No dia seguinte Charles acordou ainda zonzo dos remédios e preocupado com a Jasmine.— Jasmine! — Charles acordou em um susto e não viu Jasmine.Ele estava sozinho no quarto com o pai.— Charles se acalme! Ela está bem, entendeu? Ela está bem.Quando Jhonatan e Elizabeth chegaram de manhã a médica informou sobre a queda de Charles, ela falou também com Rui e Manuela, o estado de Jasmine ainda expirava cuidados.— Pai, a Jasmine passou mal ontem, como ela está? Onde ela está? — Charles perguntava aflito.— Ela está bem, foi fazer alguns exames, você dormiu por três dias, tiveram que abrir a sua perna novamente, e... Charles a Jasmine perdeu o bebê.— O que? — Charles perguntou espantado.— São muitos medicamentos, a parada cardíaca dela foi séria, eles demoraram para trazê-la de volta, tiveram que checar o inchaço na cabeça que felizmente está bem menor.Charles chorou abraçado ao pai, ele pensou que Jasmine não merecia isso, que depois de tudo que ela fez e sofreu, não mereci
Jasmine esticou os braços e o chamou, sua voz ainda estava fraca e ela não podia se levantar.— Minha deusa, não sabe a angústia que passamos nos últimos dias, como eu estava ansioso para ver esses seus olhinhos e ouvir a sua voz.Charles se aproximou e pegou a mão de Jasmine, ele beijou a mão dela e ficou segurando junto ao rosto.Jasmine ainda estava confusa, mas feliz, Charles estava bem também e os dois a salvo.Charles foi colocado na cama e a cama estava bem próxima a dela.Charles conseguia esticar a mão e acariciar seu rosto. Assim que ele passou a mão por seu rosto, Jasmine pegou a mão dele e nesse momento passou a mão pela cabeça sentindo falta do cabelo.— Charles... — A voz de Jasmine parecia um sussurro de tão fraca.— Não tente falar, não ainda... E não se preocupe com o cabelo, vai crescer novamente. Eles cortaram por causa do ferimento na cabeça. Você precisava ser operada, logo estará enorme e você continua linda como sempre.— E o piloto? — Jasmine se lembrav
Depois da briga Rosa ligou algumas vezes para Daniel, ficou agradecida dele ter atendido, mas o sentia triste e ela também estava, a culpa a corroía em cada momento de seu dia.Rosa estava no piano, ela tocava uma melodia triste e até mesmo tinha lágrimas nos olhos, era a forma de expressar o que sentia, a música a fazia colocar para fora toda dor.Adam a olhava intrigado, será que a briga tinha sido tão séria assim? Será que sua filha queria mesmo voltar para o Brasil?Adam se aproximou e sentou com ela no piano.— Rosa, eu tenho te notado triste... Tenho notado que você está triste desde o dia que saiu do Brasil. Você quer voltar, é isso? — Adam perguntou com o coração apertado, ele não queria deixar Rosa partir, mas também não a queria infeliz.— Não pai, não é isso... — Rosa disse e chorou mais ainda.— Então o que é? É o Daniel? Pensei que vocês já tivessem voltado a se falar...Rosa negou com a cabeça, não queria, mas tinha que admitir seu erro, deixar o tempo passar era
No dia seguinte Adam acordou cedo e chamou Rosa, ele deixou ela conversando com a mãe na cozinha e foi terminar de levar algumas coisas para o carro, resolveria o futuro de sua filha o quanto antes.— Rosa, seu pai me contou o que fez... Eu queria entender você, minha querida. — Dayse disse e se sentou de frente para ela.Dayse viu Rosa derrubar algumas lágrimas e fechar os olhos envergonhada, ela secou o rosto da filha e segurou sua mão para incentivá-la a falar.— Mãe, eu só posso pedir perdão pelo desgosto que estou dando a senhora e ao papai, vocês me acolheram quando nasci e o mínimo que eu deveria fazer era não causar problemas.— Você acha que tem algum tipo de dívida conosco? — Dayse perguntou e Rosa confirmou. — Dívida essa que o Acácio e a Morgana não tem?Rosa não respondeu, mas era exatamente isso, ela viajou com raiva de todos, mas principalmente de Manuela, Rosa não entendia a rejeição, e ao mesmo tempo passou a se sentir em dívida com a família que a criou, pensou
