(Adrien)
Aquela noite havia sido mágica desde do momento que ela sorriu até quando se entregou para mim como sempre quis, por um instante cheguei a pensar que ela havia se apaixonado por mim e que tudo tinha mudado mas quando ela me chamou de Bryan, meu mundo se despedaçou, foi a pior sensação do mundo, naquele momento tive certeza que ela não estava bem. Acordei sentindo seu cheiro mas não vi ela na cama, levantei no mesmo instante, observei o quarto com nossas roupas espalhadas e olhei ao redor para ver se encontrava ela contudo não havia ninguém.
Coloquei as mãos na cabeça em total desespero, parece que estava com medo de não tê-la novamente ao meu lado, depois da noite passada não podia ficar longe dela, sei que tudo foi uma ilusão da cabeça dela mas não me importo com tanto que esteja comigo, escutei um barulho vindo do
(Agnes)Abri os olhos devagar me acostumando com a claridade, minha cabeça está doendo um pouco e me sentia tonta, minha garganta estava seca levantei os braços notando que meus pulsos estavam enfaixados. Não conseguia me lembrar o que tinha acontecido, vi Olivia e Vânia conversando perto da porta, elas olharam imediatamente para mim.– Água!Pedi com a voz baixa, Vânia pegou a jarra que estava em cima da penteadeira e me entregou um copo com água.– Beba devagar, Agnes!– Como se sente?Olívia perguntou carinhosamente.– Estou com um pouco de dor de cabeça, tonta e com um pouco de enjôo. Mas porque estou com os pulsos enfaixados, o que aconteceu?Estava com a mente tão confusa.– Agnes, não se lembra?
(Adrien)A sensação de perder o que se quis a vida inteira foi terrível. Resolvi entrar no meu carro sem rumo precisava ficar longe da mansão e da ideia de perder Agnes. Vi que já estava na rua da lanchonete que vendia as rosquinhas que ela tanto amava, parei meu carro em frente a mesma, entrei pedindo novamente as rosquinhas que Agnes gostava, de repente senti uma mão em meu ombro, virei rapidamente dando de cara com o infeliz do Bryan, ele estava com uma expressão de deboche.– Que honra encontrar o melhor engenheiro de Chicago na hora do meu descanso, ainda por cima com as rosquinhas preferidas da minha amiga desaparecida.Não estava com paciência com as gracinhas dele e sai andando quando ele segurou meu braço.– Não vai falar, senhor Quinn? Cadê aquele homem cheio de si e de respostas prontas?– Ele está com pressa e pouca paciência para um policial babaca
(Adrien) Aquela noite com certeza foi uma das mais horríveis da minha vida, estar tão próximo de Agnes e ao mesmo tempo tão distante me matava por dentro, quando acordei senti seu cheiro doce e delicado em meu corpo logo me recordei da noite passada como nos amamos e de como ela estava totalmente entregue em meus braços, me levanto com uma certa dificuldade, já que ontem novamente me embriaguei, precisava beber para esquecer a dor em meu peito e o sentimento de culpa que se instalou em meu coração, durante toda minha vida achei que agindo como meu pai seria feliz e conquistaria tudo que sempre quis mas a realidade era dura infelizmente nem tudo pode ser conquistado pela força bruta e opressão.Vou em direção da janela vendo Olívia guiar Agnes para o carro juntamente com Vânia, observei que Agnes olhou para trás, percebi que chorava muito, sabia que para ela era melhor vive
Foi difícil voltar a realidade depois de ouvir a pior notícia de todas, peguei o celular e retornei a chamada para o bombeiro, ele prontamente atendeu a ligação apesar de não ter nenhuma condição de ir até onde o acidente havia ocorrido pedi a localização da estrada para poder reconhecer os corpos, ao chegar lá fui em direção a aglomeração de pessoas vendo várias ambulâncias e viaturas, logo à frente avistei Bryan e o delegado Stuart, não estava me importando com a presença deles, comecei a procurar o bombeiro Philip, ele mesmo veio em minha direção como se já tivesse me reconhecido, meu rosto era famoso em revistas e jornais já que sou o melhor engenheiro de toda cidade.– Senhor Adrien, sinto muito por sua perda. Mas infelizmente devo informar que o carro pegou fogo e os corpos estão totalmente carbonizados, não será possível a identificação dos corpos por este motivo, localizamos os documentos porque eles tinham sido arremessados para fora do carro. Iden
