- Quando acordei pela primeira vez, também não consegui aceitar o fato de que nunca mais conseguiria ficar em pé, mas nos últimos dois dias, tenho pensado nisso. A sua segurança e a minha perna, eu sempre escolheria a sua segurança. - Disse lentamente Francisco.Renatta não sabia exatamente o que estava sentindo, só conseguia perceber que seu nariz estava um pouco ardido e seus olhos um pouco lacrimejantes:- Bobo.Ela nunca havia realmente considerado os sentimentos de Francisco por ela, mas agora percebia o quão profundo era o seu amor.- Está bem, não vou mais te incomodar. Descanse bem, estarei na sala ao lado, me chame se precisar de algo.- Tudo bem.Não muito tempo depois de Francisco sair, Cristina voltou. Ela estava segurando uma caixa de pizza e parecia preocupada.- Mãe, o que aconteceu? Alguma coisa aconteceu?Cristina balançou a cabeça:- Não, está tudo bem. Comprei comida para você. Quer que eu te alimente ou prefere comer sozinha?- Eu mesma vou comer.Embora Renatta est
Ao ver Lorenzo saindo do hospital, Edgar ficou surpreso:- Sr. Lorenzo, como você saiu tão rápido? Não viu a Srta. Renata?Lorenzo não respondeu, apenas disse com calma:- Vá procurar um médico para tratar a perna do Francisco, tem que ficar completamente curada.Edgar ficou momentaneamente atordoado e assentiu instintivamente:- Certo, vou lá agora.- Volte para a empresa.A caminho do Grupo Marques, Edgar não conseguiu evitar olhar constantemente pelo retrovisor e percebeu que Lorenzo aparentava estar lendo documentos, mas seu olhar estava fixo neles o tempo todo, sem se mover. Era que algo desagradável aconteceu no hospital?Ao pensar no momento em que Lorenzo soube do acidente de Renata e imediatamente interrompeu a reunião para ir ao hospital, só saindo quando recebeu a notícia de que ela havia passado pelo período crítico, e hoje também veio assim que soube que ela tinha acordado. Agora que não havia mais obstáculos entre eles, se eles continuassem a se perder, talvez não pudesse
- Se você ainda quer ficar comigo, acho que podemos nos dar uma chance. - Disse Renatta.Francisco sentiu-se desapontado, apertando involuntariamente a mão ao lado do corpo:- Você acha que meus sentimentos são tão insignificantes aos seus olhos?Renatta franziu a testa:- O que você quer dizer? Eu não subestimo seus sentimentos por mim...Francisco a interrompeu com frieza:- Eu quero ficar um tempo sozinho, você pode ir embora. Eu entendo que você se sinta culpada agora, você pode me visitar ocasionalmente, mas não precisa ficar aqui.Após um breve momento de silêncio, Renatta finalmente cedeu, assentindo e se levantando:- Tudo bem, vou embora então. Se você precisar de algo, pode me ligar a qualquer momento. E quando eu disse que deveríamos nos dar uma chance, foi depois de muita reflexão e sinceridade.Ao perceber que Francisco não tinha intenção de falar, Renatta se virou e saiu. Somente quando a porta do quarto foi fechada, Francisco soltou um sorriso amargo. Embora ele não quis
Renatta apertou levemente as mãos e abaixou o olhar lentamente, dizendo:- Entendi.- Você não precisa se preocupar com isso, deixe que eu resolvo. - Disse Francisco.- Tudo bem.Depois que Francisco terminou a canja, Renatta finalmente falou:- O tempo está bom hoje, você quer que eu te leve para dar uma volta?Francisco franziu a testa:- Se você tem outras coisas para fazer, pode ocupar-se delas, não precisa me acompanhar.- Eu não tenho nada para fazer.Vendo sua insistência, Francisco acabou concordando. Renatta trouxe a cadeira de rodas e o levantou da cama para colocá-lo na cadeira.Observando que ela não estava tendo dificuldades, Francisco ficou surpreso:- Você é tão forte?Renatta sorriu:- Então, se você permitir que eu cuide de você, eu tenho certeza de que serei capaz de cuidar muito bem.Após ouvir isso, Francisco ficou em silêncio. Apesar de já terem discutido várias vezes sobre esse assunto, ele ainda não queria que Renatta ficasse ao seu lado apenas para retribuir o f
