A garçonete ainda estava por perto, aparentemente procurando por ela, e ao vê-la, se aproximou com um objetivo claro. Sua bandeja continha uma taça de champanhe.— Senhora, gostaria de um copo de vinho?— Não estou com vontade de beber agora, mas gosto de ver os outros bebendo. Que tal você beber este copo, e eu te dou cem mil por isso?O garçom sorriu nervosamente: — Eu não ousaria, este é o vinho para receber convidados importantes, como eu teria a dignidade de bebê-lo? Além disso, meu estômago é fraco... Se eu beber, vou sentir dor...— Eu te dou um milhão.— Sério? — Os olhos do garçom brilharam, já estava quase se deixando convencer.— Sim! Você vai beber?— Ok, eu bebo.Desta vez foi a vez de Beatriz ficar confusa, o que teriam colocado naquele vinho, para até o garçom não saber, caso contrário ela não teria essa expressão. Será que era algum tipo de droga, ou...Ela estava ponderando, quando uma mão grande segurou a taça de champanhe antes dela e a bebeu de um gole. — Sobre o qu

— Não olhe para mim, vai sujar seus olhos.— Ah?— Use suas mãos... me ajude... não olhe, não é uma visão bonita... — A voz de Daniel estava rouca, quase inaudível.Ela percebeu um vislumbre de vergonha. Daniel também estava envergonhado.Ela tocou algo. Ele segurou sua mão, guiando-a lentamente....Não se sabe quanto tempo passou, mas finalmente acabou.Ela não sujou suas roupas, nem seu corpo. Ela sentou obediente na cama, ouvindo o som da água do chuveiro. Ela queria remover a venda dos olhos, mas Daniel não permitiu, então ela teve que obedecer.Depois de cerca de dez minutos, Daniel saiu, acompanhado pelo som de roupas sendo vestidas. Ele parecia estar limpando o local, seguido por uma toalha úmida limpando suas mãos.— Esqueça o que aconteceu. — O homem disse com uma voz de comando.— Ok. — Ela acenou com a cabeça.Ela não se sacrificou. O dano a ambos foi minimizado, um resultado que satisfazia a ambos.Por fim, a venda nos olhos foi removida, e ela recuperou a clareza. Daniel,

Beatriz tomou o drink de uma vez.— Vamos para lá. — Daniel a envolveu pela cintura e se afastaram.Após mais uma hora de navegação, finalmente chegaram à ilha. Todos juntos desfrutaram de um bolo de vários metros de altura, seguido da entrega dos presentes de aniversário.Para Beatriz, aquilo foi um verdadeiro espetáculo, uma celebração que durou até altas horas.Daniel ainda tinha assuntos a resolver, então ela decidiu retornar ao quarto para descansar. Estava prestes a fechar a porta quando uma grande mão a deteve.Beatriz se assustou, vendo Afonso entrar no quarto.Ela franziu a testa imediatamente. — O que você está fazendo aqui? O que as pessoas vão pensar se te virem?— O que você e Daniel fizeram no quarto? — Afonso perguntou, pausadamente.Beatriz não pôde evitar rir. Ela pensou que Afonso tinha mudado, mas viu que não era o caso.— Eu sou a acompanhante dele, esta noite vamos dormir juntos, o que você acha que fizemos? Diga à Débora que não precisam nos fornecer drogas para n

Afonso ficou sem palavras, sentindo-se sufocado. — Daniel, você vai se tornar inimigo por causa de uma mulher? Não esqueça, nossas famílias têm relações estreitas, muitos negócios juntos. Por uma mulher, não vale a pena. Além do mais, uma mulher que para sobreviver, faria qualquer coisa. Você sabe que ela se juntou a sequestradores, tudo para continuar viva? Seus pais nunca aceitariam alguém assim.— Isso é problema meu, não se preocupe.— Então, está bem. — Afonso respondeu com um sorriso irônico, olhando para ele sombriamente: — Então, eu vou ficar observando!Os dois se separaram, não muito amigáveis. Afonso se levantou e saiu. No caminho de volta, Daniel viu a mensagem que Beatriz havia enviado há dez minutos.【A lua está linda esta noite, fui ver o mar.】Daniel franziu a testa, concentrado na conversa com Afonso, nem havia notado a mensagem. Era tão tarde, por que ela iria ver o mar? E se algo acontecesse?Ele correu para o cais, o castelo antigo da ilha ficava a dez minutos do ca