Foi difícil voltar para casa sabendo que não teria Agnes nunca mais, ela já estava dentro de mim por mais que tentasse tirar não iria conseguir, o enterro dela e da minha irmã seria na mansão do meu pai. Tudo já estava pronto, minha mãe já tinha chegado, ela estava desolada, foi preciso medicá-la para que ela ficasse calma, os caixões estavam fechados e apenas as fotos de Olívia e Agnes estavam em cima dos caixões que pertenciam à cada uma, em relação à Vânia não sabia se ela tinha parentes vivo, nunca me interessei na vida dela portanto apenas foi realizado um enterro com as honras que ela merecia.Olhei a foto de Agnes que havia conseguido com sua mãe, quando fui em sua casa tive que ouvir todos os gritos e ofensas à mim dirigido, ela não queria que o velório fosse feito por minha família porém mostrei à ela o contrato que me dava esse direito, Sofia após se acalmar e entender a situação entregou a foto da filha, contudo não parava de dizer que se Agnes estava mor
Dois dias antes(Olivia)Quando entramos no carro para irmos para suposta clínica tudo estava planejado, agradeci aos céus pois Agnes acordou com suas faculdades mentais perfeitas, apesar de visivelmente emocionada e com medo de sermos descobertas, foi fácil explicar para ela todo meu plano, Vânia pediu ajuda ao seu irmão que já estava nos esperando na estrada para nos levar ao aeroporto.– Olívia, se Adrien desconfiar que isso é uma farsa, não quero pensar o que vai acontecer com você e Vânia.– Fique tranquila, Agnes, o nosso plano não tem como dar errado.Já tínhamos chegado na estrada, Patrício havia conseguido três corpos de mulheres sem identificação apesar de ser contra as éticas da medicina consegui convencê-lo de ajudar com uma boa quantia em dinheiro, resolvi us
Oito meses depois(Adrien)O tempo parece não passar aqui nessa maldita cadeia, não tem um dia que não pense em Agnes e nos seus olhos, meu pai veio me visitar e me trouxe uma foto dela,não há nenhum segundo nessa prisão que não pense em tudo que aconteceu entre nós dois como nossa história teve um final trágico, fico imaginando se tivesse sido diferente com ela e conquistado seu coração, hoje poderíamos estar vivendo feliz e juntos, talvez pensando em forma uma família ou fazendo planos para o futuro, contudo isso é um sonho impossível. Ela estava morta, morreu doente e debilitada mentalmente por minha causa e nada que eu faça mudaria isso.Sinto saudades dela todo o tempo e a dor da culpa continuava crescendo cada dia mais. Desde do dia que fui preso, Bryan não poupa esforços para transformar minha vida em um verdadeiro inferno, minha
2 anos depois(Agnes)Já havia se passado 2 anos desde que tudo aconteceu, minha menininha nasceu bem e saudável, ela como eu tinha os olhos de cores diferentes, um verde e outro azul. Ela estava crescendo rápido e a cada dia mais feliz, Inês era a alegria da casa desde do dia que nasceu era extremamente mimada por Vânia e Luísa, agora não tenho mais dificuldade com os nomes falsos, e não ficava confusa como no começo.Voltei a estudar por causa do meu esforço e avanço consegui ser adiantada para três períodos a frente, ficava com minha filha durante o dia e à noite ela ficava com Vânia e Luísa, quando a padaria estava fechada. O comércio ia bem, não ajudava como deveria para poder ficar com Inês, contudo sempre dava um jeito nos finais de semana quando Inês estava menos agitada para ajudar.– Mamá!