- Alteza está na hora do seu pronunciamento. Disse a senhorita Ruth.
- Obrigada Ruth.
Caminhei para uma espécie de palco montado no centro do salão principal, antes de começar a falar corri os olhos pelo salão, um silêncio assustador tomou conta do lugar, me aproximei do microfone e iniciei o discurso.
- Boa noite à todos, primeiramente agradeço a cada um de vocês por estarem aqui presentes, está noite gostaria de lhes apresentar o meu mais novo conselheiro o senhor Louis Carther.
Disse estendendo a mão em sua direção, ele logo subiu ao palco se posicionando ao meu lado, encheu o peito, se mostrando superior. Me cumprimentou com uma reverência e se direcionou ao público.
- Boa noite é com grande alegria e satisfação que atendo esse pedido da nossa soberana. - olhou para mim. - abri um sorriso forçado e ele prosseguiu. - Como todos já sabem o reino não está em uma de suas melhores fases, porém o processo de reconstrução tem caminhado muito bem, nossa majestade é muito jovem mas herdou de seus pais a força e garra, e juntamente com a minha experiência vamos dar início à um futuro glorioso para o nosso Reino. Obrigado.
O senhor Carther foi muito bem aplaudido diante de seu discurso.
Desci do palco imediatamente, uma grande multidão veio prestigiar o senhor Carther. Discretamente escapei pelos fundos.Olhei mais uma última vez ao meu redor, com o fim de encontrar Andrews, ele me deve uma explicação, aquela frase "Não Posso" ecoava em minha mente, o que ele queria dizer com aquilo.Comecei a subir as escadas, contando os degraus para chegar logo ao meu quarto, estava exausta.
Psiu...
Parei por um instante, olhei para os lados, quem teria feito aquela brincadeira sem graça, grande maioria dos convidados já estavam indo embora, pensei estar ouvido coisas.
Continuei subindo.
- Aqui embaixo. Alguém cochichou da parte debaixo da escada.
Olhei mais uma vez procurando de onde vinha aquele som.
- Anne aqui, olhe para baixo.
Olhei do corrimão para baixo e logo reconheci aqueles olhos.
Abri um sorriso, e voltei os degraus. Quem estava escondido embaixo da escada era Philip.Diligentemente segui ao seu encontro.
- O que ainda está fazendo aqui?
- Não poderia ir embora sem me despedir de você. Disse me encarando.
Me aproximei.
- Você é maluco mesmo. Disse lançando meus braços sobre ele.
- Sou só um pouquinho.
Disse Philip me enchendo de beijos.- Philip precisamos ser mais cuidadosos, se alguém nos pegar estamos perdidos, e eu não quero te perder.
Por um instante ele parou, conseguia ver nitidamente a preocupação de Philip, tentando encontrar alguma solução.
- Andrews meu filho avançamos mais um passo. Disse o senhor Carther subindo as escadas com Andrews.
Olhei para Philip com os olhos arregalados.
- Eu não vejo a hora disso acabar. Confessou Andrews
Tudo indicava que eles haviam parado na escada.
- Tenha calma falta pouco. (Louis Carther)
Philip olhou para mim confuso.
- Para o senhor tudo parece fácil, mas se ainda não notou é a minha vida que está em jogo aqui, sinto- me como um brinquedo nas suas mãos. (Andrews)
- Andrews por acaso você prefere voltar para Murchison e viver na miséria? (Louis Carther)
- Claro que não eu só quero ter paz. (Andrews)
As vozes estavam sumindo aos poucos. Quando tudo ficou novamente silencioso, me virei para Philip.
- Acho que eles subiram, você precisa ir.
- Está bem. Me deu um último beijo e saiu.
Rapidamente subi as escadas, do último degrau observei se no corredor havia alguém, nada, somente um soldado de vigia, o mesmo que me seguiu na noite anterior.
- Boa noite. O cumprimetei entrando no quarto.
- Boa noite majestade.
Pouco tempo depois Angeline veio ver se estava tudo bem.
- Senhora? Precisa de alguma coisa? (Angeline)
- Não ange, estou bem, você sabe me dizer se o Andrews foi embora?
- Ele está no último quarto do corredor. (Angeline)
- Preciso de um favor seu.
- Sim, o que a senhora deseja?
- Apartir de hoje você será a criada do Andrews e de seu pai, se apresente a eles, temos que estar atentos a qualquer movimentação aqui no palácio, então tome cuidado, e mais uma coisa, toda e qualquer informação que você tiver ou ouvir de alguma conversa paralela deles me escreva, todas as cartas que você me escrever devem ser escondidas atrás do quadro de receitas na cozinha, está bem?
