Toda a família compareceu ao enterro, eles estavam se despedindo quando uma confusão começou.— Adam, o que foi isso?— São tiros Dayse, tenho que tira-la daqui.Adam pegou Acácio no colo e Rosa estava no colo de Dayse, eles correram para atrás de um Jazigo mais alto, ali ele colocou Acácio no chão e Dayse segurava as crianças.— Adam... — Dayse estava assustada.— Calma Dayse, vamos sair daqui vivos.De repente, Dayse sentiu alguém em suas costas, Adam se virou apontou a arma para a pessoa.— Porra Dennis! Quer morrer?— Claro que não, apenas fiquei preocupado com Dayse e minha irmã.— Sabe atirar?— Sei!— Então vamos abrir caminho e sair daqui!Adam entregou uma outra arma a Dennis, eles abriram o caminho a tiros até chegar ao carro.— Sabe dirigir?— Um pouco...— Consegue levar Dayse daqui?— Sim!Adam deu a chave do carro a Dennis, enquanto Dayse entrava no banco de trás desesperada com as crianças.— Adam, tome cuidado!— Vou garantir que Violeta e as criança
8 ANOS DEPOIS....Dayse e Adam amavam os momentos de calmaria, Rosa agora tinha 11 anos, a menina estudava no mesmo colégio que Violeta estudou quando criança, vivia viajando nas férias com o avô, conhecia a tia Manú e toda família no Brasil, falava inglês, português e a língua gaélica típica da Escócia.— Bom dia, mãe... — Rosa disse ao entrar na cozinha.— Bom dia querida! Chamou seu avô para o café?— Chamei, mas acho que ele não vai levantar agora...Dayse passou e deu um beijo na testa da filha. Ela subiu até o quarto do pai, Morgan estava sentado na cama, tinha Acácio pegando seus chinelos.— Obrigado meu neto. — Ele disse ao menino que depois saiu.— Pai, se sente bem?— Bom dia minha filha, estou bem sim, mas nessa idade não faço as coisas tão rápido quanto antes.Dayse se aproximou e beijou o pai, acariciou levemente os poucos fios de cabelo que ele ainda tinha.Morgan já passava dos seus 70 anos, o cansaço da profissão arriscada e o peso dos anos já batiam.— Se
Na Escócia Dayse falava com Dennis por vídeo, ele e a esposa tinham dificuldade em cuidar de dois bebês recém nascidos.— Mas só isso? Não é pouco?— Meu Deus Dennis! Dá logo o leite pra criança, elas devem estar gritando de fome.Dennis tinha duas filhas Evelyn e Madelyn, não foi surpresa o nascimento de gêmeas, era muito comum na família de Dennis e na de Allison também.As meninas nasceram prematuras, mas haviam ganhado peso e estavam pela primeira semana em casa, Dennis tentava ajudar, mas era muito inexperiente.— Dayse caminhou com o celular até Adam e entregou a ele.— Dennis, como estão as meninas?— Estão bem! Mas as coisas aqui parecem caóticas.— Já disse, pode vir pra cá ou permito que Dayse passe uns dias aí, assim ela ensina vocês a cuidar das bebês.— Agradeço, mas a senhora Grace estará aqui amanhã com Bryan, teremos reforço a partir de amanhã.Adam riu de Dennis, ele era um desastre com crianças, mas estava tentando. Depois da chamada Adam passou a tarde com
Todos puderam passar alguns minutos com Juliana, Bruno não saiu do quarto nenhuma vez. Ela era muito querida pela família e ainda mais amada pelo filho e por Morgan. Por último entraram Morgan e Acácio.Assim que passaram pela porta, tinham a visão de Bruno sentado em uma poltrona e na cama Juliana desacordada.— Olá minha querida, trouxe seu neto para você ver. — Morgan aproximou Acácio da cama e se dirigiu a ele. — Fale com ela Acácio... — Morgan disse e segurou a mão de Juliana.— Oi vovó, você tem que ficar boa logo, o vovô fica muito triste sem você.— Pois é Ju, ele tem razão, me sinto perdido sabendo que você está assim... — Morgan se abaixou e sussurrou no ouvido dela. — Minha querida Juliana, saiba que te amei, não esperava encontrar o amor na minha idade, mas encontrei você. Se estiver cansada, descanse! Eu também não demorarei muito para isso...Eles saíram do quarto e Dayse insistiu em levar o pai para descansar, ele não quis ir para casa, mas aceitou ficar no hotel.
