Nos dias seguintes, Laura permaneceu na casa da Comunidade Promissora, revisando os novos roteiros para entrevistas, sem voltar ao hospital.

Cecília ligou mais uma vez, Laura não disse nem que sim nem que não, apenas falou suavemente:

- Sra. Cecília, entendo a dor que sente pela sua filha, você nem imagina como eu invejo a Srta. Cristina, que além de ter tantos amigos que cuidam dela, tem uma mãe como você, que pensa tanto nela. - Laura fez uma pausa antes de continuar. - Neste mundo, além dos meus avós que ainda precisam de mim para cuidar deles, só me resta o Sandro. Mesmo sabendo que não sou a única pessoa por quem ele se preocupa, ainda assim, anseio por aquele toque de calor. Se ele não estivess mais aqui, meu mundo ainda teria calor?

Quando Laura disse isso, sua voz estava triste, mas ela mesma não sentia nada. Até achou um pouco irônico.

Sandro não era o único toque de calor que ela tinha no mundo, ele nem tinha qualificação para isso!

Cecília, sabendo que estava sendo um pouco