais baixa, e o rosto de Lorenzo ficou cada vez mais
Renata sorriu e disse: - Não se preocupe, foi apenas um acidente na noite passada.Se não fosse pelo fato de Tânia ter ouvido sobre o acidente de carro da noite passada de um velho amigo, tanto Renata quanto Lorenzo teriam planejado esconder isso dela.- Isso não está certo, não me sinto tranquila quando você dirige! E se algo mais acontecer... - Disse Tânia.- Não vai acontecer, vovó, pode ficar tranquila. - Disse Renata.Tânia, vendo a teimosia de Renata, se virou para Lorenzo, que estava em silêncio ao lado, e disse com raiva: - Você, seu descuidado! Você não tem pena de Renata? Deixá-la dirigir sozinha é muito perigoso, você nem tentou convencê-la?Lorenzo olhou para ela com um olhar impotente e disse: - Vovó, Renata é adulta, ela pode tomar suas próprias decisões sobre essas coisas.Tânia o encarou, deu-lhe um olhar raivoso e virou a cabeça, ignorando-o.Ao ver a interação entre os dois, Renata não pôde deixar de rir:- Vovó, não fique brava, realmente não vai acontecer nada, f
Renata sorriu e não continuou provocando-o:- Eu concordei em levá-lo comigo.Lorenzo ficou surpreso por um momento e então resmungou friamente: - Isso está mais ou menos certo.- Então, por que você não vai trocar de roupa?Dez minutos depois, quando Lorenzo apareceu usando um terno perfeito e com o cabelo arrumado, Renata não pôde deixar de comentar: - É realmente necessário se arrumar tanto assim? Você nunca se arrumou tanto quando saímos juntos.- É claro que é necessário. Hoje estou indo encontrar o rival.Renata não pôde evitar de revirar os olhos para ele: - Você está cada vez mais infantil!Quando chegaram ao restaurante, Vitor já estava lá.Ao ver Renata e Lorenzo chegarem juntos, o sorriso no rosto de Vitor desapareceu gradualmente, até se tornar uma expressão neutra.Evidentemente, ele não sabia que Renata e Lorenzo haviam se reconciliado.Depois de se sentar em frente a ele, Renata falou com calma: - Presidente Vitor, qual é o problema com o contrato?Vitor franziu a te
Ao entrarem no carro, Renata olhou para Lorenzo e perguntou: - Você teve uma discussão com o Vitor?Lorenzo tinha uma expressão gélida:- Você acha que eu posso ter uma conversa tranquila com um homem que cobiça você? A partir de agora, você não deve mais se relacionar com ele!Vendo o ciúme estampado em seu rosto, Renata assentiu a cabeça:- Entendi.- Você estava com ele ultimamente para me provocar, não estava?- Não, quando estávamos no exterior, ele me salvou uma vez. Ele disse que, se eu fingisse ser sua namorada por um mês, estaríamos quites em relação àquele favor.Ao ouvir isso, Lorenzo franziu a testa e falou friamente: - Depois que voltamos ao país, consegui vários grandes contratos para a Grupo Silva para quitar essa dívida com ele. A partir de agora, você não lhe deve mais nada!- Entendi.Lorenzo deu partida no carro:- Vou levar você para jantar.Depois de mais de duas horas de agitação, já passava das cinco da tarde, quase hora do jantar.Lorenzo levou Renata a um res
Após ponderar por um momento, ela se dirigiu ao motorista e disse: - Me leve ao Café Vita Costa.Por volta das sete da noite, Vitória chegou ao café. Ela pediu uma xícara de café e se sentou perto da janela, observando atentamente qualquer pessoa suspeita ao seu redor, mas sem obter qualquer resultado.Às oito em ponto, o celular tocou novamente.Quase sem hesitar, ela atendeu diretamente: - Onde você está?- Vá encontrar a caixa registradora, ela lhe dará algo.Ao ouvir isso, a raiva se acendeu imediatamente no coração de Vitória. Ela cerrou os dentes e disse: - Você tem coragem de marcar um encontro comigo, mas não consegue aparecer pessoalmente?- Quando chegar a hora certa, nos encontraremos naturalmente.- Você...Antes que ela pudesse terminar, a ligação foi encerrada, deixando Vitória tão irritada que quase jogou o celular no chão.Recuperando a calma, ela se levantou e caminhou em direção ao caixa.Cinco minutos depois, Vitória olhou para o bilhete que a pessoa lhe deu e ach
- Não, você se mudar para cá afetaria minha eficiência no trabalho. - Respondeu Renata.- Eu posso a ajudar.Renata ergueu a sobrancelha e disse com indiferença: - Eu não quero que você se envolva nos assuntos da minha empresa, nem quero criar o hábito de depender de você.Lorenzo mostrou um olhar de desânimo e sussurrou baixinho: - Às vezes, eu gostaria que você não fosse tão competente, apenas como outras mulheres que passam o dia fazendo compras e viajando sem preocupações.Renata já havia considerado esse tipo de vida antes, mas a realidade a deu uma tapa na cara e a acordou completamente.Ela sorriu e disse: - Eu ainda gosto da minha vida atual.Lorenzo a soltou e disse: - Vá trabalhar, eu passarei para a buscar à noite.- Certo.Quando Renata saiu do carro, Lorenzo a observou entrar na Grupo MY antes de ordenar ao motorista que fosse para a Grupo Marques.Perto do meio-dia, Walter bateu na porta e entrou:- Presidente Renata, há uma pessoa chamada Vitória que deseja vê-la.Re