Naquele dia, quando Helga disse a Renatta no quarto do hospital que havia decidido abortar, Renatta pensou que ela ainda levaria algum tempo para refletir. Mal sabia que ela agiria tão rápido.

Helga esboçou um sorriso amargo:

— Esse bebê foi um erro. Não quero prolongar esse erro.

Renatta franziu a testa, mas não disse mais nada. Suspeitava que isso estivesse relacionado com aquele tal de Abelo. No entanto, por ser um assunto delicado, preferiu não se intrometer:

— Descanse bem. Eu ficarei aqui com você nos próximos dias.

— Basta você contratar uma enfermeira para cuidar de mim.

— Você acha que eu vou te deixar sozinha no hospital?

Vendo a irritação nos olhos de Renatta, Helga rapidamente respondeu:

— Renatta, eu só não quero te incomodar mais...

— Nós somos amigas. Não existe essa de incomodar ou não. Ou você quer que eu pare de falar com você?

— Não, claro que não...

— Então está decidido. Vou ficar aqui e cuidar de você nesses dias.

No momento em que Renatta terminou de falar, a por