A esperada humilhação não chegou, em vez disso, se ouviu gritos de dor.Laura abriu com cautela os olhos e viu alguns jovens delinquentes caídos no chão.- Vão embora logo! - Falou o homem à frente de Laura, com frieza, assustando os outros a correrem.Sandro.Mesmo sem ver seu rosto, Laura reconheceu ela pela silhueta.Ela não esperava que, no momento crítico, o homem em quem ela pensou aparecesse e salvasse ela de fato!- Sandro, você é incrível! - Exclamou alguém.Laura hesitou em agradecer a ele quando uma voz delicada soou. Bela correu na direção dele, segurando seu braço com adoração no rosto.Sandro não respondeu a ela, olhando para Laura.Por instinto, ele queria ver a reação de Laura.No entanto, ela não estava com raiva nem triste, apenas lançou um olhar breve para eles e foi em direção a Helena. - Helena, você está bem? - Perguntou Laura.- Estou bem, não me machuquei, mas... - Respondeu Helena, olhando indignada para Sandro e parecendo querer fazer algo.- Se não tiver pro
Bela andava meio inquieta ultimamente, com o coração apertado.Desde o último encontro com Laura na rua, Sandro não procurou ela por vários dias. Quando ela ligava para ele, Sandro sempre dava uma enrolada, deixando Luiz atender.Será que ele realmente se interessou por Laura?Ela tentou de todas as maneiras arrancar informações de Luiz, mas não conseguiu nada útil.Era verdade que Bela acertou em parte. No entanto, se Sandro estivesse interessado em Laura, isso era algo que nem mesmo ele tinha certeza. Ele passou vários dias na Mansão Vida Doce.Quando Sofia ligou para Laura, ela ficou surpresa e um pouco animada.- Senhora, onde você está? Quando vai voltar? - Perguntou Sofia.Ao fazer a pergunta, as palavras de Sofia eram cheias de respeito e cautela, mas Laura, surpresa, não deu muita atenção.- Estou trabalhando fora, não pretendo voltar tão cedo. - Respondeu Laura.- O Sr. Sandro voltou, dizendo que faz tempo que não te vê cozinhando. Que tal voltar?- Pediu Sofia.Enquanto pergun
- Você está certa, você e ele nunca foram iguais, você não pode depender sempre dele. Mas Laura, se ele não te tratar bem, você tem que contar para a mim. Vou com certeza dar um jeito de te tirar dele. - Disse a avó.Um calor percorreu o coração de Laura. Ao contrário de Pedro, sua avó sempre desejou que ela fosse feliz.Naquele dia, ao sair do trabalho e chegar à porta da empresa, Laura viu um carro familiar.- Entre, vou te levar para casa. - Disse Sandro.A janela do carro desceu, revelando o rosto familiar de Sandro.- Não precisa, eu pego o transporte público para casa. - Recusou Laura, balançando a cabeça.Com isso, ela se dirigiu a estação de ônibus.Sandro franziu a testa. Ela preferia pegar o ônibus do que ser levada por ele?Nesse momento, ele de repente se deu conta de que, sua esposa não tinha um carro.Sandro ficou em silêncio por um momento. Ele podia não gostar muito dela, mas nunca tratou ela mal!Ao entrar no ônibus, Laura, olhando pela janela, viu o carro se afastando
Ao chegar no escritório, o coração de Laura ainda pulava descontroladamente. Ela não sabia o que Sandro queria dizer com aquelas palavras, mas seu sorriso enigmático fazia seu rosto e coração arderem. Ao lado, o celular de repente começou a tocar. Laura pegou e viu uma mensagem, o remetente era nada menos que o causador da sua ruborização e batimentos cardíacos.Seu coração acelerou ainda mais. Para essa mensagem, ela de repente sentiu alguma expectativa. No entanto, o dedo ficou suspenso no ar por um tempo antes de abrir.“Que horas termina hoje? Eu vou te buscar.”O coração pulsante parou abruptamente.“Vou te buscar.”Uma felicidade repentina tomou conta dela, mas no instante seguinte, o sorriso desapareceu do rosto.O que ele queria? Primeiro, mandou Sofia pedir a ela para voltar, agora oferecia carona. Será que Helena estava certa, ele estava começando a gostar dela?Laura balançou a cabeça com um sorriso amargo. Como isso era possível? Após três anos de casamento, ela conheci
