Nathan LeBlancEstava prestes a entrar em uma reunião, quando vejo meu filho correndo atrás de mim desespero e sua babá mais desesperada ainda. Alguma coisa a ver acontecido, peço licença para às pessoas que entram na sala a minha frente, meu agente fica na porta à minha espera. Passo a mão no ar afastando uma mosca, enquanto espero Dylan chegar até a mim e dizer o que havia acontecido. Porém, Dylan está ofegante pela corrida e não diz nada, pegando em minha mão e começa a me passar puxar.— Ei, ei, ei! — Paro e segura a sua mão com mais força fazendo com que ele pare. — Por que essa pressa toda?Me abaixo na sua frente.— Papai, vem! — Tenta me puxar e faço com que pare novamente.— Dylan, ir para onde? O que está acontecendo?Olho para a babá dele, mas é Dylan quem responde.— O homem da cara feia está brigando com a tia Vivian. — Dylan mexe as mãos agoniado. — Ajuda ela, papai, por favor. Prometo me comportar e não fazer bagunça na escola por um mês inteirinho.Como se Dylan me des
Nathan LeBlanc Muito provavelmente essa seja a intenção de Reinaldo Amarante, o que Vivian não imagina é que tenho o contato direto com Carlos Amarante. Vivian tem fama melhor do que o próprio filho do dono, a maioria dos hóspedes são antigos vindo frequentemente para esse hotel. Os comentários sobre a decadência que vem acontecendo é algo que dá para se ouvir de longe, talvez muito venham respeitando a imagem de Carlos e se contendo para falar algo pior. Pelo que sei, Vivian trabalha há alguns anos nesse hotel, um profissionalismo impecável e muito elogiado. Porém, se for apenas o trabalho que impede Vivian de jantar comigo. Posso dar um jeito nisso.— É apenas o trabalho que a impede?Vivian não me responde de imediato.— Não vou me deitar com você. — Estou te chamando para jantar, a parte de se deitar vem depois… — sou rápido em me esquiar quando Vivian tenta me bater.A nossa conversa era baixa, não sei o que é babado do meu filho poderia estar pensando ao ver Vivian em eu ness
Nathan LeBlanc Parece que os dois estão encantados pela mesma mulher, mas com intenções diferentes e nunca apareci com outra mulher perto dos meus filhos. Dylan não quis conversar sobre a minha separação com sua mãe, é um assunto que o incomoda até hoje e sabemos que o afeta.Sempre que tentei conversar ele me ouviu, mas não disse nada.— Olha, Dylan, eu… — me sinto uma criança sendo pego pelo pai.— Vocês estão namorando?— O que?! Não…— Por que não? — inclina a cabeça para o lado. — Não gosta da tia Vivian?Uma mistura de surpresa e confusão me atinge. — Você… não estamos juntos, Dylan. — Fico sério, precisando saber. — Mas está tudo bem para você se me ver com outra mulher que não seja sua mãe?Mikael surtaria.Dylan olha para o chão e pensa um pouco.— Gosto da tia Vivian…— Dylan…— Se vocês ficarem juntos, tia Vivian e Maitê vão para Nova York conosco. — Me olha. — Somos boas pessoas, podemos ser… uma família. — Sussurra a última parte. Evita me olhar. — Quero uma família de
Vivian LimaPoderia começar a me questionar o que está acontecendo comigo em aceitar ir jantar com o Nathan, ele me parece ser uma pessoa boa e estranhamente me sinto bem e segura ao seu lado. Não quero dizer que me tornei uma louca com a segurança da minha filha, mas mesmo tendo ficado relutante em deixá-la com ele hoje mais cedo foi apenas algo momentâneo. A paz tomou conta do meu peito novamente e consegui trabalhar tranquila. Deveria correr para todas as direções se for para longe desse homem e Nathan faz com que siga as direções que dá nele.— Você tem exatamente 10 minutos. — Olha o relógio no pulso. — Dou um jeito de entrar, caso não apareça.Dou uma risada baixa. — Ah, ok.Saio do carro, me sentindo bem. Nem a situação de mais cedo com a minha irmã me atormenta, sinto uma energia surgir e entro no meu prédio. Faz exatamente quatro meses que não tenho contato com outro adulto a não ser que seja sobre o trabalho, resolver assuntos estressantes e nunca gastar o tempo conversando
