KURTQuando Gareth apareceu, foi ajudando dois de meus homens que haviam sido atacados por um grupo de Rogues. Gareth era um guerreiro formidável e acabou com a ameaça. Segundo ele, o pai dele era um Ranger, no entanto, eu sabia que não era verdade. Ele não era um Alfa, porém, seus laços sanguíneos não se resumiam a ser apenas um filho de Ranger. Me parecia mais um Beta. Esperei por longos minutos, e nada de Finn me falar nada e eu já estava irritado. “— Cadê o garoto, Finn?” — mandei pela conexão mental, mas ele aparentemente estava me bloqueando. Mas o que diabos?E o que mais eu poderia fazer além de ir atrás de Finn? Eu não cheguei a colocar os dois pés para fora do escritório quando a dor de Finn me invadiu. *** *** *** ***FINNDurante todo esse tempo que Kurt encontrou Rosamund e viveu todo esse martírio, eu não queria nada mais do que vê-lo feliz. Feliz como eu era com a minha amada Audrey e o meu pequeno Thomas. Eu era completo e desejava que Kurt também o fosse. Assim qu

KURT Fui o mais rápido possível até Finn, e quando cheguei à casa dele, ele estava ajoelhado na porta da casa. Por ser um horário em que normalmente o bando estava na ativa, não tinha gente por ali. — Finn! — Eu gritei, desesperado. A porta da casa dele estava aberta e o cheiro… Olhei para ele, que parecia longe dali e então, para dentro. Thomas! Não podia dar atenção para Finn, eu precisava ver o pequeno. Parecia que os meus pés pesavam e eu só conseguia pensar “não esteja morto!”. A criança estava com sangue, mas eu não via ferimento plausível. Audrey. Ela estava do lado dele, com os olhos fechados, com um ferimento no ombro. Mas ela respirava, também. Peguei Thomas e ele respirava, fraco e havia um pequeno ferimento na cabeça dele. Pelo visto, aquele sangue todo era dela. Enviei mensagem mental imediatamente para os médicos do bando, pedindo que chamasse pela Doutora Hanna. Depois, para os Rangers, porque tinha um cheiro ali que eu conhecia muito bem: Alexandra. Como aquela m

KURT— Gareth! — Eu vociferei e Rosa me olhou estranho. — Ele não… — Rosa! Ele não é nascido aqui e eu fui burro o suficiente para cair no papinho dele! — Amor, você não é burro — Ela me acalmou. Já estávamos entrando no escritório e eu não podia me perdoar. Eu deixei aquele imbecil entrar no meu território. — Rosa, ele está por trás disso. Eu sei! — Ele pode ter sido atacado! — Duvido — Eu falei e me sentei na cadeira. Rosa se sentou na minha perna — Eu queria saber por que Gareth está ajudando Alexandra! Eu sei que não é aquele filho de uma puta do amante dela, porque eu arranquei a garganta dele com as minhas mãos! Rosa então ficou tensa no meu colo e eu a olhei, sem entender. — Amor… Gareth me disse que… — Ela estava assustada e começou a chorar de novo — Ele disse que o irmão dele foi assassinado. Teve a garganta arrancada por amar a fêmea errada.*** *** *** ***GINIEu vi o estado da esposa do Finn e coitada! Ela foi atacada de maneira violenta! E o bebê deles? Eu não s

GINI— Darius, amor, por quem me toma? A sua falta de fé é, como eu já falei antes, extremamente ofensiva. Eu domei você, bebê, por que raios eu seria derrotada por ele?Darius às vezes se esquecia completamente que eu era uma bruxa e me julgava apenas como uma humana, um ser mais fraco e frágil. Isso me irritava profundamente. — É que… Eu perco a noção, amor. Eu amo tanto você, Genevieve, tanto! E pensar que… E sentir que você está com dor é insuportável. Eu amava quando ele falava daquele jeito. O tom choroso da voz dele. Sabe, quem olhava Darius, forte, destemido Rei, não imaginava que ele vivia fazendo biquinho. Ele ficava muito, muito lindinho! E sexy! — Eu vou ver a Rosa e o Kurt, agora. Depois nos falamos, amor. — Tá… E.. Eu amo você.A forma como ele falou fez eu me derreter todinha. Eu não resistia a Darius. — E eu te amo. Desliguei o telefone e pedi que me levassem à packhouse. Eu poderia usar um feitiço de localização? Sim, mas era descortês da minha parte fazer esse

KURTVamos lá, mais uma explicação: Não existe apenas um Rei em todo o planeta. É como com humanos, há territórios e com cada um, um rei. É normal que a realeza case entre si. Bom, Darius rejeitou todas as bonitas dos outros reinos, casou-se com aquela vaca e acabou dando no que deu. Mas agora ele tinha uma bruxa, que ainda não tinha sido apresentada e eu sabia que isso poderia dar problema. Por quê? Imagine que os Reis lobisomens são extremamente fortes. Agora, adicione que um deles não só tem o apoio da raça bruxa, mas está acasalado com uma. Não qualquer uma, mas a princesinha de um dos Covens. Bom, pensemos nesse problema depois. Agora, temos uma droga de invasão em massa acontecendo e tudo o que deve ficar na nossa mente é isso: temos que contornar a situação ou vamos perecer! A questão não é só perder o território, mas sim que os rogues não são como humanos que invadem um reino e começam tudo novo dali. Não, eles são criaturas que em sua maioria, não conseguem se manter unidos

