Ouvindo isso, a mão de Diana se cerrou involuntariamente e um lampejo de determinação passou por seus olhos.Logo chegou a noite e a família Collins estava cheia de luzes e movimentação. Diana circulava entre os magnatas dos negócios e as damas da alta sociedade, exibindo um sorriso no rosto. No entanto, o seu olhar se mantinha atento à entrada, com medo de perder a chegada de Lorenzo e Renatta.Pouco depois das oito horas, Renatta finalmente entrou de braços dados com Lorenzo. Renatta usava um longo vestido tomara-que-caia na cor amarelo-gema e tinha o cabelo preso atrás, parecendo uma delicada rosa, fresca e suave. Assim que entraram na sala de estar, chamaram a atenção de muitos, afinal, a beleza do casal rivalizava com a das estrelas de cinema.Ao ver Renatta, o sorriso de Diana se intensificou e, depois de dizer algo à rica senhora com quem conversava, ela se dirigiu rapidamente até os dois.- Sr. Lorenzo, Srta. Renata, sejam bem-vindos! - Cumprimentou Diana.Lorenzo e Renatta se
Com o rosto escurecido de raiva, Diana o advertiu em voz baixa:- Cunhada, não se esqueça do que papai disse hoje de manhã. Você quer ser expulsa da família Collins?- Fique tranquila, se papai souber que estamos brigando, quem vai ser expulsa não serei eu, afinal, eu vou ter um filho e saber cuidar do meu marido! - Respondeu a mulher, se virando e saindo com um sorriso arrogante. Diana a fitava com raiva e ressentimento.Essa mulher só tinha uma vantagem, sua família de origem era um pouco melhor. No mais, ela não tinha nada que a qualificasse a dar palpites na frente de Diana! Respirando fundo, Diana forçou um sorriso, se repreendendo mentalmente para não perder a calma. Tudo o que ela precisava era fazer com que Renatta não a visse mais com maus olhos. Daí sim, ela mostraria a todos quem manda.Do outro lado, depois de encontrar Helga, as duas pegaram suas bebidas e se acomodaram num canto. Helga deu um gole no drink e ergueu as sobrancelhas:- Vi Diana vindo falar com você. Ela que
Renatta e Helga se viraram ao mesmo tempo e viram que era Gina. O semblante de Renatta mudou.Helga ergueu uma sobrancelha e disse com um sorriso:- Srta. Gina, fique à vontade.- Obrigada.Gina se sentou em frente às duas e seu olhar recaiu sobre Renatta:- Srta. Renatta, o senhor Lorenzo veio com você hoje?Renatta não estava muito interessada em conversar com ela. Deu um gole na bebida, fingindo não ter ouvido. O sorriso de Gina enrijeceu por um momento, e ela disse devagar:- Parece que a Srta. Renatta não está muito à vontade com a minha presença. Talvez eu não devesse estar sentada aqui.Helga percebeu que havia algo entre Gina e Renatta, e franziu o cenho:- Se a Srta. Gina se sente incomodada aqui, pode se retirar, sem rodeios.Gina mordeu o lábio inferior e fez uma expressão de magoada:- Srta. Helga, você está sendo um pouco exagerada. Eu nem ao menos a incomodei.Helga deu uma risada debochada:- Você não me incomodou, mas está claro que a Renatta não quer sua companhia. Ou
Renatta se virou e viu Sara trazendo Susana não muito longe dali. No entanto, ela não tinha intenção de dar atenção a Sara, e depois de cumprimentar Susana, se virou e saiu andando.Sara mordeu o lábio inferior e, segurando a mão de Susana, alcançou Renatta:- Irmã, você ficou sabendo dos últimos acontecimentos envolvendo o papai e a Flávia?Renatta lançou-lhe um olhar irritado:- Não me chame de irmã, isso me deixa enjoada.Agora que havia recuperado suas lembranças, toda vez que via Sara, Renatta se lembrava daqueles episódios desprezíveis em Cidade A. Se não fosse por ela, Renatta e Lorenzo não teriam passado por tudo aquilo. E ainda assim, Sara ousava chamá-la de irmã, uma vergonha.Sara mudou a expressão do rosto e falou em tom baixo:- Eu sei que não mereço ser sua irmã, e lamento profundamente pelos erros do passado. Mas desta vez, se você não for falar com o papai, ele e a mamãe podem acabar se divorciando.Renatta respirou fundo. Ela havia decidido não se deixar abalar por ess