Rosa saiu do escritório chateada, ela sabia que não seria uma conversa fácil, pensou que estaria tudo perdido com Daniel agora, faria tudo diferente se pudesse, mas era tarde demais.Adam não se demorou com ela, ele se despediu envergonhado e partiu de volta a Edimburgo.Daniel foi para o lugar que sempre o fazia se sentir melhor, nesses momentos ele não somente queria como precisava de sábios conselhos.— Daniel? Eu não o esperava aqui... — Argos disse ao abrir a porta.— Se eu pudesse entraria em um avião e iria receber uma bronca da pessoa que coloca juízo na minha cabeça, mas não posso fazer isso, posso? — Daniel disse ao entrar.Daniel falava de Laysa, os dois eram amigos desde sempre, um aconselhava o outro em muitos momentos, esse era um assunto que Daniel não gostaria de tratar por telefone, estava sentindo falta da amiga.— Se contente comigo... Diga Daniel o que lhe aflige?— Não sei se devo contar. — Daniel disse cabisbaixo.— Se eu puder eu te ajudo, tenho uma gran
No outro dia Rosa acordou decidida a seguir seu coração, ela chamou o irmão para ajudá-la no plano que lhe traria a felicidade.— Acácio! Acácio acorda! — Ela chamou e Acácio abriu os olhos devagar.— Rosa, que horas são?— Quero que me leve até o aeroporto! — Rosa disse animada.— Sério? Vai fazer isso mesmo?— Vou, é o que vai me fazer feliz!Acácio se levantou e tomou um banho, ele desceu e a mãe servia um café para o pai.— Vocês já sabem? — Acácio perguntou.Adam e Dayse se olharam, mas não responderam nada, sentiam que Rosa estava escolhendo errado, mas prometeram não interferir na escolha dela.— Vocês não vão falar nada?— Não, e nem você! Esse foi o meu acordo com o Daniel, eu avisei das consequências, mas ele disse que precisava disso, fosse para ser feliz com ela ou seguir em frente.Rosa apareceu na cozinha e Dayse a abraçou, passou meses longe da filha e sentia que teria que ficar longe novamente.— Mãe, não chore... Não tem motivos para ficar assim.Rosa se
— Ted, posso falar com você um instante? — Daniel disse e o puxou para longe da Moça. — Pagou uma prostituta?Ted riu alto da perguntou de Daniel.— Se precisar eu pago, mas aqui não tem prostitutas, Giulia é uma moça de família... — Ted se aproximou do ouvido de Daniel. — Mas está doida para ser desvirtuada.Ted o empurrou para próximo de Giulia e ela sorriu para ele.— Vamos dançar? — Ela chamou.— Vamos... — Daniel aceitou e eles dançaram um pouco, Daniel nem se quer arriscou um toque na moça, ela até tentou segurar a mão dele, mas Daniel disfarçou e conseguiu fugir do toque dela.Ted passou como quem dança perto deles e falou algo para moça, ela riu tímida e continuou dançando.— Daniel, estou um pouco cansada... — Ela disse ajeitando o cabelo atrás da orelha.Daniel agradeceu mentalmente, eles voltaram para o bar e assim que Daniel se encostou Giulia o beijou, ela não deu a ele tempo de reagir, segurou firme em sua nuca e o beijou firme.Daniel não tentou fugir, ele inst
Daniel passou a noite conversamos com Giulia, anotou o número dela em um pedaço de papel, eles riram quando Daniel contou que passou o dia sem celular.Ele chegou em casa com a camisa meio aberta e o blazer no ombro, Danilo dormia na sala o esperando, era extremamente cedo, e os primeiros raios de sol já iluminavam a sala quando Daniel entrou.— Dan, até que enfim! Já estava ficando preocupado. — Danilo não quis se aproximar muito, Daniel cheirava a bebida, precisava urgente de um banho. — Pelo jeito passou a noite na farra.— Eu precisava sair... Depois de tudo que aconteceu ontem, eu precisava conhecer alguém, me limitei muito por alguém que nunca mereceu.— Acha que é assim que se resolve as coisas? Está enganado meu filho, e ainda foi muita imprudência sua, esqueceu todo treinamento que teve?— Não pai... Me desculpe, vou tomar um banho e dormir um pouco.Daniel sabia que deveria pelo menos informar seu paradeiro, era uma questão de segurança, se Daniel estivesse em perigo n