Vivian LimaUm misto de emoções me atinge tão rapidamente que fico com raiva de mim mesma por não conseguir controlar, sinto uma leve falta de ar. É aquelas pessoas me olhando, não. De novo não. O olhar de pena, porque todos sabiam que havia acontecido, menos eu. A noiva foi a última a saber. Saber que não haveria casamento, saber que fui abandonada no altar e saber que o homem que ela amou amava outra.— Vivian, precisamos conversar. — a voz hesitante, mas firme, parece estar mais próxima.Porém, continuei ali, parada. Posso sentir o nariz de Nathan tocar em meu rosto quando ele se aproxima para falar em meu ouvido e o valor do seu corpo que fez volta a si.— Não tem que falar se não quiser. — Diz, alto suficiente para que Thales ouvisse.Ergo meu olhar para ele, Nathan está olhando para Thales enquanto sua mão prolonga o seu toque deslizando em volta da minha cintura. Estou em seus braços, nos braços de outro homem que não é Thales.— Olha, cara. — Thales dá uma risada sem humor. —
Vivian Lima O tal Karl apareceu trazendo as roupas do Nathan e na escuridão logo sumiu. Uma chuva fina surge enquanto Nathan está no banho, encostada no batente da porta da varanda, sinto o vento gelado refrescar o meu rosto. O frio incomoda, mas me faz sentir viva. Permaneço ali vendo a escuridão do meu bairro, odiando a ideia de concordar com Nathan: Thales tem poder sobre mim.Não consegui olhar em seu rosto, paralisei com a sua voz e todos os sentimentos que vivi naquele dia me atacaram fortemente. Fiquei perdida, Nathan me salvou mais uma vez. Não deveria querer saber o motivo do Thales nos deixar, não deveria perder o meu tempo querendo saber de algo que me machucará um pouco mais. Está feito! Mas por que surgem tantas perguntas?— Acabará pegando um resfriado. — Sua voz me desperta e não me assusto com a proximidade do Nathan.Havia tomado meu banho antes dele. No pouco espaço, ele fica ao meu lado e ergue o celular, vejo a foto do Dylan e Maitê deitados juntos. Sorri.— Ela e
Nathan LeBlanc O maior erro que cometi em minha vida? Foi dormir com Vivian Lima. Se arrependimento matasse, meus filhos não teriam pai agora. Arrumo o terno em meu corpo e sigo para mais um compromisso do dia, sem tirar aquela bendita mulher da minha cabeça. Porra! Pensei que fosse só sexo, agora vou ficar fissurado nessa mulher? Não quero ser um cretino! Não. Porém, sonhei com ela, a tive em meus braços e sabendo da nossa realidade completamente diferente, anseio ter essa mulher comigo novamente. E Vivian simplesmente finge que nada aconteceu. Tudo está normal!Só para ela.— Você está bem? — um dos palestrantes me pergunta. — Parece meio tenso… com raiva.E o motivo da minha raiva tem nome sobrenome, Vivian Lima.— Estou bem. — Minto.Depois de algumas horas, consigo me livrar de alguns puxa sacos. Pego meu celular no bolso, retornando para o meu quarto. Havia algumas mensagens de Dylan lamentando pela Vivian não ter levado a Maitê para ele ver, dizendo que estava triste e pratic
Nathan LeBlanc — Não vou. — Dylan bate o pé no chão e cruza os seus braços.Ele não é uma criança rebelde e tão pouco desobediente, mas escolheu justo agora para fazer malcriação. — Você não pode ficar enfurnado nesse quarto, amanhã estamos indo embora, Dylan. — Esse menino não quis ir à praia, não quis colocar o pé para fora do quarto sem a Vivian. — Não estou perguntando, você vai comigo sim.— Não. — Irritado, sai correndo para o quarto.Sou mais rápido, o pego pela cintura erguendo no ar.— Olha, iremos fazer o que você quiser, mas tem que ser fora desse quarto. — Ele se debate. — Dylan, por favor. — súplico.Abraço ele contra sua vontade, beijando sua cabeça e não o solto até que se acalme. Dylan tem a respiração pesada, respirando fundo até que se acalme.— Eu… eu…— Fala. — Incentivo. — Diz para o papai o que você quer. Com o rosto avermelhado e um olhar triste, Dylan me olha.— Quero… a tia Vivian.Me dou por vencido. Arrumo Dylan, procuramos pela Vivian no hotel e o outro