- Claro estou a seu dispor.
(Angeline)- Por enquanto é isso, está dispensada.
Quando Angeline saiu, passei a mão pelo meu cinto tirando a aliança que estava guardada.
Ela se encaixou perfeitamente no meu dedo.[...]
Pés descalços, respiração ofegante, olhos atentos.
Estava só, correndo contra tudo, correndo contra todos...Até que me vi sem saida, diante de um grande abismo. Olhei para trás não havia ninguém que pudesse me salvar.Senti pela última vez as batidas do meu coração, o ar entrando pelos meus pulmões, o frio batendo em minha pele. Num abrir e fechar de olhos, me lancei penhasco abaixo...Acordei desesperada no meio da madrugada.
Chovia muito me levantei da cama, lavei o rosto, botei um roupão e fui para a cozinha beber um copo de água.- Está sem sono majestade?
Disse Andrews se aproximando.Botei a mão no peito assustada.
- Ah, é você. Tive um pesadelo, foi só isso. E você o que faz acordado?
- Não consigo dormir. (Andrews)
- O que tem lhe tirado o sono?
Disse erguendo uma das sobrancelhas.- Por que quer saber? Disse me encarando.
- Porque talvez o que tem tirado o seu sono seja eu, Andrews você pode acabar com isso. Disse olhando dentro dos seus olhos.
- E quem disse que eu quero acabar com isso.
Me afastei.
- Eu odeio você.
Ele deu de ombros.
Virei as costas para ele bufando e voltei ao meu quarto.
Ainda chovia muito pela manhã. Planejava cavalgar, mas talvez teria de ficar trancada no Palácio o domingo inteiro. Me levantei da cama, entrei no banheiro para tomar um banho quente para espantar o sono e o cansaço da noite anterior.Antes de descer para tomar meu café da manhã, parei de frente com o espelho da minha penteadeira, observando um foto antiga que eu tinha pego do álbum de fotos da nossa família, era o dia da coroação dos meus pais, minha mãe bem jovem, devia ter uns vinte anos na época, seu semblante mostrava o quanto estava feliz ao lado do meu pai, o fotógrafo pegou um momento em que ele sorria para ela, um amor verdadeiro, eles se completavam. Não sei se terei a mesma sorte.Olhei para a imagem que refletia no espelho, não me via como a Rainha, dentro daquela capa ainda havia apenas uma garota sonhando com um final feliz. No canto do espelho vi Angeline entrar.- Alteza? vim me despedir.
Querida ontem a noite quando cheguei em casa, fiquei sabendo que teria que ir para guerra, não quis te escrever mais cedo porque sei o quanto você é teimosa, e acabaria dando um jeito para ir também. Anne não quero correr o risco de perder a coisa que eu mais amo nessa vida. Nunca perdi nenhuma batalha, não é agora que vai ser diferente, pelo menos é o que eu espero, e tenho o maior dos motivos para voltar, você.Vai dar tudo certo, por favor confie em mim. Lembre-se da promessa que eu lhe fiz nunca te deixarei sozinha. Philip Me levantei um pouco mais cedo do que normalmente estava acostumada. Desci até a cozinha, para tomar o café da manhã, me lembrei de olhar atrás do mural, para ver se Angeline havia deixado alguma informação para mim. A carta estava escondida no lugar em que eu havia combinado.Não havia ninguém na cozinha, além do cozinheiro chefe, mas ele estava muito ocupad
Já não conseguia esconder minha preocupação, pensei em escrever uma carta para Norseman. Mas desisti ao ver meus soldados se aproximarem do palácio pela janela do meu quarto.Um fio de esperança brotava em meu peito. Desci as escadas depressa, finalmente teria alguma notícia de Philip.Passei pelo salão principal, com um sorriso no rosto. De longe os avistei atravessando os portões. Aparentemente estavam bem, corri na direção do general.- Alteza. Disse o general fazendo uma reverência.- Senhor Peter todos os nossos soldados estão bem? Perguntei até chegar no ponto onde queria. - Estamos exaustos mas, graças à Deus estamos bem, todos vivos.- Que bom general, isso é ótimo. - disse aliviada. - Fiquei sabendo que os soldados de Norseman também foram, tem notícias deles?- A única coisa que sei é que eles foram vítimas de uma emboscada, nós íamos fazer o mesmo traj