GARETH*ANOS ANTES*Até onde eu sabia, ele havia sofrido um acidente!— Pra longe. Você não quer uma família? E como eu sei é irrelevante. Eu sei e ponto! Não fiz nada, se foi nisso que pensou!— Nós já temos uma família, Rowan. Você é a minha família — Segurei o braço de Rowan — Por favor, eu preciso entender o que tá acontecendo!Eu era só um garoto de doze anos! Rowan, que sempre nos visitava, mesmo depois de exilado — ele se comunicava com a mamãe e ela e eu o visitávamos, ou só eu, quando ela não podia sair — estava desaparecido há meses. E, quando voltou, foi pra me levar? Assim, sem explicações? Eu ainda estava digerindo a morte da nossa mãe! Rowan finalmente desacelerou, fechou os olhos e colocou a mão livre no quadril, enquanto a que segurava o meu pulso acariciou a minha pele com o dedão. Ele se virou para mim e eu olhei diretamente em seus olhos azuis como o mar. Mar que eu só tinha visto em fotos e vídeos. — Olha só, o papai não quer a gente para estar com ele,

GARETH*ANOS ANTES*Chegamos a uma clareira e eu vi imediatamente a cabeleira de fogo. Ela era, sem dúvidas. Eu era novo, mas não era cego! Alexandra era má, era nítido, mas não restava dúvidas de que ela era linda e atraente. Como as chamas numa noite escura. O problema é que se chegar perto demais, você se queima e agoniza, numa morte lenta. — Meu amor! — Ela falou, sorrindo para ele, mas eu não sentia nada vindo dela. A voz melodiosa e arrastada de Alexandra soava extremamente falsa! Ela parecia ser vazia, enquanto o bocó do meu irmão estava ali, como um cachorrinho. Só faltava abanar a cauda — Oh, Gareth, você veio!Ela disse, caminhando até mim. Eu talvez estivesse delirando, mas ela me olhou de um jeito bem esquisito. Provavelmente porque não me queria por perto. Meu irmão renegou o nosso bando e ele quase morreu de dor. Quando um lobo é expulso, a quebra da conexão com o bando é dolorosa demais. — É, vim — Eu falei, sem muita emoção. Percebi pelo canto do olho como meu irmã

GARETH*ANOS ANTES*— N-não! Foi… Aargh… Foi K-Kurt! Ela podia ser forte, ela tinha sangue forte, mas não era mais forte do que eu. Jamais achei que um dia eu atacaria uma fêmea, mas eu o fiz. Atirei Alexandra contra a árvore e pude ouvir o som de ossos quebrando. Ela levantou o olhar para mim. Pensei que Alexandra estaria com medo, mas o olhar e o cheiro dela… Ela estava satisfeita. Me ofereceu um sorrisinho! Então, o cheiro de uma fêmea humana invadiu as minhas narinas. Merda! Eu não ia fazer mal a uma inocente! Aquela distração foi o suficiente para que Alexandra corresse e eu, no fim, acabei por me esconder. Vi quando a humana atendeu Kurt. Ela parecia saber o que estava fazendo, talvez fosse aqueles curandeiros humanos. Eu tive que correr, porque dava pra sentir o cheiro de mais lobos se aproximando. Depois eu voltaria para reaver o corpo do meu irmão e lhe dar um enterro decente. Esperei por horas até poder voltar e ter certeza de que não seria caçado. Após enterrar Rowan,

GARETHO outro macho rosnou ao ouvir o nome do meu irmão. Ciúmes. Alexandra acariciou o rosto dele. — Fica calmo, benzinho. Eles são só diversão. E Gar, aqui, vai nos ajudar. — Não me chama de Gar, sua puta! — Só o meu irmão me chamava assim! — E eu não vou te ajudar com porra nenhuma! O olhar dela brilhou com uma malícia absurda. — Ah, você vai, queridinho. Ou eu dou fim na sua irmãzinha. — Eu não tenho irmã — Eu disse, triunfante. — Claro que tem! O seu pai fez um novo bebê. — O quê?! — Sim… E eu posso acabar com ela. Se não acredita, vá até lá no seu antigo bando, ligue, não sei. Mas eu não estou mentindo e… — Ela piscou para mim — Eu consigo pegá-la. Eu não duvidava que, se eu tivesse mesmo uma irmã, Alexandra conseguiria acesso. Ela era uma maldita!*** *** *** ***KURTKURTCaralho, aquele moleque de merda! Eu estava tentando manter a cabeça no lugar e aberta. Rosa estava me pedindo para esperar ouvir o que Gareth tinha a dizer, antes de matá-lo. Ele tinha sorte de eu s

ROSA— Eu tenho um pressentimento ruim, Gini — Falei a ela, que estava saindo do banheiro. — Eu também. Mas você disse que não houve qualquer alarme soando, nas bordas. Eu balancei a cabeça.— Não, não houve. Mas ainda assim… Tem alguém infiltrado aqui, Gini. Atacaram Finn e a família dele! O pequeno Thomas… — Eu sei e… — Gini parou de falar e parecia até que ela era um animal com as antenas captando algo — Eles estão aqui. Por “eles”, Gini só poderia estar se referindo aos que nos atacaram. — Então, vamos cuidar disso — Eu falei, já indo em direção à porta, mas Gini segurou meu braço. — Não! Você fica aqui! Puxei meu braço do aperto dela. — Esse é o meu bando, Gini. Eu não vou me esconder aqui! Aceitei Kurt e sou a Luna deles! Gini engoliu em seco e concordou com a cabeça. — Eu vou com você. A guarda Real chegará aqui em breve. Darius me mandou mensagem. — Então vamos! Descemos as escadas e eu pude ver a movimentação na packhouse. Assim que abrimos a porta, o local estava