Capítulo 5 Nova vida
A cena diante dos olhos de Laura imediatamente a envolveu em um nevoeiro, as imagens a feriam, apunhalavam seu coração solitário.

Seu marido, com sua amante, em seu quarto, em sua cama, fazendo o ato mais íntimo entre um homem e uma mulher.

Sandro realmente mandou Edgar levar ela para visitar a avó, só para trazer essa mulher para casa?

Apenas para fazer amor com essa tal Bela, essa atriz?

E Laura? Onde ela se encaixa nisso tudo nessa casa?

Por causa daquela maldita certidão, Laura ficou naquela casa vazia por três anos. Ela sempre esperou poder conquistar Sandro e se tornar a verdadeira Sra. Laura.

Mas Laura nunca imaginou que no fim seria assim.

Sentada no sofá, atordoada, os sons abafados de cima continuavam, esses ruídos a deixavam perdida e aterrorizada. Laura saiu cambaleante pela porta, sem saber para onde ir.

Laura morou na mansão por três anos, se comportando obedientemente, com extrema cautela.

Nunca saiu sozinha, com medo de causar problemas e arruinar a reputação da família Lima.

Embora Laura soubesse desde o início que esse casamento era apenas uma conveniência para ambos, assim que pegaram aquela certidão, estavam amarrados um ao outro.

Eles eram marido e mulher!

Então, Laura sempre tentou ser uma boa esposa, mas Sandro nem mesmo lhe deu essa chance. Até que Sandro trouxe outra mulher para humilhar ela descaradamente!

Laura se ajoelhou no chão, exausta, chorando desesperadamente. Quando se cansou de chorar, ela voltou pelo caminho que veio. No entanto, em vez de entrar na mansão, ela se dirigiu ao jardim e se sentou em um banco.

Nunca antes Laura havia sentido tanta tristeza e clareza ao mesmo tempo.

Chegou o momento de ela pensar seriamente sobre seu casamento.

Na manhã seguinte, Laura finalmente retornou à mansão. A casa estava silenciosa, ninguém se importava com sua ausência.

Sofia, a empregada preparando o café da manhã, a viu entrar e exibiu um rosto misto de compaixão e desprezo.

Compaixão pela forma como seu marido a ignorava e desprezo pelo fato de ela não conseguir controlar seu homem depois de tanto tempo de casamento.

Laura entrou no quarto com uma expressão rígida. O casal ainda estava adormecido na cama desarrumada. A mulher dormia nos braços de Sandro, abraçados e íntimos.

Um sentimento de nojo tomou conta de Laura e ela cuspiu no chão, acertando casualmente o vestido da mulher jogado no chão.

Rapidamente, Laura arrumou algumas roupas e abriu a gaveta da mesa de cabeceira. A certidão de casamento estava lá, silenciosamente deitada na gaveta. Seus olhos pararam nela por um momento, mas ela não quis olhar mais.

Decididamente, fechou a gaveta e pegou suas coisas arrumadas, saindo pela porta.

Ao deixar a mansão, Laura caminhava levemente, com passos rápidos.

Ela finalmente tinha se libertado.

A avó estava errada. A fidelidade se baseia na reciprocidade. Laura havia sido fiel a Sandro, mas ele se entregava a outros relacionamentos, até mesmo trazendo sua amante para dentro de casa. Por que ela deveria continuar esperando por ele, sozinha neste quarto vazio?

Laura segurava a mala enquanto caminhava pela rua, as rodas fazendo um som suave no asfalto. Ela sorriu ligeiramente ao ouvir o som.

A partir de hoje, Laura começaria uma nova vida!

...

Quando Sandro acordou, Laura já havia partido há muito tempo.

Ele franzia a testa e se encontrava novamente na mansão Vida Doce, com uma mulher nua ao seu lado que o deixava enojado. Não precisava pensar muito para saber o que havia acontecido na noite anterior.

Ao lembrar que sua suposta esposa, Laura, ainda morava ali, ele rapidamente se levantou e desceu as escadas.

- Onde Laura está? - Perguntou Sandro.

Sofia ficou momentaneamente surpresa, percebendo que ele estava se referindo a Laura e respondeu apressadamente:

- A senhora saiu, levando suas malas.

Sofia pensou que Sandro não se importaria com o paradeiro da esposa, então quando viu Laura saindo com sua bagagem, não tentou deter ela. Mas agora, o senhor estava perguntando sobre ela.

Um sentimento de apreensão tomou conta de Sofia.

Com as malas?

Sandro franzia o cenho, seus olhos escuros se tornaram profundos:

- O que ela está aprontando, saindo de casa assim!
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