Sarah Cinco meses depois Estou aqui já Paris, já faz algum tempo. Minha vida mudou bastante desde que voltei para a casa dos meus pais, as dores e as mágoas cessaram e eu já quase não me lembro do episódio digno de pesadelo pelo qual eu passei enquanto em Catânia, nem tampouco soube mais notícias de Rafaele. No moral, eu não tive mais notícias de ninguém daquela cidade, exceto da minha tia Cornélia, peal qual eu tenho um grande apreço. — Nossa filha, como você está bonita! — diz a minha mãe. Estou me preparando para sair com meus amigos, dar uma volta pela Champs Élysées. — Obrigada, mamãe. Mas não vou demorar muito, apenas ver a tore Eiffel, o Arco do Triunfo e comer alguma coisa. — a minha mãe olha para mim e sorri. — Você precisa se divertira, minha filha, Você ainda é jovem, tem muita vida pela frente. Não vá ficar presa em coisas do passado. Minha mãe me ajudou muito durante o período em que eu fiquei ainda pior do quando fiquei recém largada no altar. Eu passei
Nicole Eu sei o quanto é perigoso para a mulher de um mafioso manter relações íntimas com outro homem, mas no meu caso, até que o risco vele a pena. Giacomo é filho de holandês com italiano, acho que a Itália é da família do pai e Holanda, da mãe. Seus olhos castanhos e seus músculos maravilhosos, foram o que me fizeram enlouquecer completamente e na cama... ah, não vejo muita diferença entre ele e o Sebastian. E por falar no meu marido inútil, ele ainda se encontra de viajem, sabe Deus para onde. Não me ligou, nem para avisar se está vivo, ou morto. Também não me importa se ele quiser pôr a própria vida em risco por alguma coisa, ou, alguém. Sem mencionar que o clã de Roma ainda suspeita de que ele tenha sido o responsável pela morte prematura do Nicolas Salvatore e também do velho tio dele. Mas, quanto a mim, estou me divertindo a cada dia com os dotes sensacionais que o Giacomo possui na cama, o que é a melhor parte de tudo isso. Só preciso tomar cuidado para não engravidar
Sebastian Estou me sentindo péssimo. Tia Natália veio de Palermo para poder ficar comigo, ela sempre soube o quanto eu estimava o Pepe, desde que vim para esta casa. Ainda não estou acreditando que ele está morto, ou, que alguém o tenha matado. O impressionante é que Nicole parece não estar nem aí para o que eu estou sentindo, ela penas fica me perguntando aonde eu estive e o que o Pepe teria me contado pouco antes de morrer. Fico me perguntando, qual o interesse dela nisso tudo? Não quero levantar suspeitas, afinal, Nicole não se preocupa com a vida dos empregados e não há como ela estar envolvida nisso. O caso da Sarah foi isolado e Nicole se sentiu ameaçada. — Está tudo pronto para a cerimônia de cremação — avisou-me o Lucca. — Está bem, eu já estou indo! — respondo-o, me levanto e fecho os botões do meu terno. Tudo parece bastante confuso, mas não posso pensar em nada agora, nem mesmo em apontar um culpado por essa morte. Meu peito dói. A última vez em que perdi uma pe
Sarah Ainda não consigo engolir essa de o Rafaele ter ido a Catânia. Não entendo o motivo para a ida dele até a minha cidade. Teria sido por causa da morte do Pepe? Sim, por que eles eram muito ligados quando o homem ainda estava vivo. Mesmo assim, acho que a tia Cornélia não deveria ter me contado a esse respeito e é melhor eu dizer isso a ela, pois sempre que me lembro do safado, é como se eu voltasse no tempo começasse a ver todas aquelas pessoas me olhando e com pena de mim. Quem sabe não tinham até quem estivesse debochando? É nesse mar de pensamentos dolorosos que eu ouço bater na porta do meu quarto. — Quem é? Pergunto, ainda chorando pelo que eu acabei de ficar sabendo. — Sou eu, filha. O que houve? Você saiu da sala tão depressa! — Eu estou bem, mãe. Foi só uma tontura. Mas já passou! — digo, agora vou precisar ir até o banheiro lavar o meu rosto para que os meus pais não percebam que eu estava chorando. — Tudo bem. E volte para a sala, a torta já ficou pr
