Com a confirmação de Laura, que prometeu buscá-lo no aeroporto, Sandro embarcou no avião com o humor elevado.Contudo, ao desembarcar, a mensagem que recebeu o fez franzir o cenho profundamente.Ele tentou ligar para ela, mas o telefone estava desligado, aumentando o seu descontentamento.A promessa de buscá-lo e a ausência já eram suficientemente frustrantes, mas ter o telefone desligado? Como Sandro poderia não se irritar?Do lado de fora do aeroporto, Edgar esperava por ele. Ao ver o semblante irritado de Sandro, Edgar evitou provocá-lo, assim como Luiz, que se manteve em silêncio.- E a Sra. Laura? Com cautela, Edgar respondeu:- A Sra. Laura teve que encontrar um amigo, então me pediu para vim buscá-lo."Amigo?"Sandro escureceu ainda mais a expressão. Quantos amigos ela tinha, afinal?Helena tinha brigado com ela recentemente. Restavam Samuel, Lorenzo e, talvez, Kyle, que poderia ser considerado um amigo.Esses eram as últimas pessoas que ele queria que ela encontrasse.- Você s
Sim, Cristina nunca planejou estar com Lorenzo, seu verdadeiro objetivo sempre foi Sandro.Ela percebeu que algo estava errado antes de todos acordarem, assim alterou a verdade dos fatos, fazendo com que todos vissem o que ela desejava que vissem.Como todos estavam aturdidos, realmente não havia clareza de consciência, então tudo que aconteceu era confuso!Após essa realização, Laura não conseguiu mais ficar parada, saiu apressadamente do camarote, determinada a encontrar Cristina e esclarecer as coisas.Devia ser assim!Com essa convicção, ela seguiu sozinha até a Mansão dos Lima.Quando Sandro recebeu a ligação sobre o incidente com Cristina, ele estava se preparando para sair ao encontro de Laura.- Aura causou o aborto dela?- Sim, foi sua estimada esposa, a quem você sempre protegeu. Venha resolver isso você mesmo!Amanda estava visivelmente irritada, não acrescentou mais nada e desligou o telefone imediatamente.Se não fosse pelo filho que Cristina esperava, Amanda nunca teria p
- Srta. Laura, Cecília sempre me disse que você é uma boa pessoa, que gosta muito de você, mas como pode ser tão cruel! Cristina não deveria estar entre vocês, mas foi ela quem quis assim?- Ela foi injustiçada e vocês se recusam a assumir a responsabilidade. Agora ainda querem que continue sofrendo? Eu não concordo!Vinicius estava visivelmente irritado, alternando o olhar entre Laura e Sandro, esperando uma explicação de ambos.Laura, com os lábios apertados, devolveu o olhar para Sandro, que também parecia impaciente.Ele havia acabado de chegar e ainda não sabia exatamente o que aconteceu, mas pela situação, parecia que todos já haviam decidido que Laura era culpada pelo que aconteceu com Cristina!- Aura, você...- Eu não a empurrei!Se lembrando de Cristina caindo e o sangue começando a escorrer entre suas pernas, Laura se assustou naquele momento e tentou ajudá-la, mas foi firmemente segurada por uma mão enquanto Cristina gritava chorando:"Meu filho, meu filho! Laura, como você
Na sala de estar, as expressões de todos eram distintas. Vinicius estava furioso, seu olhar ainda carregava resquícios de ódio ao fitar Laura.Pietro parecia contemplativo, com um semblante complexo ao olhar para ela.Cecília estava visivelmente triste, seu olhar para Laura carregava uma mistura de pesar e desolação.A expressão de Amanda era ainda mais dramática, alternando entre desconforto, hesitação e desgosto por Laura não se defender, como se tivesse traído sua confiança.Laura deu um sorriso amargo e olhou para Sandro:- Você também pensa como eles, que eu causei isso a ela?Sua face estava marcada por uma tristeza profunda.Sandro também parecia dividido, mas rapidamente sacudiu a cabeça:- Não, eu acredito em você...- Sandro! - Um grito agudo ecoou. Cristina apareceu, apoiada por uma empregada. Ela olhou para Sandro, pálida e com uma expressão de dor e incredulidade.- Você acredita nela, então não acredita em mim? Pensa que eu abandonaria nosso filho! - Ela estava visivelm
