Das sete e pouca da noite até por volta das onze e pouco, Renata não sabia quantas latas de cerveja tinha bebido, mas não sentia nem um pouco de embriaguez. Pelo contrário, quanto mais bebia, mais lúcida ficava.

As memórias dela com Lorenzo passavam pela sua mente como um filme em câmera lenta, e a dor em seu peito se espalhava pelo corpo, sem que ela pudesse impedir.

De repente, o celular tocou.

Era uma foto enviada por Carolina, a cena de um painel de propaganda em um ponto de ônibus, com apenas uma frase escrita: Renata, você quer se casar comigo?

Carolina enviou uma mensagem:

[Renata, Lorenzo reservou todos os painéis de propaganda da cidade para te pedir em casamento. Muitas pessoas me perguntaram se você aceitou!]

Ao olhar para aquela foto, a visão de Renata ficou gradualmente embaçada.

Uma gota.

Duas gotas.

Lágrimas continuaram a cair na tela, e Renata tentava enxugá-las, mas só fazia com que mais lágrimas caíssem.

Por fim, ela jogou o celular de lado e se deixou afogar em suas