Mundo de ficçãoIniciar sessão
Nova Iorque
Quando Alice morava na Geórgia, John costumava fazer trilha nas florestas do estado, unidos a Scott e Nathalie eles viajavam bastante para acampar sobre a natureza, numa dessas viagens a família foi parar em uma floresta perto da reserva dos índios. Alice tinha por volta dos seis anos quando acabou se perdendo na trilha e passou quase doze horas embaixo de uma árvore com uma garrafa de água e o canivete que havia pegado do pai, desde esse dia Alice não suporta florestas escuras.
Naquela noite Alice sonhou com uma floresta densa e escura, usava roupas arcaicas e habitava um corpo estranho, não sabia exatamente quem era, mas aquele corpo sabia exatamente aonde a levar. Não tinha o menor controle de seus movimentos, era como estar pre
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Capítulo Nove
Nova IorqueApós a briga com Scott na entrada da velha casa, Lucinda se sentia mais cansada do que jamais se sentiu em toda sua vida, a fome corroia suas entranhas como um animal zangado, seus músculos estavam tensos e suas roupas cheiravam a pó e fumaça. Mas na sua mente conturbada tudo que podia pensar era em sua irmã Maia, não a via desde o incidente a cinco anos, quando após ser capturada por lobos foi deixada num hotel de beira de estrada com cinco dólares e uma bolsa de sangue.Não era justo ser lembrada de toda dor daquele momento e por isso sem pensar duas vezes Maia foi embora pela primeira vez em séculos, garantindo que Lucy ficaria bem sem a sua presença, ela voltou ao submundo em busca de distraçõ
Capítulo Dez
Nova Iorque Pela manhã o dia na universidade havia sido um pouco menos caótico, Lucy se sentia mais próxima de Alice e definitivamente mais relaxada. Era bom ter amigas depois de tantos anos focada apenas no trabalho, parecia certo estar ali, como ter uma vida normal de novo. Mas seus pensamentos bons desapareceram quando Maia surgiu diante de si fazendo sua espinha tremer em total surpresa. Após o desenrolar da cena Lucinda seguiu Maia para o andar superior, onde a encontrou sob o terraço do prédio com um cigarro entre os dedos, a fumaça saia de seus lábios exalando o cheiro por todo o ambiente. Maia não se surpreendeu quando Lucy retirou o cigarro de suas mãos o jogando do alto do prédio sem a menor preocupação com as pessoas lá embaixo, na verdade ela achou cômico a hostilidade infantil de sua primeira interação em ano
Capítulo Onze
Nova IorqueAlgumas horas depois as garotas se reuniram na casa de Scott para a festa dos calouros. Lucy e Nathalie arrastaram Alice às pressas para fora do apartamento, as desculpas sobre não poder ir a festa havia começado mais cedo do que de costume e já esperando por isso Nathalie havia garantido que Lucinda estivesse lá para criar uma pressão social.Alice jamais havia pensado que universitários tivessem grana para planejar grandes festas, mas pelo tamanho da casa onde metade do campus estava alojada ela se perguntou o que ela sabia de fato sobre as pessoas. A música era alta demais para os seus ouvidos e os calouros estavam dançando no jardim da propriedade como macacos bêbados.Alice havia dito n&at
Capítulo Doze
Nova IorqueDurante toda confusão rolando acima de suas cabeças, Nathalie não havia parado de dançar, completamente perdida pelos shots de tequila a ruiva deslizava pela pista de dança apoiada nos braços fortes envoltos em seus quadris. Se alguém lhe perguntasse o nome dele, Nathalie não saberia dizer, talvez algo entre Jack e Todd, mas ela não tinha muita certeza.As luzes piscavam contra seus olhos verdes e o suor grudado em sua camiseta era quase tão ruim quanto o cheiro de cigarro no ar. Se afastando do rapaz com um sorrisinho amarelo, Nathalie seguiu para o andar superior em busca de um banheiro.Ao encontrar o único vazio e por surpresa medianamente limpo, Nathalie pode vislumbrar seu estado
Capítulo Treze
Nova IorqueDo outro lado da cidade, Alice foi ofuscada pelos calorosos raios de sol vindos de uma pequena brecha na janela. Quase em estado vegetativo, ela se encontrava deitada debaixo de diversos lençóis, ao seu lado Gabriel jazia adormecido com os cabelos despenteados e um pequeno traço de saliva saindo de seus lábios.O toque quente das mãos masculinas sobre as suas, fazia Alice se sentir segura no meio de toda confusão. Como uma garantia que que nada iria desmoronar sobre a sua cabeça, mesmo que ela soubesse que aquilo era apenas mais uma de suas fantasias.Sentindo os raios de sol sobre seus olhos Gabriel se viu desperto, os olhos castanhos o observavam atentamente como se estivessem o encarando por horas.
Capítulo Quatorze
Nova IorqueA interação entre Sebastian e Alice se manteve alegre e segura durante todo o trajeto até o apartamento, pois do outro lado da cidade, Gabriel seguia pelas vielas em busca do lugar adequado para emboscar o cão do inferno. Com o sol ativo sob suas cabeças a criatura não sairia antes do fim do dia, mas com o céu completamente nublado as coisas atingiam uma ótica completamente diferente.Precisava encontrar um local afastado, onde pudesse eliminá-lo sem chamar muita atenção, por isso quando encontrou o ferro velho a poucos minutos de uma fábrica automotiva ele soube que a escuridão e o barulho seriam perfeitos para ocultar a presença de ambos no ambiente.Retirando um
Capítulo Quinze
Nova IorqueSeguindo para o jardim em frente a casa Simon encontrou Marcos nos degraus da entrada, sentado como um monge o ruivo meditava sobre a própria existência, as suas feições estavam leves e o sol tocou-lhe gentilmente a pele, quem o observasse jamais pensaria que pensamentos obscuros habitavam uma pessoa tão pacífica.- O jardim floresce com a sua presença. – Os olhos dourados se encontraram com os lilases enquanto sussurrava seus doces galanteios.Marcos era o que Simon chamava de Dorian Grey moderno, estava sempre tentando adicionar "os mais belos espécimes" a sua coleção pessoal de memórias, Simon não pretendia ser mais um de seus fantoche neste show de horrores.
Capítulo Dezesseis
Nova IorqueCorrendo pela noite sem destino Alice se encontrava completamente perdida. O ar queimava em seus pulmões como brasa fervente e apesar do tremor na musculatura, ela não se sentia cansada, seu corpo se adequava a carga extra de energia numa explosão avassaladora.Quando finalmente conseguiu parar, Alice estava de pé a poucos passos da Times Square, as luzes a cegavam e o barulho a deixava tonta, haviam milhares de pessoas à sua volta e a sensação de se conectar com todas elas era desesperadora.A multidão a arrastava pela calçada e depois de minutos fugindo acabou por parar em frente a um bar.Alice sabia que Scott estaria procurando por ela, nã