Seus olhos verdes brilham com expectativa, e um sorriso envergonhado aparece em seus lábios, revelando as borrachas pretas que envolvem o bracket de seu aparelho ortodôntico. — Acho que você não está me reconhecendo... Fiz algumas mudanças no meu corpo, pintei o cabelo e coloquei aparelho. – Ela so

— Hanna... Eu também estava sofrendo lá. Antes de você chegar, eu já estava naquela casa sendo negligenciada, enquanto minha mãe vivia em uma mansão com seu novo marido e sua família perfeita. – Diana ri baixo, sacudindo a cabeça. – Eu sequer sabia que ela tinha outra filha, que Samantha era minha i

Já perdi a noção do tempo enquanto esperava na sala do hospital. A ansiedade e agonia me corroíam aos poucos, como se a notícia sobre o estado de Diana nunca fosse chegar. Levantei-me rapidamente ao ver um enfermeiro se aproximando, empurrando a cadeira de rodas com Diana sentada nela. — Você aind

Meu coração acelera ao verificar as horas no celular. Shane iria me matar; já passavam das duas da manhã, e eu estava fora da alcatéia, no mundo humano, em um hospital, sem dar qualquer notícia. Mas, um pensamento rápido passa pela minha mente: ele sequer me procurou ou ligou nesse período em que sa

Em um estado de transe, meu corpo responde automaticamente aos estímulos ao meu redor. Gradualmente, minha audição se dissipa, cedendo lugar ao som pulsante do meu coração, batendo desenfreadamente, e ao fluxo frenético de sangue em minhas veias. Aquela batida acelerada, incessante, exercia um estr

O trajeto até os domínios da alcatéia transcorreu em um silêncio sepulcral, mal conseguindo distinguir se Olivia proferiu alguma palavra durante o percurso ou se o tempo simplesmente escorreu sem qualquer marcação. Era como se meus sentidos estivessem anestesiados, minha mente mergulhada em um vácuo

Suspirei ao me sentar na cama de Olivia, seus olhos claros observando-me atentamente em busca de sinais de desconforto. — É... – Murmurei, sentindo meu corpo dolorido pelo estresse do dia. – Acho que tenho muitas coisas para aprender sobre a cultura lupina e suas leis. Olivia assentiu, seus olho

— Hanna, não se preocupe com isso agora. Concentre-se em se fortalecer, em mostrar que não é fraca. – Sua voz é calma, mas seu olhar era conflituoso. Minha ansiedade aumenta, e eu a seguro pelos braços com mais força do que pretendia, olhando-a nos olhos com desespero. — Não, Olivia. Você precis

Apesar de o sol já ter amanhecido há algumas horas, o céu permanecia escuro, como se ainda fosse noite. Uma estranha sensação tomou conta do meu corpo, uma inquietação que lembrava os primeiros minutos de um filme de terror, onde a tensão cresce e algo ruim parece inevitável. Cubro minha cabeça com

Chegamos à biblioteca, um edifício antigo, mas bem conservado, com imponentes colunas na entrada. Olivia estacionou o carro e saímos em direção à porta principal. Ao entrarmos, fui recebida pelo aroma familiar de livros antigos e móveis de madeira polida. Havia algo reconfortante naquele ambiente, m