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Capítulo 8

- Alteza está na hora do seu pronunciamento. Disse a senhorita Ruth.

- Obrigada Ruth.

Caminhei para uma espécie de palco montado no centro do salão principal, antes de começar a falar corri os olhos pelo salão, um silêncio assustador tomou conta do lugar, me aproximei do microfone e iniciei o discurso.

- Boa noite à todos, primeiramente agradeço a cada um de vocês por estarem aqui presentes, está noite gostaria de lhes apresentar o meu mais novo conselheiro o senhor Louis Carther.

Disse estendendo a mão em sua direção, ele logo subiu ao palco se posicionando ao meu lado, encheu o peito, se mostrando superior. Me cumprimentou com uma reverência e se direcionou ao público.

- Boa noite é com grande alegria e satisfação que atendo esse pedido da nossa soberana. - olhou para mim. - abri um sorriso forçado e ele prosseguiu. - Como todos já sabem o reino não está em uma de suas melhores fases, porém o processo de reconstrução tem caminhado muito bem, nossa majestade é muito jovem mas herdou de seus pais a força e garra, e juntamente com a minha experiência vamos dar início à um futuro glorioso para o nosso Reino. Obrigado.

O senhor Carther foi muito bem aplaudido diante de seu discurso.

Desci do palco imediatamente, uma grande multidão veio prestigiar o senhor Carther. Discretamente escapei pelos fundos.

Olhei mais uma última vez ao meu redor, com o fim de encontrar Andrews, ele me deve uma explicação, aquela frase "Não Posso" ecoava em minha mente, o que ele queria dizer com aquilo.

Comecei a subir as escadas, contando os degraus para chegar logo ao meu quarto, estava exausta.

Psiu...

Parei por um instante, olhei para os lados, quem teria feito aquela brincadeira sem graça, grande maioria dos convidados já estavam indo embora, pensei estar ouvido coisas.

Continuei subindo.

- Aqui embaixo. Alguém cochichou da parte debaixo da escada.

Olhei mais uma vez procurando de onde vinha aquele som.

- Anne aqui, olhe para baixo.

Olhei do corrimão para baixo e logo reconheci aqueles olhos.

Abri um sorriso, e voltei os degraus. Quem estava escondido embaixo da escada era Philip.

Diligentemente segui ao seu encontro.

- O que ainda está fazendo aqui?

- Não poderia ir embora sem me despedir de você. Disse me encarando.

Me aproximei.

- Você é maluco mesmo. Disse lançando meus braços sobre ele.

- Sou só um pouquinho.

Disse Philip me enchendo de beijos.

- Philip precisamos ser mais cuidadosos, se alguém nos pegar estamos perdidos, e eu não quero te perder.

Por um instante ele parou, conseguia ver nitidamente a preocupação de Philip, tentando encontrar alguma solução.

- Andrews meu filho avançamos mais um passo. Disse o senhor Carther subindo as escadas com Andrews.

Olhei para Philip com os olhos arregalados.

- Eu não vejo a hora disso acabar. Confessou Andrews

Tudo indicava que eles haviam parado na escada.

- Tenha calma falta pouco. (Louis Carther)

Philip olhou para mim confuso.

- Para o senhor tudo parece fácil, mas se ainda não notou é a minha vida que está em jogo aqui, sinto- me como um brinquedo nas suas mãos. (Andrews)

- Andrews por acaso você prefere voltar para Murchison e viver na miséria? (Louis Carther)

- Claro que não eu só quero ter paz. (Andrews)

As vozes estavam sumindo aos poucos. Quando tudo ficou novamente silencioso, me virei para Philip.

- Acho que eles subiram, você precisa ir.

- Está bem. Me deu um último beijo e saiu.

Rapidamente subi as escadas, do último degrau observei se no corredor havia alguém, nada, somente um soldado de vigia, o mesmo que me seguiu na noite anterior.

- Boa noite. O cumprimetei entrando no quarto.

- Boa noite majestade.

Pouco tempo depois Angeline veio ver se estava tudo bem.

- Senhora? Precisa de alguma coisa? (Angeline)

- Não ange, estou bem, você sabe me dizer se o Andrews foi embora?

- Ele está no último quarto do corredor. (Angeline)

- Preciso de um favor seu.

- Sim, o que a senhora deseja?

- Apartir de hoje você será a criada do Andrews e de seu pai, se apresente a eles, temos que estar atentos a qualquer movimentação aqui no palácio, então tome cuidado, e mais uma coisa, toda e qualquer informação que você tiver ou ouvir de alguma conversa paralela deles me escreva, todas as cartas que você me escrever devem ser escondidas atrás do quadro de receitas na cozinha, está bem?

- Claro estou a seu dispor.

(Angeline)

- Por enquanto é isso, está dispensada.

Quando Angeline saiu, passei a mão pelo meu cinto tirando a aliança que estava guardada.

Ela se encaixou perfeitamente no meu dedo.

[...]

Pés descalços, respiração ofegante, olhos atentos.

Estava só, correndo contra tudo, correndo contra todos...

Até que me vi sem saida, diante de um grande abismo.

Olhei para trás não havia ninguém que pudesse me salvar.

Senti pela última vez as batidas do meu coração, o ar entrando pelos meus pulmões, o frio batendo em minha pele.

Num abrir e fechar de olhos, me lancei penhasco abaixo...

Acordei desesperada no meio da madrugada.

Chovia muito me levantei da cama, lavei o rosto, botei um roupão e fui para a cozinha beber um copo de água.

- Está sem sono majestade?

Disse Andrews se aproximando.

Botei a mão no peito assustada.

- Ah, é você. Tive um pesadelo, foi só isso. E você o que faz acordado?

- Não consigo dormir. (Andrews)

- O que tem lhe tirado o sono?

Disse erguendo uma das sobrancelhas.

- Por que quer saber? Disse me encarando.

- Porque talvez o que tem tirado o seu sono seja eu, Andrews você pode acabar com isso. Disse olhando dentro dos seus olhos.

- E quem disse que eu quero acabar com isso.

Me afastei.

- Eu odeio você.

Ele deu de ombros.

Virei as costas para ele bufando e voltei ao meu quarto.

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