O vento soprava forte nas encostas das montanhas, como se tentasse barrar o avanço de Lúcia e Kael. O caminho era íngreme, cheio de pedras soltas e neve que começava a se acumular. O céu cinzento parecia anunciar uma tempestade iminente, mas os dois viajantes não tinham outra escolha senão seguir em frente. — Você sente isso? — perguntou Kael, olhando ao redor com os olhos estreitados. Lúcia parou por um momento, tentando perceber o que ele queria dizer. Então, sentiu: uma presença, distante, mas inconfundível. Era como uma pulsação no ar, semelhante ao Véu, mas com uma frequência diferente, quase discordante. — Não estamos sozinhos — murmurou ela, apertando o cabo de sua adaga. Kael assentiu. — Seja o que for, está nos observando. A trilha os levou a um desfiladeiro estreito, onde as paredes de pedra se erguiam como gigantes silenciosos. A cada passo, a sensação de serem vigiados aumentava, até que, finalmente, algo se revelou. Uma figura encapuzada apareceu no final do de
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