Dayse e a família passaram ainda alguns dias no Brasil, Manuela passou bastante tempo na companhia de Rosa, estava se reaproximando da menina, queria no futuro que ela soubesse a verdade e não a odiasse pelo abandono.Bruno e Morgan puderam conversar bastante, tinha a dor da perda da mesma pessoa. Adam colocou alguns assuntos em dia com Rui, mesmo mudando de cidade ainda tinha o controle de muita coisa em São Paulo. Falou do lugar escolhido para morar, apesar de ser considerado violento, Rui afirmou que o local era tranquilo e ali ainda poderia expandir seus negócios, tinham lá um líder que controlava tudo de perto e fazendo uma aliança com ele estaria seguro.Dayse, Violeta e Manuela tiraram várias fotos, as irmãs Garden estavam reunidas depois de muitos anos.Depois de se despedir partiram rumo a Escócia, não fariam a parada em Londres, pois a viagem seria cansativa para Morgan, o luto o deixou ainda mais abatido.Violeta e Danilo dormiram na casa de Dayse e no outro dia partira
Adam e Morgan passaram quase o dia todo fora, saíram cedo e só voltaram no horário das crianças saírem da escola, Adam as buscou e elas ficaram felizes por o avô ter ido buscá-los.Em casa Dayse já havia feito o almoço, estava a espera da família.— Muito bonito, Adam Garden! Deixou sua esposa sozinha em casa, onde foi com meu pai? — Dayse perguntou e lhe deu um singelo beijo.— Fomos ao cemitério minha filha, faz tempo que não vou ao túmulo de sua mãe. — Quem respondeu foi Morgan, ele beijou a testa da filha e subiu, se deitou no quarto, queria paz para lembrar dos momentos bons ao lado de quem amava. Mas Acácio logo subiu e deitou ao lado do avô.— Vovô é verdade que o senhor foi ver a minha avó hoje?— Sim meu neto, sua vó Rose está enterrada aqui na Escócia e sua vó Juliana no Brasil, pelo menos conheceu uma delas.— A minha mãe fala que a tia Violeta parece que com ela...— Sim, minha flor Violeta... — Morgan se lembrou da infância problemática de Violeta, de todas as veze
Logo de manhã Acácio foi o primeiro a descer, ouviu barulhos na cozinha, ele pensou que os pais já haviam voltado e a mãe estava preparando o café, ele correu as escadas sorrindo, mas desfez o sorriso quando olhou para Elizabeth.— Bom dia tia! — Acácio disse e sentou na mesa ao lado de Charles. — Tem notícias do meu avô?— Acácio quando seu pai me ligou ele estava fazendo alguns exames, parece que vai ter que ficar lá alguns dias, a queda pode ter sido simples, mas o problema é o motivo dela acontecer, nessa idade é muito perigoso.— Quando chegaram? — Acácio perguntou.— No meio da noite... Vi que você e sua irmã estavam dormindo no quarto do seu avô e não quis acorda-los. Deixei Charles no seu e dormi com Jhonatan no quarto de hóspedes.Rosa desceu e olhou para o irmão, ele balançou a cabeça em negação e ela entendeu, o avô ainda estava no hospital e não tinham notícias dele.— Vou ligar para Jasmine, a tia Manú vai querer saber do vovô. — Rosa disse.Rosa saiu e voltou com
No outro dia Acácio acordou sozinho, ele desceu as escadas e seus pais e tios estavam na sala. Rosa estava junto a mãe e Charles descia logo atrás dele com Daniel.— Bom dia mãe! Cadê o vovô? — Acácio perguntou ao descer tranquilo.— Acácio... — Dayse não conseguiu dizer mais nada, ela começou a chorar e abraçou Adam. Seu filho mais novo era muito próximo e apegado ao avô, não queria dar a triste notícia da partida de Morgan.— Por que estão com essas caras? — Acácio perguntou confuso.— Meu filho, escute... Seu avô era um soldado e chegou o momento dele descansar, ele faleceu ontem a noite. — Adam falou com pesar.— Não pode ser! Ele estava comigo ontem! Ele dormiu do meu lado! — Acácio disse com os olhos cheios de lágrimas e confuso.— Querido, seu avô não veio para casa ontem, ele faleceu ainda no hospital de madrugada, talvez você tenha sonhado. — Elizabeth disse.Acácio não podia acreditar, seu companheiro, seu querido avô havia partido. O que iria ser dele agora? E o que