- Você deu tanto dinheiro para ele de propósito, só para fazer meu tio depender de você!

Sandro se aproximou dela, com a ponta do cigarro entre os dedos, acariciou o rosto dela, enxugando as lágrimas dos cantos de seus olhos.

- Você está enganada, meu objetivo nunca foi o seu tio!

Era ela!

Não era o tio, só podia ser ela!

- Mas você não me ama!

Laura olhou para ele com os olhos cheios de ressentimento.

- Você tem esse rosto bonito, isso é suficiente. O amor importa?

Ele olhava para o rosto dela, com um vislumbre de cobiça.

Através desse rosto que o fazia um pouco atordoado, ele parecia ver o passado, o primeiro encontro com ela e os momentos que passaram juntos.

Laura não entendeu o que ele quis dizer, afastando a mão dele:

- Sandro, você não pode me respeitar? Esqueceu que essas mãos abraçaram outra mulher antes?

Puxado de volta à realidade por suas palavras, ele franziu a testa.

- O que mais te incomoda é que a pessoa enxugando suas lágrimas agora não é ele, né!

- Diga o que quiser,