Ouvindo os gritos, Laura franziu profundamente a testa.- Os primos já estão em idade de se virar sozinhos, você deveria deixá-los procurar trabalho por conta própria, em vez de continuar sustentando eles!Laura já havia feito esse comentário anteriormente, mas Paula não dava ouvidos e ainda a culpava, alegando que Laura possuía segundas intenções e queria corromper seus dois filhos.Diante disso, Laura ficou sem palavras, não insistiu mais no conselho.- Agora eu reconheço meu erro, mas realmente estamos sem dinheiro em casa. A maior parte do dinheiro que vocês enviaram antes, seu tio gastou jogando, e desta vez, seu primo Hélio se envolveu em uma briga, foi parar no hospital e gastou o restante...Quando Laura ouviu que Hélio Souza havia se envolvido em uma briga, ela franziu a testa involuntariamente.Vendo Laura franzir a testa, um sorriso de contentamento brotou no coração de Paula. Ela não recusou diretamente, então havia um vislumbre de compaixão. Refletindo sobre as palavras
- Quanto dinheiro você quer? Eu te dou.Uma voz familiar soou por trás dela, e Laura se virou para descobrir que Sandro havia voltado sem que ela percebesse, estava tão focada em Paula, que nem ouviu sua chegada.- Sandro, esse colar já é meu, não precisamos pagar para tê-lo de volta!Laura olhou preocupada para Sandro, um pouco nervosa, temendo que ele ficasse irritado. Mas, para sua surpresa, Sandro se aproximou e segurou sua mão:- Não se preocupe, não estamos com falta de dinheiro. Dar uma quantia para ela em troca de um pouco de paz não é uma má ideia.Paula exibia um brilho de expectativa nos olhos.- Três milhões, eu quero três milhões!- Está bem, eu dou para você!Vendo ele concordar tão prontamente, Paula começou a se arrepender, pensando que talvez tivesse pedido pouco.- Não, eu me enganei, quero cinco milhões!Laura se enfureceu e retrucou com um sorriso sarcástico:- Paula, não seja tão abusiva. Dar cinco milhões para você é um absurdo. Prefiro comprar vários colares nov
Na sala de estar, Laura recebeu o colar das mãos de Sandro, mas enquanto seus olhos estavam fixos nele, seus pensamentos voavam para Cristina, que ela havia visto hoje no set de filmagem. “O colar que Cristina usava no pescoço era idêntico a este.”“Seria coincidência?” “Pelo que Cristina insinuou, parecia que tanto o colar quanto a bolsa haviam sido presentes de Sandro.”- Está pensando em quê? Quer que eu coloque o colar em você?Laura balançou a cabeça, ela não queria usar algo que Cristina também usava.Sandro, sem pensar muito, supôs que ela estava incomodada porque Paula havia usado o colar.- Se não gosta mais, então não precisa ficar com ele. Jogue fora! - Era apenas um colar, ele tinha recuperado porque era um presente que tinha dado a Laura, mas se ela não queria, certamente não deveria acabar nas mãos de outra pessoa.- Não precisa, eu vou guardar. - Afinal, era o primeiro presente que Sandro havia dado a ela e mesmo que ela não quisesse usá-lo, não poderia simplesmente de
Quando Laura acordou, percebeu que o espaço ao seu lado na cama estava vazio, o que lhe causou uma sensação de perda. Na noite anterior, ela o havia rejeitado, ele disse que tinha coisas para resolver no escritório e não voltou para dormir. Ela sorriu amargamente. Será que o relacionamento deles realmente precisava envolver sexo? Só porque ela não queria, ele ficaria zangado?Observando seu rosto pálido no espelho, ela aplicou uma maquiagem leve para esconder a palidez. Ao descer as escadas e ver o homem lendo uma revista, seu coração acelerou.- Você acordou, venha tomar café.“Ele não tinha ido embora?”Ela sentiu um lampejo de alegria e desceu as escadas rapidamente. Ele também se aproximou com um sorriso suave, como de costume. Mas as coisas não eram como antes. Se fosse alguns dias atrás, ele viria sorrindo em sua direção e a abraçaria pela cintura, levando ela para sentar à mesa. Hoje, ele não fez isso. Então, ele ainda estava zangado!Laura sentiu uma leve tristeza, mas
