Morgan puxou a cadeira da mesa para que Juliana se sentasse, agradeceu mentalmente o chá que ela preparou, realmente precisaria manter a calma naquela conversa.— Juliana minha querida, sabe que os homens da família de Danilo trabalham para mim. Sou chefe deles na Escócia.— Sei, apesar de ainda não saber exatamente o que fazem.— Eu contratei o pai de Argos como segurança de Carlos, que na época tinha nove anos. Conheci Ted na guerra, ele foi para a mesma região que eu no Afeganistão, junto com as tropas americanas, juntos Ted e eu salvamos meu amigo Leonel, ele havia caído em uma emboscada. Quando voltei para Escócia, Leonel me ajudou a me casar com a moça que eu queria, a mãe de minhas filhas. Mas Ted voltou para os Estados Unidos, nunca foi recompensado pelo ato de bravura.— Ted é o pai das crianças?— Sim, anos depois tive a oportunidade de viajar com minha esposa Rose para os Estados Unidos, encontrei Ted por acaso, as coisas para ele foram mais difíceis, ele não conseguiu
DE VOLTA A LINHA PRINCIPAL DA HISTÓRIA...Dayse correu até a porta do galpão, mas na hora de abrir a porta ela respirou fundo e o fez lentamente, não queria atrapalhar, não importava quem estava ali, só queria ter certeza de não ser sua rival, uma espiada já era o bastante.Assim que abriu um pouco a porta, ela viu a linha de sangue que escorria no chão, um cheiro estranho invadiu suas narinas e ela fechou os olhos e tapou o nariz para não vomitar, quando se recompôs, levou um susto ao ouvir um grito abafado de dor.Adam tinha acabado de queimar o braço do homem a sua frente, ele estava de costas para a porta, na mesa pronto para pegar outra coisa. Os olhos do homem machucado e de Dayse se cruzaram por um instante, ela sentiu pena do estado dele.— Vou destapar sua boca e é melhor começar a falar! Quem mandou me atacar?— Por favor senhor Wolf, sou pai de família, não tenho a informação que quer.— Claro que tem! Não veio aqui de graça, quer voltar para sua filha? Então fale!Ad
Na casa de Jhonatan, Dayse chegou e abraçou Elizabeth. Ela ficou se entender o estado de pânico de Dayse, a cunhada soluçava e tremia abraçada a ela.— Dayse, o que foi? Por que está assim?— Ela viu, ela entrou no galpão e viu o que seu irmão faz. — Respondeu Jhonatan.— Dayse por que entrou naquele lugar?— Eu tinha que saber quem era o monstro que eu tinha ao meu lado.— Adam é bom, não pense assim dele... Vamos entrar e você vai descansar um pouco.Em casa Adam ligou para Danilo.— Fala primo! Seguiu os conselhos de meu pai?— Segui, ele estava certo, mas... Danilo muita coisa aconteceu desde a última vez que nos falamos, amanhã mesmo envio Dayse a Londres, vou deixá-la aos seus cuidados, sei que tem Violeta para cuidar, mas no momento preciso tira-la daqui.— Vejo que o negócio é sério.— Vou comprar a passagem dela, não sei se conseguirei ir junto, a levo no aeroporto e você a busca aí.Dave ouviu a conversa, ele mesmo daria um jeito de ter um último contato com Dayse
Na semana seguinte era o casamento de Dayse, Morgan estava triste por não levar a filha ao altar, pensava que essa promessa nunca cumpriria por culpa de Ian.Bruno queria animar o companheiro de sua mãe, fez uma conexão da tela do celular dele para a televisão na sala, assim não precisava se espremer com ele e a mãe para ver o casamento.— Garoto, isso vai dar certo?— Claro que vai, sei o que estou fazendo.Bruno fez o compartilhamento da tela, depois sentou-se na poltrona, Juliana sentou do lado dele, ficou abraçada a Morgan, Bruno gostava de ver a mãe ser tratada com carinho.Morgan recebeu uma ligação, era Elizabeth e Violeta, estaria mesmo que de longe com a família.— Olá senhor Garden, olá Violeta, vou entrar...Morgan pode ver Dayse sorrindo, ela acenou da janela do carro, alguém abriu a porta e Morgan a viu sentada no carro vestida de noiva.— Morgan, Dayse está tão linda, tão feliz. — Disse Juliana.— É querida, Dayse está realizando o sonho dela.Quando Elizabeth