- Não vou fazer isso. - Respondeu Renatta.Francisco não disse mais nada e não se sabia o que estava pensando.- Sobre o que você disse antes, de chamar o Mestre Valentino para ver minhas pernas, eu concordei, mas tenho uma condição. - Francisco olhou para Renatta, seus olhos cheios de seriedade. - Se minhas pernas não melhorarem, você vai embora. Mas se minhas pernas melhorarem, me dê uma chance de te conquistar, de tentar me aceitar, está bem?Ao encontrar seus olhos cheios de profundo afeto, Renatta ficou atônita por um momento antes de assentir lentamente:- Está bem.Os dois passearam um pouco mais e Renatta acompanhou Francisco de volta ao quarto. Depois de ela sair do hospital, Francisco fez uma ligação:- Vamos nos encontrar.Em menos de uma hora, a alta figura de Lorenzo apareceu no quarto:- O que você quer comigo?- Sr. Lorenzo, espero que você pare de procurar médicos para mim no futuro, não preciso disso. Além disso, vou lidar com a Renata por conta própria, não preciso da
- Ele vai falar, afinal, além de nós, quem mais vai ajudá-lo? - Disse Gina ao ouvir aquelas palavras. Concordando com a ideia, ela assentiu e disse. - Okay, mais tarde eu vou até a prisão falar com ele.Desde que Dario acordou alguns dias atrás, ele foi transferido para a prisão. Ele achava que ninguém mais se importaria com ele, então quando viu Gina, ficou incrédulo.- O que você está fazendo aqui? - Perguntou Dario.Ele não era bobo, sabia que Gina tinha algum motivo para procurá-lo, caso contrário, ela já teria aparecido para ajudá-lo.Gina se sentou em frente a Dario, olhando para ele com indiferença enquanto ele parecia envelhecido.- Pai, eu vim hoje porque tenho uma pergunta para você.- Que pergunta?- Você teve algum tipo de negócio com Lertino? Caso contrário, ele não teria ajudado você a expandir rapidamente a família Teixeira em Cidade C, não é mesmo?A expressão de Dario mudou e ele desviou o olhar:- Eu não sei do que você está falando.- Não, você sabe muito bem. Você t
Gina sentiu tudo isso como absurdo, ele havia arruinado a si mesmo e à mãe, mas seu coração só se importava com aquela vagabunda que destruiu a família deles! Ela virou-se friamente para Dario e disse com um tom sarcástico:- Assim que ela soube que você estava em apuros, fugiu no dia seguinte.Dario ficou surpreso por um momento e depois mostrou pesar:- Bem, não há nada que possamos fazer sobre isso. O que você quer está com ela, se quiser recuperá-lo, terá que encontrá-la primeiro.- Você confiou algo tão importante a ela?Gina ficou furiosa, seu rosto tornou-se pálido e seus olhos brilharam de raiva.- Isso é problema meu, não cabe a você julgar a quem eu confio. Se você não conseguir encontrá-la, não me culpe.Gina voltou para casa furiosa e contou tudo para Liliane, que também ficou muito irritada e repreendeu Dario severamente. No entanto, independentemente disso, a prioridade era encontrar a pessoa primeiro.- Mãe, vou mandar alguém procurá-la, você vai encontrar um advogado pa
Gina baixou os olhos, com uma luta interna evidente. Por um lado, ela não queria se envolver mais nessa situação. A morte de Dario foi um aviso de Lertino, se ela continuasse investigando, teria o mesmo destino que Dario. Mas, por outro lado, ela estava muito curiosa para saber o que era tão ameaçador para Lertino, a ponto de ele matar Dario e forçá-la a deixar o país com sua mãe. Se ela soubesse do que se tratava, talvez pudesse ameaçar Lertino em troca. Com isso em mente, ela finalmente tomou uma decisão.- Mãe, vamos seguir o plano original e sair do país, mas antes faremos uma visita à nossa cidade natal. - Disse Gina.- Tudo bem.Agora que Dario estava morto e a polícia já tinha investigado o suficiente, sem encontrar nenhuma evidência de seus crimes, elas não seriam impedidas de viajar. Gina arrumou suas coisas e sentou-se na cama, perdida em pensamentos. Agora, seu maior arrependimento era ter se apaixonado por Lorenzo e ter conspirado para separá-lo de Renatta. Agora, ela estav