— Por que está parado aí sem fazer nada? — O tom de Vitória era severo.No começo, Afonso se sentia injustiçado ao ouvir isso, mas agora, ele já se acostumara.Com uma expressão séria, ele saiu pelo portão da escola: — Você veio buscar seu filho, não a mim.Vitória, tentando não se comportar de maneira inadequada na frente dos outros pais, respondeu: — Não posso buscar os dois ao mesmo tempo?— Se pode, então por que quando você vinha buscar o Rafael, nunca me levava junto? — Afonso retrucou. — Agora que tenho um motorista para me levar, não volto com você.Vitória respirou fundo.Porém, antes que ela pudesse se acalmar, Afonso já havia entrado no carro do motorista e fechado a porta.O carro se afastou logo....Pelo retrovisor, o motorista via a expressão feroz de Vitória e sentia um certo receio: — Saindo assim, como vamos explicar isso ao Sr. Guedes?Ele era pago por Wesley. E Vitória era a esposa de Wesley...Ele temia que Vitória falasse mal dele para Wesley e que ele perdesse o
Olhei para ela e perguntei: — O que você está pensando?Sarah disse baixinho: — Eu apenas de repente senti que, seja o Afonso contra mim, ou o Rafael me intimidando... Parece que, no final, sempre são você e papai que aparecem para resolver as coisas para mim. Eu nunca realmente resolvi qualquer problema por conta própria.Igor segurou a mão pequena de Sarah: — Você ainda é uma criança, é claro que pode depender dos adultos.Na verdade, ele esperava poder fazer mais por Sarah.Afinal... O tempo que Sarah poderia ficar ao seu lado era apenas de pouco mais de uma década.Quando ela fosse para a universidade, provavelmente iria para outra cidade.Naquela época, mesmo que ele quisesse ajudar Sarah, não seria mais possível.— Mas eu vou crescer. — Sarah expressou seu pensamento: — Então, preciso me esforçar para ser independente agora.— Ter esse tipo de pensamento... — Em relação a Sarah, eu ainda preferia encorajá-la: — Isso mostra que nossa Sarah já cresceu!Sarah riu alegremente: — Mas
Rafael disse compreensivamente: — Não se preocupe, mãe. Posso fingir que sou o único criança na escola. Assim, se eles não brincarem comigo, não me sentirei injustiçado.Quanto mais ele falava, mais Vitória se entristecia, e seu ódio por Igor se intensificava!......O carro parou na entrada.Para minha surpresa, os avós de Sarah estavam esperando na porta, então virei-me para olhar para Igor.Igor saiu do carro para recebê-los: — O que os traz por aqui?Na última visita, a avó de Sarah, Miriam, estava deitada no hospital, parecendo muito frágil.Nereu Correia explicou: — Ela acordou alguns dias atrás e, ao saber que Sarah veio visitá-la no hospital, melhorou muito. Hoje, finalmente, ela teve alta e queria ver Sarah. Espero que não estejamos incomodando.Nereu parecia preocupado: — Se for inconveniente, podemos ir embora agora mesmo.Igor, vendo que ele estava prestes a ajudar Miriam a sair, disse com pressa: — Melhor entrarmos e conversarmos lá dentro.Embora Sarah já tivesse superado
Então, o primeiro passo seria não fazer nada que desagradava Wesley.Por exemplo, manter distância e evitar tocá-lo.Vitória soltou Wesley.Wesley claramente respirou aliviado: — Vitória, sei que você está irritada agora.Vitória caminhou até o sofá, dizendo com empatia: — Mas eu sei...Ela se sentou, olhando para Wesley ao lado: — Eu só tenho que aguentar.Wesley ficou de pé em frente a ela: — Sinto muito por te fazer passar por isso, o que você quer como compensação?Vitória percebeu que, ao dar um passo para trás, a atitude de Wesley havia melhorado.Ela finalmente respirou aliviada, parecia que a decisão que tomou impulsivamente estava correta: — Você sabe o que eu gosto, é só escolher e me dar.— Certo. — Wesley perguntou casualmente: — Como tem sido para o Rafael na escola ultimamente? Deve estar difícil. O que você pretende fazer?Vitória realmente não sabia o que fazer, lágrimas giravam em seus olhos, mas ela se recusava teimosamente a deixá-las cair: — Eu não sei.Wesley, ao v