Dayse sentiu seu coração aquecer, os acontecimentos não apagaram o amor que floresceu por Adam.— Por que não disse que vinha?— Faz tempo que eu desconfio, mas o fato é que meu irmão escutou a maioria de nossas conversas, eu sabia que ele descobriria sobre sua partida e se eu demonstrasse que iria junto, ele daria um jeito que assumir meu lugar.Dayse apesar do medo e das cenas de tortura ainda rodarem em seus pensamentos, amava Adam e estava feliz por ele estar ali com ela.— Podemos conversar? — Disse Adam.— Não fale comigo, só quero chegar a casa de minha irmã o quanto antes.A viagem pareceu até mais longa, feita de forma silenciosa, a todo momento Dayse pegava Adam a observando, ela pensava se deveria falar do beijo que Dave lhe deu, ao mesmo tempo que as imagens voltavam a sua mente e ela tremia de medo.— Com frio?— Oi?— Você está trêmula, perguntei se está com frio minha Dayse.— Estou bem!Adam pegou uma manta com a aeromoça e colocou sobre ela, a puxou fazendo
Adam ainda tentou falar com Dayse, mas ela fugia, evitava ficar no mesmo lugar que ele. Com a chegada da noite, Morgan e Dayse foram para casa de Ronald.— Pai.— Oi minha filha?— Como passou esses meses sem mim?— Me virei, Juliana é tão rígida na alimentação quanto você, depois que vim pra Escócia, tentei continuar fazendo tudo certo.— Que bom, depois que Violeta estiver mais disposta eu vou para Escócia ficar com o senhor.— O tempo na América não foi como pensou?— Não, eu comecei vivendo um conto de fadas, antes do irmão dele chegar, foi tudo ótimo, mas eu estava me enganando. Nunca chorei ou sofri tanto como nesses meses.Morgan suspirou com pesar, ele mesmo achou que a escolha acabou sendo ruim, Adam prometeu não magoar sua filha e agora ela voltou mudada pelas desilusões que sofreu.Eles se ajeitaram na casa de Ronald, no meio da madrugada Danilo ligou, Daniel havia sido sequestrado, todos os homens foram para lá, Marcos faria a guarda das mulheres todas juntas.El
Eles voltaram para Londres, primeiro chegaram Danilo, Carlos, Violeta e Daniel, Dayse correu para abraçar a irmã, o pesadelo chamado Ian tinha chegado ao fim.— Violeta, está bem? Está machucada?— Estou ótima Dayse e meu Daniel também, é tão forte quanto o nome. Já teve notícias de Adam?— Sim, ele me ligou...— Dayse, ainda está com raiva dele?— Violeta, nós ainda temos que conversar, só depois disso posso dizer como me sinto.Eles entraram, Violeta deu um banho em Daniel e se deitou um pouco no quarto com Danilo e o bebê, queria sentir sua família próxima a ela, Marcela e Dayse prepararam lanches para todos.Assim que o restante da família chegou, Dayse apareceu na porta, correu e se jogou nos braços de Adam.— Que bom que está bem!— Ah minha Dayse, sempre vou voltar para você, aliás já sei em que parte do jardim plantarei as rosas na Escócia e eu mesmo passarei a cuidar dos seus arbustos de margarida!Dayse não pôde deixar de sorrir, era a declaração de amor mais linda que ela j
Danilo sentou, também não fazia ideia de qual segredo seu sogro falava, Morgan tinha nas mãos algo que poderia destruir a família Wolf e pelo que parece Adam ainda sairia ileso.— Pois diga Morgan! O que preciso saber? — Adam perguntou parecendo impaciente.— Natan Wolf não é seu pai, você é filho do segurança que Natan matou, assim como matou sua mãe.— Mas como assim? Se ele não é meu pai, por que me criou? Por que me deu o nome da família?— Pela própria vida! Sua mãe era prima do chefe Larson, Natan poderia sim instituir uma punição, mas não matá-la, então você se tornou a punição dele, olhar para você e ainda tê-lo o chamando de pai, esse era o castigo dele, uma punição eterna assim como a morte.Adam passou cenas da infância em sua cabeça, do tratamento diferenciado, de como o pai sempre preferiu Dave, da sua aparência ser completamente distinta do resto da família, os sinais estavam ali, mas ele não quis ver.— E tem mais, ele não pode te tocar, por mais que não goste de