Sara sacudia a cabeça freneticamente, incrédula ante o fato de Renatta saber daquele segredo que ela tão bem guardara.- É mesmo? - Renatta ergueu uma sobrancelha, com ar de escárnio. - Então você realmente não entende o que estou falando?Encarando o olhar zombeteiro de Renatta, Sara cerrou os dentes:- Não entendo, irmã. Você está querendo me incriminar?Ela não acreditava que Renatta tivesse provas. Renatta então sorriu de leve e falou pausadamente:- Então deixe-me te convencer.Puxando o celular, ela acionou uma gravação, e a voz gélida de Sara ecoou:- Arranje um jeito de informar Flávia sobre a internação da minha mãe em Cidade C. Se necessário, provoque Flávia para que ela vá até lá arrumar confusão.- Srta. Sara, isso não me parece certo, afinal a Beatriz é sua mãe... Sara soltou um riso amargo:- E o que há de errado nisso? Ela me abandonou primeiro, agora só estou lutando pelos meus interesses! Não é normal a pessoa cuidar de si mesma?…A voz na gravação terminou.Conforme
Pensando sobre a atitude fria e ignorância da Renatta à noite, Diana se sentia profundamente insatisfeita com Renatta.Sara abaixou os olhos e murmurou:- Está bem, tia, vou fazer o que você disser!Depois que Sara e Susana se retiraram, Diana enfim se virou e caminhou em direção à sala de estar. Mas assim que chegou à porta, foi interceptada pela empregada:- Senhora, o Mestre Maciel disse que a senhora não precisa mais receber os convidados e pode ir descansar.O rosto de Diana ficou instantaneamente carregado, e ela retrucou entre dentes:- Você tem certeza disso?A empregada a encarou com indiferença:- Se a senhora não acredita, pode perguntar ao Mestre Maciel quando a festa acabar.Então a empregada se virou e entrou na sala, sem mais olhar para Diana. As mãos de Diana se fecharam involuntariamente ao lado do corpo, e seus olhos transbordavam de raiva e frustração. Ela jurava que faria Maciel se arrepender.Do outro lado, Renatta também estava de saída, lamentando ter vindo a ess
- Ah! - Renatta deixou escapar uma exclamação baixa, com as mãos instintivamente pressionadas contra o peito de Lorenzo. - O que você pensa que está fazendo?A voz de Renatta tinha um tom de vergonha e irritação, e ele nem se importava com o fato de haver tanta gente por perto. Lorenzo olhou para o rosto rosado dela e deu uma risadinha baixa:- Você é minha esposa, então, mesmo que fosse conhecer aquelas pessoas, você deveria ir comigo, não é mesmo?Renatta mordeu os lábios, a lógica dele fazia sentido, mas ela nunca se interessou muito por esse tipo de coisa. Após um momento de silêncio, ela acabou assentindo:- Tudo bem.Lorenzo pegou na mão dela e se virou, indo em direção aos homens que Gina havia mencionado.Gina viu tudo aquilo do lado e ficou furiosa, quase cuspindo sangue de raiva. Ela apertou os dentes e os seguiu.Assim que Lorenzo e Renatta se aproximaram dos homens, a voz de Gina soou de trás deles:- Sr. Ian, Sr. Adam, Sr. Lindaman, deixe-me apresentá-los, este é o preside
A ênfase com que Renatta pronunciou a palavra casa de casados não passou despercebida por Lorenzo. Ele franziu o cenho, se lembrando do que ela havia dito sobre aquele período em que ele ficava até tarde no Grupo Marques.- Você está me acusando injustamente. Naquela época, eu ficava até tarde no Grupo Marques, praticamente nem vi a Sara, e quando voltava para casa, exausto, você ameaçava se separar de mim.Renatta soltou um riso irônico:- Então você está me culpando?- Não, eu estou apenas explicando que, desde que nos casamos, não tive mais nada a ver com ela.Renatta apertou os lábios, sem dizer mais nada, mas era evidente que não acreditava no que Lorenzo dizia. Se não fosse pela tolerância dele, Sara não teria sido tão ousada a ponto de desafiá-la. E pouco depois de Renatta ter mencionado o divórcio, Lorenzo ainda havia a deixado à beira da estrada por causa de Sara, dizendo que, desde que se casaram, ele não tinha mais a menor afeição por ela - isso Renatta simplesmente não acre