– Você… o que você quer fazer? – Amara perguntou, abraçando o volante como se estivesse protegendo algo precioso. Seus olhos estavam fixos em Pitter, que agora se sentava no banco do passageiro, emanando uma aura de tensão contida.Pitter se encostou no assento, o maxilar travado e os olhos fixos em um ponto indefinido. O que ele queria fazer? Ha, melhor que ela nunca descobrisse. Ele puxou o colarinho da camisa branca, desabotoando-o com um gesto brusco. Depois o próximo botão. E mais um.Amara acompanhava cada movimento com uma expressão cautelosa, mas ao mesmo tempo fascinada. Seus olhos percorriam o peitoral firme que começava a se revelar. Por um instante, até se esqueceu do pequeno Théo, que poderia aparecer a qualquer momento.Pitter, perdido em seus pensamentos, lutava contra as emoções que o dominavam desde o início daquela noite. O ciúme o corroía, algo tão irracional que o fazia duvidar de si mesmo. Era um carro, afinal. Ele soltou um suspiro longo, pegou um cigarro e o ace
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