Olhei para Igor.Na minha percepção, a capacidade de trabalho dele era forte...Independentemente da situação, sempre conseguia responder com calma e contenção.Assim, naturalmente, eu pensava que ele vivia de forma confortável e tranquila.Portanto, ao ouvir que ele também precisava aliviar o estresse, fiquei um pouco surpresa.Igor, sem esperar pela minha resposta, perguntou um tanto ansioso: — Você não quer?Ele não queria me forçar: — Então deixe pra lá.Eu balancei a cabeça: — Não é isso.Igor sorriu e disse: — Então, à noite, eu espero por você.— Certo....— Mãe, pai!O som de passos e sua voz clara ressoaram ao mesmo tempo.Eu saí para a varanda: — Estou aqui.Sarah correu até mim e me abraçou: — A janta está pronta, vamos comer!Provavelmente por ter ficado tanto tempo sem contato com os avós, Sarah, mesmo ainda os amando, não se sentia confortável em ficar muito tempo com eles. Nesse momento, ela estava claramente um pouco ansiosa.Eu peguei Sarah no colo: — Vamos.As pequen
Hoje, o treinador deu-lhe um dia de folga para que ela pudesse descansar bem, então ela também não precisou treinar.Depois de comer, ela se jogou no sofá, com a cabecinha apoiada nas minhas pernas, assistindo a desenhos animados feliz da vida.Igor, para não perder nenhum momento do crescimento de Sarah, também deixou seu trabalho de lado, sentando-se ao meu lado para acompanhar Sarah.— Papai. — Sarah, insatisfeita por Igor interromper seu momento a dois comigo, sentou-se e olhou para Igor: — Você ainda não terminou seu trabalho! Não precisa ficar aqui comigo, senão você vai ter que trabalhar até tarde novamente!Igor já tinha sua desculpa preparada: — Não tem problema, amanhã eu resolvo isso na empresa, dá na mesma.— Eu sei que você está preocupado que eu fique sozinha. — Sarah queria estar a sós comigo, e ela afirmou com toda a seriedade: — Mas papai, eu tenho mamãe comigo. Não vou ficar sozinha.— Não pode ser. — Igor, com uma posição firme, rebateu: — Tanto papai quanto mamãe nã
Ele sentia um impulso de desabafar, então o que eu precisava fazer era apenas ouvir e incentivá-lo a continuar: — Hum?Mas minha cabeça estava zonza.Levantei a mão para apoiar minha testa.Nunca tinha bebido antes, então era quase inacreditável para mim que eu tivesse uma tolerância tão baixa ao álcool.Igor me observava: — Desde que subi a esta posição, tenho que focar toda a minha atenção no trabalho. Nos planos e desenvolvimento futuro da empresa, além de como lidar com crises... E, além disso, outras empresas estão de olho, quase todas esperando que a minha quebre para poderem subir.E então tinha a questão com a Sarah.Ele tinha muitas coisas para pensar todos os dias...Foi só depois de trazer-me para sua casa para cuidar da Sarah que ele começou a se sentir um pouco mais aliviado.Olhei para ele de lado: — Esse é realmente um grande peso para carregar.Igor apenas sorriu e, em seguida, serviu-me outra taça de vinho.Acenei com a mão: — Não posso beber mais...Igor suspirou: — E
Ele dirigia de volta para a casa onde ele e Eunice viveram por seis anos, abriu a porta da sala.Estava escuro lá dentro.Wesley, instintivamente, falou: — Querida, cheguei. Por que você não veio me receber? Você está se sentindo mal?Deu dois passos antes de se lembrar repentinamente que ele e Eunice já estavam divorciados.Wesley, desolado, sentou-se na sala, observando ao redor.Ele se disse que não deveria se sentir triste...Depois de tantos anos, a pessoa que ele amava era Vitória.Agora que seu sonho se tornou realidade, ele deveria estar feliz.Mas, no fundo... Por que não conseguia sentir nem um pouco de alegria?A mão de Wesley pousou sobre seu peito.Ele não conseguia entender.‘Trim trim trim’O celular de Wesley tocou, e ele atendeu sem olhar, era Vitória ligando.Quando ele voltava tarde para casa no passado, Eunice o contatava, e, embora nunca dissesse nada, sempre esperava ansiosamente pelo que Eunice diria.Sempre sorria sem perceber.Mas agora... Ele só sentia impaciê