Sebastian Continuo a desconfiar da Nicole desde a nossa última conversa e agora, começo a desconfiar do Giacomo também. Ele viajou já faz mais de uma semana para cumprir uma missão para a Nicole e até agora não me deu notícias, deixando-me apenas uma opção. — Alô. Sogro, como estão as coisas? Foi a forma que encontrei para poder averiguar melhor essa situação. A menos que ela e o velho já tenham combinado tudo para o caso de eu desconfiar de alguma coisa. — “Sebastian? O que te deu para ter mi ligado? A gente quase não conversa desde que você se casou com a minha filha!” — o velho logo pergunta. Ele não parece ter ficado muito surpreso com a minha ligação. — Não é por nada, mas o senhor me dizer se a missão do meu homem ainda vai demorar? — pergunto. Agora eu tiro a prova dos nove. — “De que homem você está falando? E que missão seria essa?” — desgraçada. Nicole vai ter muito o que explicar e o velho continua. — “Ora, Sebastian, você não sabe nem mais por onde anda
Sarah Do nada o senhor Bart abre a porta do seu escritório e de lá surge o Sebastian Baroni, ele olha diretamente para mim e sorri, e eu fico ali sem chão, sem compreender direito o que está acontecendo, por que um homem tão rico quanto Sebastian Baroni, todo de praticamente toda a Itália iria querer com uma empresa a beira da falência e na França? Nossa casa dia que passa esse homem está me deixando mais confusa. O mesmo da seus cumprimentos para todos, os trata com bastante educação, todas as minhas colegas e funcionárias da empresa estão babando por ele, realmente ele causa um grande efeito nas mulheres, pois estão todas suspirando por ele. Um pequeno coquetel acontece em prol da comemoração da nova sociedade na empresa, e os demais funcionários estão adorando, pois quem não gostaria de passar um período tomando espumante e comendo canapés em vez de trabalhar. Chegou um momento em que eu estava também me deliciando das iguarias até então nunca vista na empresa, quando de
Sebastian A ideia que eu tive de dar uma grande quantia e tirar a empresa no qual a Sarah trabalha da falência foi genial, pois assim como o novo ceo da organização, eu teria muito mais tempo para passar com ela e também a desculpa perfeita para as minhas viagens até Paris. Pensando nisso, observo o Bart assinar os papéis, o infeliz está numa animação só, lógico né, pois eu o livrei do seu tráfico final. E agora a sua empresa irá prosperar consecutivamente, o cara está praticamente com a vida ganha, esse aí não tem mais do que reclamar. — Senhor Baroni vamos agora conhecer os meus, quer dizer, os nossos funcionários, eu também tomei a liberdade de mandar preparar de última hora um delicioso coquetel para a gente, para a comemoração referente as novas parcerias da empresa. - ele diz tentando me bajular. Geralmente nesses casos eu apenas costumo dar as costas sem nem olhar mais para a cara do sujeito, porém, há uma funcionária em especial no qual eu quero dar uma olhada então sem
Nicole O Sebastian novamente viajou e eu devo confessar que até achei bom, ele anda muito calado depois que descobriu que o velho Pepe bateu as botas, ele começou a ficar muito estranho, muito calado, muito mais do que ele já era. E eu fico louca de vontade de perguntar pra ele, gritar no ouvido dele, porém, a minha mãe disse que eu tenho que ser calma nesse momento e respeitar o momento de quase luto dele, sinceramente eu esperava mais de Sebastian Baroni, ficar todo assim deprê por causa de um reris empregadinho, até parece que se a Margo morresse eu faria essa ceninha toda. Ela só iria deixar de me servir e eu teria que contratar outra funcionária, mais nada. Aquele velho Pepe era muito inconveniente e quer saber, eu adorei muito mesmo que ele morreu, assim eu não fico com olheiros seguindo os meus passos, eu só tenho que me manter neutra pra que ninguém desconfie que eu tenho algo a ver com a morte do velho. Afinal, eu não deferi nenhuma facada nele, não tem como haver nenhu