Repercussões e ReflexõesIsabelaA manhã seguinte trouxe uma sensação de realização misturada com a inevitável necessidade de seguir em frente. A decisão dos investidores tinha sido um marco importante, mas o trabalho estava longe de terminar. Agora, eu precisava lidar com as repercussões dessa vitória e assegurar que a fusão fosse bem-sucedida.O escritório estava em um frenesi de atividade. A equipe estava animada, mas também havia um senso de urgência. A reunião de ontem havia mudado o panorama, e todos estavam focados em garantir que tudo ocorresse conforme o planejado. Laura estava na frente, coordenando a logística e supervisionando os detalhes finais.— Isabela, temos uma reunião com o time de integração da nova empresa às 10 horas — disse Laura, enquanto passava pelos corredores com uma pilha de documentos. — Precisamos definir os próximos passos para garantir uma transição suave.— Certo. Vou me preparar para isso — respondi, ajustando a minha agenda. — Além disso, gostaria d

Desconfiança e DesejoIsabelaDepois da conversa com Letícia, minha cabeça estava cheia de dúvidas. Carlos e eu tínhamos uma relação complexa, que mal começava a se desenrolar. Não havia trocas de carinho ou algo mais íntimo, apenas provocações e olhares que sugeriam algo muito maior do que ambos estávamos prontos para admitir.A insinuação de Letícia, de que Carlos estava jogando comigo, me deixou inquieta. Não podia simplesmente ignorar. Será que ele realmente estava me manipulando?Sentei-me à mesa do meu apartamento, com um copo de vinho nas mãos, relembrando os momentos tensos que tínhamos compartilhado. Era difícil definir o que exatamente estava acontecendo entre nós, porque até agora, não havia nada além de jogos mentais e competitividade. A atração era óbvia, mas ambos sabíamos que ceder a isso traria mais problemas do que soluções.Eu não conseguia parar de pensar. Precisava confrontá-lo e entender suas intenções. Antes que pudesse racionalizar, peguei o telefone e, num impu

O Jogo Começa a Sair do ControleIsabelaDeixei o escritório mais cedo do que o habitual naquela noite. A mensagem de Letícia e o silêncio de Carlos estavam mexendo comigo de uma maneira que eu odiava. Eu era conhecida por ser sempre no controle – dos meus negócios, das minhas emoções, de tudo. Mas, desde que Carlos voltou à minha vida, parecia que uma parte de mim estava sempre à beira de desmoronar.Minha mente tentava racionalizar: talvez fosse apenas uma jogada de Letícia para me desequilibrar. Ela sabia exatamente onde apertar para causar uma reação, e eu estava caindo na armadilha. Mesmo assim, a sensação incômoda de que algo estava acontecendo me consumia. O que Carlos estava fazendo com ela? Por que ele não me procurou depois daquela reunião? Odiava o quanto isso me afetava, mas não conseguia evitar.Chegando em casa, tentei me distrair com trabalho, mas as palavras no laptop não faziam sentido. O telefone estava sobre a mesa, e eu evitava olhá-lo, como se a qualquer momento p

A Verdade por Trás das MáscarasIsabelaAssim que Carlos saiu pela porta, o silêncio invadiu a sala, deixando-me sozinha com meus pensamentos e um sentimento incômodo de desconfiança. Ele sempre tinha uma maneira de mexer comigo, me fazendo questionar cada palavra e movimento. Eu sabia que algo estava errado, mas ainda não conseguia ver com clareza.Carlos tinha jogado com insinuações, mas sem revelar o que realmente sabia. Por que ele estava tão preocupado com João? E o que Letícia estava tramando? Ela nunca escondeu seu interesse por Carlos, mas a implicação de que estava envolvida em algo maior me deixava com a sensação de que eu estava sendo manipulada de várias direções.Eu me sentei à minha mesa, peguei meu celular e abri as mensagens. João, fiel como sempre, havia me enviado um relatório sobre a nova proposta de fusão das empresas. Ele era cuidadoso e profissional, mas a semente da dúvida que Carlos plantara já estava crescendo dentro de mim.Relutante, disquei o número de João

Tentação e ManipulaçãoIsabelaNa manhã seguinte, o som do telefone vibrando no criado-mudo me despertou do que parecia ser um sonho turbulento. Meus olhos se ajustaram lentamente à luz suave que entrava pela janela do meu quarto. Sentei-me na cama e, ainda sonolenta, olhei para a tela: João.Suspirei, já esperando uma conversa longa. João era meu sócio e, ultimamente, ele parecia mais envolvido emocionalmente do que profissionalmente. Eu sabia que ele tinha sentimentos por mim, mas tentei ignorar isso pelo bem do trabalho. No entanto, a linha entre o pessoal e o profissional estava começando a se tornar cada vez mais tênue.Atendi com a voz ainda rouca de sono.— João, bom dia. Algum problema?— Bom dia, Isabela. Não diria que é um problema, mas eu realmente preciso falar com você sobre a fusão e os próximos passos. Pode me encontrar mais tarde no escritório? — ele respondeu, a voz baixa e controlada.— Claro. Nos vemos às 11h — falei, tentando parecer mais animada do que realmente e