- Por que está me olhando assim? - Perguntou Laura.O olhar intenso de Sandro deixou ela um pouco nervosa.- Se tem algo que quer me perguntar, pergunte! - Disse Sandro, largando o volante e se recostando no banco, como se estivesse disposto a responder a qualquer pergunta dela.Laura piscou os olhos, pensando que talvez sua visão estivesse turva, mas olhando novamente, ele ainda estava da mesma forma.- Bela e você, qual é a relação de vocês? - Perguntou Laura, por impulso, mas depois de perguntar, se arrependeu. Por que ela estava perguntando isso? Em seguida, ela acrescentou. - Eu... Na verdade, nem tenho vontade de saber, não precisa responder, vamos voltar logo! Sandro soltou uma risada, ela era mesma como antes, com a coragemzinha de sempre.- Ela é apenas uma artista na minha empresa. - Respondeu Sandro.Laura torceu a boca, ela não acreditava nisso!Naquela noite...Ao ver a expressão de Laura de repente desanimar, Sandro refletiu e iniciou o carro.- Você disse para voltarmos
Ao sair da Mansão Vida Doce, Laura olhou para o lugar onde havia vivido por três anos. Um mês atrás, ela se mudou dali, e ao retornar, a mansão ainda estava lá, mas ela não tinha mais expectativas para viver ali.- Senhora, o senhor me pediu para te levar. - Disse Edgar, parando o carro ao lado dela. Laura estava prestes a recusar quando ele antecipou. - Não é fácil pegar um táxi aqui e a caminhada lá fora é longa. Agora está escuro, não é seguro para você estar sozinha. Sem muita hesitação, ela concordou e entrou no carro.Lá de cima, na janela, Sandro sentiu uma irritação inexplicável ao ver o carro partir. Normalmente, ela esperava por ele todas as noites, mas, no último mês, encontrava um ambiente vazio e frio ao chegar em casa.Até mesmo a cama havia perdido o suave perfume que ela deixava. Naquela noite, Sandro, pela primeira vez, enfrentou a insônia, enquanto Laura desfrutava de um sono tranquilo. Na manhã seguinte, ela foi para o trabalho como de costume. Ao sair, não viu o
Ao retornar para casa, Laura verificou o conteúdo da sua bolsa. Todo o dinheiro foi levado por Pedro. Mesmo as moedas que ela guardava para pegar o ônibus desapareceram.Ela só tinha um cartão bancário, o dinheiro nele não era muito, mas era toda a economia dela desses três anos.Naquele momento, ela se sentiu grata por não ter levado o cartão que Sandro deu a ela ao sair. Caso contrário, ela poderia não ter escapado do roubo de Pedro.Apesar de ter sido agredida por Pedro e sentir algumas dores, Laura ignorou isso. Esse tipo acontecimento, algo que ela já tinha se acostumado nos últimos três anos, agora ressurgiu, trazendo à tona uma sensação de humilhação.No dia seguinte, Laura tirou um dia de folga, não indo para o trabalho. Com a bolsa nas costas, ela começou a procurar um novo lugar para morar.Na noite anterior, ela transferiu uma parte do dinheiro de seu cartão bancário pelo aplicativo do celular. Pedro já sabia onde ela morava, ela não poderia continuar morando ali, caso contr
Um som ecoou quando Laura afastou com força a mão dele.- Se você sente nojo, por que me toca? Não tem medo de sujar suas mãos? - Rebateu Laura, a dor e a raiva fazendo ela esquecer o medo que sentia dele. Suas palavras cortantes eram como lâminas, penetrando ela profundamente.Na verdade, ao ver ela prestes a chorar, ele já tinha começado a se arrepender. Mas ele, sendo quem era, nunca admitiria isso. Assim, a resistência de Laura só enfureceu ele ainda mais.- Bem, você é corajosa. Vamos ver como você vai sobreviver aqui sem minha proteção! - Disse Sandro, sorrindo de raiva. Ela mexeu com Bela, se não fosse por ele, ela podia continuar trabalhando na empresa?Ele estava curioso se ela, que nunca havia visto o mundo além da Mansão Vida Doce, achava que lá fora seria melhor?Se sentindo incomodado, ele chamou um grupo de pessoas para ir ao clube jogar cartas. Algumas mulheres se juntaram a eles, ocupando lugares ao redor.- Sandro, faz tempo que não me procura! - Disse uma mulher, se