Laura já havia escolhido suas roupas, calças e sapatos, e trocado por um novo conjunto conforme as instruções de Sandro. Quando ela saiu do provador, Sandro não tirava os olhos dela.O clima ainda estava um pouco frio. Laura vestia uma camisa de lã e uma calça justa, com um casaco à prova de vento por cima, o que a fazia parecer esbelta e jovial.Sandro convidou ela para se sentar no sofá e abriu uma caixa. Dentro, Laura viu um conjunto de joias.Ele começou a colocar as peças nela, uma a uma, e, sob o olhar atento da vendedora, Laura se sentiu embaraçada e puxou sua roupa, sussurrando:- Pare com isso, é tão constrangedor!- O que há de constrangedor nisso? Elas estão olhando com inveja, isso sim!Vendo ele assim, Laura sabia que não conseguiria mudar sua opinião, então perguntou:- Quando comprou estes?- Enquanto você estava experimentando as roupas, fui dar uma olhada na loja ao lado. Não sei se você vai gostar, mas escolhi tudo isso. Depois podemos voltar lá para você escolher
- Aura, o que você acha dessa bolsa, você gosta? Sandro apontou para uma bolsa e perguntou a ela.Ela olhou na direção e viu uma bolsa vermelha, bastante requintada, se sentiu imediatamente atraída à primeira vista.Mas algo lhe parecia familiar. Depois de pensar um pouco, Laura arregalou os olhos. Era exatamente a mesma bolsa que Cristina tinha usado no dia anterior!Ela olhou para Sandro, que sorria para ela sem exibir qualquer expressão estranha, fazendo o coração de Laura pesar um pouco.- Parece boa, se você gosta, pode comprá-la! - Disse ela, sorrindo e se virando para olhar outras bolsas, mas observando ele pelo canto do olho.Ele decidiu comprar aquela bolsa e já estava pedindo uma nova ao vendedor.Ela riu suavemente, com um toque de autoironia.- Então você encontrou uma que gostou? - Perguntou ele, ouvindo sua risada, enquanto Sandro se aproximava. Laura já não tinha mais vontade de continuar comprando, escolheu casualmente mais duas bolsas e parou de procurar.Porque San
Sandro voltou a dormir na suíte principal, como se o incidente que o fez deixar de dormir lá numa noite nunca tivesse ocorrido. Laura também não mencionou nada e ele agiu como se ela estivesse alheia a tudo. Mas Laura percebeu a mudança e, desde então, ele apenas a abraçava ao dormir, sem mais intimidades, o que a aliviou, mas também lhe causou uma sensação sutil de perda. Um homem que dorme abraçado a você todas as noites e resiste a fazer amor, qual seria o motivo? Laura não conseguia entender, até que Helena lhe deu a resposta.- Há apenas duas razões, uma é porque ele te ama demais, não quer te machucar, sente que você está relutante e não quer forçar nada.Laura piscou, surpresa. Sandro a amava? Ele nunca havia dito isso, nem mesmo expressado que gostava dela.- E a outra razão?Do outro lado da linha, Helena hesitou antes de responder:- Ele não gosta de você, por isso não quer fazer amor com você. A bondade dele e o relacionamento de vocês é tudo superficial.Seria esse o c
Na casa de repouso, o avô jogava xadrez com um colega, quando avistou os dois se aproximando e rapidamente acenou para eles.- Sandro, venha aqui e me ajude a decidir qual deve ser o próximo movimento!Laura sorriu, um tanto constrangida:- Vovô, sempre dizem que não se deve interferir quando outros estão jogando xadrez, não seria um pouco inadequado pedir ajuda assim tão abertamente?Um amigo do xadrez, que também estava presente, brincou com o avô:- Olha só, até sua neta está te dizendo, acho que você deveria simplesmente desistir!- De maneira alguma desisto, meu genro pode derrotar você! - Insistiu o avô. - Se ele ganhar de você, será como se eu tivesse vencido.O amigo do xadrez não se opôs, parecendo até curioso para ver Sandro jogar no lugar do avô. Assim, Sandro tomou seu lugar.Apenas observando o tabuleiro por um momento, Sandro movimentou uma peça.Ao lado, o avô não pôde deixar de acenar afirmativamente com a cabeça:- Otávio, eu disse que meu genro é muito bom, você vai