De volta à Comunidade Promissora, Laura estava a caminho de seu quarto quando Sandro a interceptou.Ela olhou para ele com olhos gélidos:- Está tão ansioso para me condenar?Ele moveu os lábios, sentindo uma dor penetrante no coração.- Não é minha intenção.- Então, o que deseja?- Aura, acabamos de nos reconciliar recentemente. Não me olhe assim, não pense assim de mim, por favor.O olhar frio dela, sua expressão distante e suas palavras indiferentes faziam ele sentir como se estivesse prestes a perdê-la novamente, o que o deixava profundamente inquieto.Laura sorriu ironicamente:- Por que fingir dessa forma? Ambos sabemos muito bem que, para você, eu não sou importante.- Não, você é importante, para mim, você é realmente muito importante! - Ele a abraçou subitamente. - Aura, precisa acreditar em mim, eu realmente... Você tem que acreditar.Ela sorriu silenciosamente, sem dizer uma palavra.Se ela realmente fosse importante, por que ele duvidava dela? Por que não a ajudava?Naquel
Sandro explicou com seriedade: - Eu vou te proteger, nada vai acontecer. Além disso, Aura, eu acredito que você não machucaria a Cristina, mas não se pode negar que a perda do filho da Cristina tem uma relação com você, mesmo que eu não saiba exatamente o que aconteceu. Acredito que suas palavras realmente a afetaram. Ela se importava tanto com aquele filho que não tomaria tal decisão levianamente.- Então, você ainda acha que isso tem algo a ver comigo? - Laura sorriu levemente, com certa pena. - Sandro, realmente sinto pena de você.A expressão de Sandro mudou, se tornando um tanto aborrecida.Ele sabia que isso faria Laura se sentir mal, então estava disposto a mimá-la, mas ela acabou dizendo que sentia pena dele?Ele, Sandro, era alguém que precisava da pena dos outros?- Aura, eu te protejo, mas você precisa ter limites. Não pense em cruzar as minhas linhas.- Então me diga, quais são seus limites? Seu orgulho? - Ela riu ironicamente. - Ah, você só pode falar sobre orgulho comigo
Uma lágrima escorreu pelo canto do olho de Laura e, ao passar entre os dedos de Sandro, ele de repente percebeu o que estava fazendo. A temperatura ardente da lágrima o deixou perturbado. Ele soltou a mão rapidamente, com um olhar desesperado:- Aura, eu... Sinto muito, não foi intencional. Eu não queria te machucar...As lágrimas de Laura, acompanhadas por aquele olhar distante e assustado, o fizeram entrar em pânico.Estendendo a mão, Sandro tentou enxugar suas lágrimas, mas ela se encolheu e recuou. A dor em seu coração se tornou ainda mais evidente.- Aura, me desculpe, me desculpe de verdade. Por favor, não tenha medo de mim, não foi minha intenção te machucar... Não tenha medo!Sandro exibiu uma expressão suplicante e sua voz estava embargada, naquele momento, ele realmente queria se punir. Como ele poderia ter feito algo assim? Como ele poderia ter levantado a mão para ela?Sandro deu um passo em sua direção e Laura recuou a cada passo dele:- Não... Não venha...Observando o
Vendo sua silhueta desaparecer de volta ao quarto, as palavras dela ainda ecoavam em seus ouvidos, fazendo Sandro cerrar os punhos involuntariamente.A dor no peito persistia e ele sorriu amargamente, sem chamá-la de volta.Depois daquele soco, ele percebeu que ela estava ferida. Se sentiu angustiado e ansioso para cuidar de seu ferimento, mas, ao tocar seu rosto, outro pensamento o atingiu.Se ela ficasse desfigurada, isso serviria como uma forma de prestar contas à família Nunes.Mais importante, se ela ficasse desfigurada, poderia abandonar o mundo do entretenimento e voltar para ele.Ele sabia que esse pensamento era egoísta, mas, naquele momento, parecia estar mentalmente perturbado e obcecado por essa ideia.Ela não atuaria mais e ficaria sempre com ele. Ele a manteria por perto, impedindo que ela visse outros homens.Quanto à família Nunes, com seu rosto desfigurado e o futuro arruinado, isso serviria como punição. Eles não insistiriam mais nesse assunto.Deitada na cama, Laura