Vendo que era Lígia, Renatta não demonstrou surpresa alguma. Anos atrás, quando trabalhavam juntas, já sabia da habilidade de Lígia. Se ela conseguia perceber as pessoas emboscadas ao redor do hotel, Lígia também poderia.

Assim que atendeu, ouviu a voz ligeiramente fria de Lígia:

— Renatta, você notou aquelas pessoas ao redor do hotel, não é?

— Sim, elas estão atrás de mim.

— Não, na verdade, estão atrás de nós.

Renatta apertou o celular, franzindo a testa:

— Nós viemos ao país Y por motivos diferentes. Por que alguém estaria nos seguindo ao mesmo tempo?

— Na verdade, são dois grupos diferentes. Não é seguro falar pelo telefone. Onde você está? Vou te encontrar.

Renatta não deu o endereço, mas pronunciou uma sequência de números. Meia hora depois, Lígia chegou na entrada do restaurante.

Assim que entrou no carro, Lígia falou em tom sério:

— O hotel não é mais seguro. Vou te levar para um lugar seguro agora.

Renatta apertou os lábios e olhou para Lígia com desconfiança.

— O que você rea