Batucava a caneta na mesa inquieto e completamente perdido. Já perdi as contas de quantos foras levei de Amélia nessas duas semanas. Eu precisava pensar direito e usar meus dons da maneira correta.
Preciso estudá-la, encontrar seus pontos fracos e por fim conquistá-la e deixá-la de quatro para mim. E para isso acontecer tenho que tirar um tempo apenas para ouvir seus pensamentos, seus desejos e sonhos.
Sei que vai ser jogo sujo e uma tremenda falta de vergonha na cara, mas eu já estou no meu limite e estou fazendo qualquer coisa para ter aquela mulher.
Não que eu esteja maluco ou apaixonado por ela, essas coisas são para os fracos, o que eu si
Noite ruim? Confere, Clima ruim? Confere, Humor do cão? Confere, Tensão sexual as alturas? Confere, Olho irritado? Confere, Instinto assassino? Confere.Eu estava tão irritado que poderia cometer um assassinato a qualquer momento. Foda-se se eu fosse preso, eu precisava matar alguém para me aliviar.Depois daquele trágico acidente eu não conseguia enxergar um palmo à minha frente, e minha querida secretária decidiu que era melhor voltarmos para casa e desistir de ir ao Show de lutas.Acredite não a dor que se compara a ter uma mulher dirigindo seu amado carro. Amélia teve que tomar o volante já que eu não estava em condições de dirigir, e cada
Amélia me fitava com os olhos arregalados e a boca escancarada. Foram cinco minutos de silêncio e uma tensão esquisita no ar. Ela deve estar me achando um louco porque eu mesmo estou me sentindo assim.Por que diachos ela não falava nada? Parecia até mesmo assustada. Será que viu um fantasma?Tossi falso me afastando um pouco e olhei a minha volta encontrando uma fila de funcionários curiosos observando e cochichando. Estreitei os olhos e todos correram ao perceberem que eu havia os pego no flagra.Bufei e segui até a porta a fechando em um baque alto. Se tinha algo que me tirava do sério eram fofocas.— Não vai falar nada? — voltei minha atenção para Amélia cruzando os braços para não parecer tão ansioso.Eu estava quase que desesperado, mas ela não precisava saber.— Não sei o que dizer. — ela sussurrou ainda me olhando da mesma forma.Nem pensar ela estava conseguindo e eu já estava começando a me assustar.— Diga sim, e
— O que você tem na cabeça? Isso deve está doendo muito. — Amélia resmungou colocando um saco de gelo no meu olho.Ainda consegui levar um soco daquele mané, mas nem ficou tão ruim assim, só um arroxeado de nada.— Ao menos aquele imbecil não vai mais encostar em você. — resmunguei segurando sua mão pequena.Foi difícil pra ela entregar aquele desgraçado a polícia e eu não queria que ela se sentisse mal por isso.— Não foi legal ver Matt sendo preso, mas foi o certo a se fazer. — ela disse chateada se sentando ao meu lado.<
— Dante, PARA COM ISSO, DEVOLVE MINHA CALCINHA.Amélia conseguiu me puxar para longe daquele loiro infeliz e tomou sua calcinha de mim. Ela estava vermelha igual uma pimenta malagueta.— Bela calcinha. — Noah riu tentando se levantar.Iria voltar para cima dele, mas Amélia se apressou e meteu a mão na cara do loiro o fazendo calar a boca. Até eu me surpreendi agora.Caramba as marcas dos dedos dela ficaram na cara dele.— Me respeite. — Amélia fez cara
Encarei Amélia completamente confuso em busca de respostas e a mesma me olhava aflita, abri a boca diversas vezes tentando dizer algo mas meu cérebro ainda estava processando aquilo.Como assim acompanhante de luxo? Aquele cara só pode ter fumado umas maconhas ou bebido muito antes de vir pra cá. Minha Amélia era inocente demais para fazer uma coisa dessas.— Sinto muito. — Amélia saiu praticamente correndo da sala.Puta que pariu.— Cherry. — Marcos chamou dando o primeiro passo para segui-la, mas eu voltei a mim o parando.
Amélia tropeçou nos degraus da escada sorrindo e eu a segurei antes que ela se esborrachasse no chão feito uma jaca podre. — Eu estou vendo dois de você. — cantarolou. Soltei um suspiro nada contente, havia descobrindo que quando essa mulher começa a beber ela só para até se embebedar. — Não devia ter tomado tanto vinho. — suspirei a erguendo sobre mais um degrau. — Ah eu devia, eu realmente devia. — ela sorriu debilmente passando o dedo no meu nariz. — Você é tão lindo, quero te beijar. Amélia se enganchou em meu pescoço pulando até que suas pernas estivessem presas desajeitadamente em minha cintura. Segurei seu corpo mole praguejando
— Acorda seu maldito preguiçoso.Acordei com Alana enfiando o travesseiro na minha cara com toda sua força. Que merda é essa?— Se eu chegar atrasada na escola você me paga. Já não basta não ter me deixado dormir à noite. — bradou raivosa.“ Velho idiota. ”— O que você está fazendo? Volta pra cama. — resmunguei tentando voltar a dormir a puxando para deitar ao meu lado.Ela se debateu me xingando.— Já são oito horas seu idiota, me solta arg você está pelado, que nojento.Abri um olho abaixando o olhar vendo que estava coberto por um lençol fino. Alana pulou da cama me olhando raivosa.— Eu tenho uma prova muito importante hoje, seu velho preguiçoso. Se eu perdê-la a culpa será sua.Bufei me sentando no colchão ouvindo seus chiliques.
— Hello kitty saia já dessa cozinha, deixa que a Samara termine isso. — entrei no cômodo pela décima vez naquela noite.Amélia era insistente demais, vivia querendo fazer o serviço da empregada, se isso continuar vou ter que despedir Samara.— Eu quero ajudá-la, logo o pessoal vai chegar e o jantar está um pouco atrasado. — ela respondeu rápido cortando verduras na pia com agilidade enquanto Samara mexia nas panelas.Suspirei rendido me aproximando entediado. Quem foi mesmo que inventou esse jantar? Ah é mesmo Dona Mikoto se convidou para vir jantar aqui em casa. Lembro-me de ter negado, mas minha mãe não é uma mulher que se importar com minha