Elizabeth folheou o Grande Livro das Coisas até alguma folha em branco e perguntou sobre o Clã Wastly. Assim como antes, palavras e imagens começaram a aparecer pelas páginas. Me sentei ao lado dela e pedi para folhear o livro, para logo em seguida nós nos surpreendermos com o que vimos, ilustrações de pessoas sendo enforcadas e outras até mesmo queimadas em coletivo em grandes fogueiras. Mesmo sendo apenas desenhos (um pouco realistas até demais) ainda assim eram bem perturbadores.
- A história deles não parece nada boa... - falei desconfortável.
- Podemos deixar isso quieto... – Elizabeth disse colocando uma de suas mãos sobre minha perna.
- A minha família causou problemas, Elizabeth... E eu tenho o direito de saber o que aconteceu. – Respondi firmemente enquanto a olhava.
<Havíamos voltado para o nosso quarto, deixando Alex cuidando da Mical, agora ela já não parecia mais simplesmente estar desmaiada, mas sim dormindo confortavelmente sobre sua cama. Ao entrarmos no nosso quarto, pudemos ver sobre a cama uma bandeja com alguns biscoitos, sanduíches, uma garrafa térmica e dois copos de vidro. - O que é isso? - Perguntou Elizabeth se aproximando da bandeja, pegando um dos biscoitos que estavam lá e mordendo. "Me perdoem por entrar sem permissão, mas não havia ninguém com quem deixar os alimentos! Estão todos fresquinhos! Ass: Camareira 65!"
Sabe aqueles castelos que vemos nos filmes de fantasia? Aqueles grandes e luxuosos castelos que existem nos contos de fadas? Então... Foi com um desses que nos deparamos quando saímos do trem. Um grande e luxuoso castelo! Ele tinha uma aparência antiga, com grandes torres que pareciam chegar aos céus e um enorme muro que o cercava de ponta a ponta, a única entrada visível era o enorme portão de madeira na nossa frente. Percorri os meus olhos por todo o castelo e seu muro, era majestoso! Eu estava deslumbrado com aquela visão. O trem deu partida e começou a voltar para trás, nos deixando sozinhos à sombra daquele castelo. Me virei e reparei na enorme floresta que estava atrás de nós, as árvores eram tão grandes quanto as torres de pedra de WallBright, era possível ouvir sons de pássaros que vinham de dentro da imensa floresta... WallBright realmente era cercada por uma floresta tão imens
Todos direcionaram o olhar para as portas do salão, então fiz o mesmo. Por elas entraram quatro pessoas, duas jovens e dois rapazes, ou pelo menos um deles era um jovem comum, já que o outro parecia um híbrido entre humano e cachorro (ou seria um lobo?). Eles caminhavam de forma rápida e contínua em direção ao palco em que Merlin estava, passando por entre as três mesas, uma jovem negra de cabelos curtos andava a esquerda da mesa de Ghollfried, acenando amigavelmente para os alunos, o garoto meio cachorro passou logo atrás de nós, em silêncio, apenas sinalizando com a cabeça, à direita da mesa de Infirt. Uma garota de cabelos ruivos a direita da mesa de Whitorn lançava alguns beijos pelo ar, pude até ver alguns garotos de Infirt suspirarem enquanto a olhavam, e, era impossível não o reconhecer, Meufrin Neve logo a esquerda da mesa de Whitorn, carregando consigo um silêncio acompanhado d
Seguimos pelo caminho que Jacob nos havia indicado. O corredor por onde andávamos estava cheio de portas, algumas fechadas, outras abertas nos revelando alunos dentro de seus dormitórios. Como Jacob havia falado realmente nos deparamos com o Afonso parado à porta do quarto onde permaneceremos. - Já estava sentindo falta da sua sombra nos seguindo! - falei enquanto nos aproximávamos. - Não é permitido... Os guardas verem a Cerimônia dos Clãs... Mas nos avisaram em qual Clã... Cada um de vocês estaria... - Você ainda não me respondeu o porquê de você falar travando desse jeito... - insisti novamente vez naquela questão, e, mais uma vez, a minha resposta foi um silêncio total - Tá... Tudo bem então... Como entramos aí? - perguntei se
Elizabeth e eu passamos os próximos trinta minutos procurando por mais três livros para o Alex, a Mical e eu, já que a Elizabeth decidiu ficar com que o que havíamos achado antes, mas falhamos miseravelmente pois não encontramos mais nenhum livro como o que a professora havia pedido, então decidimos voltar para nos encontrarmos com os irmãos Wastly. - Sabe... – falou Elizabeth – Esses últimos dias têm sido estranhos... Achei que iria me acostumar rapidamente, mas pelo visto vai demorar um pouco mais do que o esperado... - ela deu uma breve risada. - É claro que tem sido dias estranhos – respondi – Passamos quinze anos sendo pessoas comuns e de repente estamos em uma escola com pequenas estátuas vivas de madeira, uma garota que faz o tempo voltar e outro com cabeça de cachorro! Tirando o fato de que eu nem sei exatamente o que a minha
Quando a professora Lux anunciou que a aula estava encerrada, ela também informou aquilo que a Elizabeth e eu já estávamos cientes, de que nos próximos quarenta minutos estaríamos livres antes do jantar começar. - O que vocês pretendem fazer nesse tempo livre que ganhamos? – Alex perguntou se aproximando de nós. - O Neri e eu pretendemos falar com a professora Lux - Elizabeth anunciou - Claro, se ela estiver disponível. - Algum assunto particular? - Mical questionou. - Sim - afirmei - Mas vocês podem vir conosco. Preciso saber mais sobre o meu poder! - Neri Hofirman... - a professora Lux me chamou. Mais uma vez, para a nossa surpresa, ela havia se aproximado de nós sem com que p
- Ele desapareceu? – falei surpreso. - Sim – respondeu Alex – Foi logo após o fim daultima grande guerraa cinquenta anos. Ainda me lembro daqueles dias... O mundo sobrenatural havia se tornado um caos! Quase que os humanos descobrem sobre nós! - Se o Ministro Sobrenatural não tivesse feito algo – Mical interrompeu – Agora mesmo teria humanos comuns frequentando WallBright! - E se sabe o porquê dele ter desaparecido? – Elizabeth perguntou sentando-se ao meu lado na cama. - Não – foi a resposta do Alex – Ele simplesmente desapareceu no meio do campo de batalha assim que a guerra foi declarada encerrada. Tudo que ele deixou para trás foi isso... – Alex apontou para a espada.
O restante do dia percorreu normalmente, tivemos uma aula teórica com a professora Íris nos ensinando sobre como sobreviver a um jato de veneno de uma criatura chamada de escaravelho das montanhas. Também usamos os livros que ela havia nos dito para pegar na biblioteca, onde estudamos um capitulo chamado "Criaturas sobrenaturais e sua natureza". Aquela foi uma aula bem produtiva, eu diria! Confesso que por mais que a professora Íris parecesse não gostar tanto de mim, eu havia gostado bastante de aprender sobre aqueles seres capazes de matar alguém com uma bafo de enxofre ou um jato de água fervente... - Acho que a capacidade de entender como as criaturas sobrenaturais agem foi completamente para a Mary – reclamei enquanto estávamos sentados na mesa, almoçando – Porque para mim que não veio!
Último capítulo