Acordei com um cheirinho de café que tomava conta do quarto, Amélia era muito atenciosa, havia deixado meu café em cima criado-mudo ao lado da minha cama.- Bom dia majestade.- Bom dia Amélia, obrigada pelo café.Minha boca se encheu de água ao ver aquela bandeja farta cheia de variedade de pães e bolos.- Pra quê tudo isso Amélia, não vou conseguir comer tudo isso sozinha. Falei sorrindo.- Desculpe madame.- Tudo bem, e você já tomou café?- Eu estou indo tomar agora. (Amélia)- Toma junto comigo.Ela assentiu.Depois do café da manhã, desci até a sala da senhorita Ruth, precisava de alguma forma ocupar a minha cabeça.A ausência de Philip agora teria dos sentidos, ou algo lhe teria acontecido na guerra, ou talvez tivesse desistido de mim, para ficar com Khristine.Recuei ao ver qu
Um pensamento latejava em minha cabeça, parecia como ter uma pedrinha nos sapatos, não estava mais aguentando. Sei que Philip e eu não estamos juntos à muito tempo, mas um amor verdadeiro é baseado em honestidade, acredito que esteja na hora de saber sobre os detalhes da vida de Philip, antes de partir resolvi lhe fazer a pergunta que estava tanto me incomodando.- Philip posso te fazer uma pergunta? Por favor seja sincero.Ele encolheu os olhos não entendendo.- Sim, o que você quer saber?- Quem é Khristine?Ele riu.- Não vi a graça? Respondi séria.- Querida, Khristine é só uma amiga. Porque está me perguntando sobre ela?Gargalhei.- Engraçado mais ela não te vê como amigo. Disse o encarando.Ele engoliu seco. Seu semblante passou de calmo para preocupado.- Nos conhecemos no casamento da irmã dela, não temos muito contato, nos falamos as vezes quando sua
Com o anúncio da minha chegada me aproximei para dar meus cumprimentos à família real juntamente com Andrews.- Boa noite Majestade, estamos muito felizes com a volta do Príncipe e dos seus soldados.Falei para a Rainha.- Obrigada querida por todo apoio que nos prestaram.- Estamos apenas retribuindo o que Norseman tem feito por nós.Depois me virei para Philip.- Boa noite príncipe. Disse com uma reverência e um sorriso discreto.- Boa noite Alteza. Philip me devolvendo o sorriso.Nesse momento nossos olhos se encontraram, mas Khristine logo interveio.- Boa noite Majestade. Disse Khristine com aquele olhar sonso dela.- Boa noite. Respondi seca.- Gostei do vestido, comprou aonde? (Khristine)- Não preciso comprar vestidos, tenho o melhor ateliê no meu palácio, minhas costureiras são incríveis.Ela sorriu amarelo.- Hun. (Khristine)Ph
Philip havia me deixado plantada, nem se quer me deu direito a defesa, virou as costas e saiu andando. Mas não tiro sua razão, sou um poço de incertezas, talvez sua ausência me traga alguma solução.Decidi dar um tempo antes de voltar para ninguém desconfiar de os dois estarem fora, as coisas já não estavam bem, se descobrissem algo aí tudo iria por água abaixo.Esperei Philip atravessar as portas para poder voltar para o Palácio. Não conhecia muito bem o lugar mas, procurei uma entrada que dava nos fundos do salão de festas.Logo de cara, assim que pisei os pés no salão me dei de cara com Andrews falando com um dos guardas, deveria estar questionando sobre o meu sumiço. Me aproximei devagar.- Ai está ela. Disse o guarda apontando para mim.Abri um sorriso sem graça.- Querida onde estava? Andrews me encarando.- Fui só respirar um pouco lá fora, não estava me sentindo muito bem.- Está me
Philip havia me deixado plantada, nem se quer me deu direito a defesa, virou as costas e saiu andando. Mas não tiro sua razão, sou um poço de incertezas, talvez sua ausência me traga alguma solução.Decidi dar um tempo antes de voltar para ninguém desconfiar de os dois estarem fora, as coisas já não estavam bem, se descobrissem algo aí tudo iria por água abaixo.Esperei Philip atravessar as portas para poder voltar para o Palácio. Não conhecia muito bem o lugar mas, procurei uma entrada que dava nos fundos do salão de festas.Logo de cara, assim que pisei os pés no salão me dei de cara com Andrews falando com um dos guardas, deveria estar questionando sobre o meu sumiço. Me aproximei devagar.- Ai está ela. Disse o guarda apontando para mim.Abri um sorriso sem graça.- Querida onde estava? Andrews me encarando.- Fui só respirar um pouco lá fora, não estava me sentindo muito bem.- Está me