Memórias de Um Passado

A morte não deveria ser dolorosa para os que ficam. Mas, ela lembrava de tudo. A casa antiga onde cresceu, o calor do sol contra sua pele, as nuvens cinzentas dos dias tempestuosos e aqueles olhos cinzentos.

Aqueles olhos que lembravam algo há muito tempo enterrado e esquecido dentro do seu coração.

Eles a encaravam de volta das profundezas de sua memória, afiados, inflexíveis e tristes.

E então, veio a dor, forte e muito real. Ela sentia dor por todo o corpo.

Algo estava apitando de forma repetida ao longe. O som ficou mais alto, perturbando as frágeis imagens que ela estava criando em sua mente.

Isso a trouxe de volta a realidade.

Angelina sentiu um solavanco, um empurrão em seu peito, como eletricidade. Isso sacudiu todo o seu corpo e fez seus olhos se abrirem para um teto todo branco.

A luz intensa doeu em seus olhos e, de forma estranha, a faz se sentir aliviada. Teto branco, paredes brancas, tudo branco.

Seu peito subia e descia. Cada respiração doía, como se seus pulmões tivess
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