Perspectiva Liam Eu fui jogado no inferno, sim, aqui é o inferno. Aqui eu vejo minha mãe. Eu sabia quem era minha mãe, pois o pai do Lucca tinha foto da nossa família. Eu havia memorizado os rostos deles. Eu tinha a fotografia dos meus pais, um momento em que eram felizes ou fingiam ser. Eu imaginava Kalel pequeno nos braços dela, eu imaginava ela morta, eu imaginava o sangue por todo seu corpo. As drogas me faziam vê-la. –Você tem que reagir, meu filho. –Ela disse. Olhei para a médica, e todos os caras fodidos igual eu. Todos patéticos pedindo por ajuda. –Eu não quero ajuda de ninguém. –Liam, fale com a médica. –Cala a boca, mãe. –Você está doente, Liam. –Eu estou muito bem. –É mesmo? Estar me vendo não é sinal de estar bem. Respirei fundo e olhei pra ela, sua roupa cheia de sangue. Cabelo preto até os ombros, olhos azuis como todos nós. Pelo menos a cabeça dela está no lugar. –Muito bem, por hoje é só. –Danna, a médica idiota sorriu, e todo mundo se levanto
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