Os cílios dela levemente tocaram a palma de sua mão.— Não olhe.— Morta... ela morreu? — A voz de Beatriz tremia, seu corpo rígido.Testemunhar a morte de alguém é um grande choque.— Vamos, não olhe para trás.— Aqui...— Não é da nossa conta, eu não sou policial, alguém virá. — Daniel só queria levá-la de volta.De volta ao quarto, ele ainda não estava totalmente tranquilo, verificando várias vezes se ela estava intacta antes de finalmente suspirar aliviado.— Ir à praia à noite? Você sabe o quanto isso me preocupa? — Daniel voltou a si, repreendendo-a. Ele parecia realmente bravo, o tipo que pode fazer alguém chorar de medo.Mas ao pensar que Daniel se preocupava com sua vida ou morte, ela não tinha mais medo de nada.— Você não queria que eu morresse, né?— Se você morre ou não... o que isso tem a ver comigo, eu ainda preciso de você para enganar meu avô. Se algo acontecesse com você, onde eu encontraria outra noiva para ele?— Entendi. — Beatriz sentiu-se um pouco desapontada, pe

— Tão curiosa assim? — O ambiente ao redor de Daniel esfriou de repente.Beatriz se sentiu inocente. Ela apenas fez uma pergunta; isso era algum crime?— Afonso me aconselhou a me afastar de você. Disse que você estava tentando me seduzir apenas para provocá-lo, e que eu não deveria ser usado por você. O que você acha, eu deveria permitir que me use? — Ele se aproximou de repente, fazendo-a recuar com um susto.Daniel a segurou pela cintura. — Se eu fosse você, usaria todos os truques possíveis para me fazer apaixonar perdidamente por você, tornando impossível viver sem você. Depois, você poderia se exibir para Afonso, provavelmente deixando-os verdes de raiva.— Eu... como eu teria tal habilidade?— Você não vai saber se não tentar. Que tal começar me seduzindo sinceramente, para ver se eu levo a sério?Essa conversa estava perigosamente flertante.— Seduzir— ... Essa palavra parecia especialmente provocante.— Talvez eu seja fácil de seduzir? — Ele se inclinou para perto, seus lábios

Ela estava prestes a segui-lo quando o celular tocou novamente, desta vez ela não recusou a ligação da avó. Antes mesmo de ela falar, a avó disse empolgada: — Bia, onde você estava, por que não estava em casa? Venha ver a avó, estou com muitas saudades. Eu até trouxe um presente para você…— Avó, desculpe, eu e Afonso terminamos, não seria apropriado eu vê-la agora.— Como assim terminaram, eu concordei com isso? Se eu não concordo, não conta. Já liguei para ele vir aqui, e você também vem. Se você não vier, a avó morre só para você ver.Beatriz ficou um pouco resignada, eles todos são tão audaciosos assim?Beatriz chegou um pouco antes de Afonso.A avó, com cabelos prateados e saúde frágil, estava em uma cadeira de rodas. Ao vê-la, a avó ficou tão feliz quanto uma criança, segurando sua mão sem soltar. — Não se preocupe, a avó está aqui para protegê-la, ninguém vai conseguir te maltratar.Logo, Afonso chegou, vendo Beatriz com uma expressão sombria.Débora, tímida, seguia atrás dele,

Enquanto a discussão fervorosa continuava, um som súbito de um baque foi ouvido.Débora desmaiou. Ela balançou e caiu no chão.Afonso imediatamente se aproximou, pegou-a nos braços e, ignorando completamente o que sua avó dizia, levou-a embora.— Essa mulher realmente tem suas artimanhas, não é de se admirar que meu neto esteja tão enfeitiçado. Bia, você é demasiadamente autoritária, às vezes você deveria se mostrar mais frágil, isso despertaria o instinto protetor dos homens.Ouvindo isso, Beatriz apenas sorriu amargamente, sabendo que jamais conseguiria fazer isso. Em questões de conquistar o coração de um homem, ela realmente tinha que admitir que Débora era superior....Débora foi levada ao hospital, onde o diagnóstico foi que ela não tinha nada grave. Afonso não acreditou nesse resultado.— Então por que ela desmaiou? E por que ainda não acordou? Vocês são incompetentes?O médico teve que explicar novamente, com paciência, após descobrir que Débora havia desmaiado devido a um cho

— Você realmente sabe como agradar os mais velhos. Agora que a Velha Senhora está do seu lado, você se arrepende de ter se casado comigo? Agora, você está mais satisfeita?Beatriz franziu a testa, o que Daniel queria dizer com isso?— Então você quer que eu volte para a família Silva? — Ela devolveu a pergunta. — Pelo jeito, pensei que você não me queria de volta, se quer que eu vá embora, pode dizer diretamente.Beatriz não subiu as escadas, virou-se para sair, mas Daniel não conseguiu ficar sentado. Ele a agarrou pelo braço, virou-a e a pressionou contra o sofá. Ele se tornou extremamente sombrio e ameaçador, como um demônio que saiu do inferno.Ele apertou o pescoço dela, dizendo de forma ameaçadora: — Beatriz, você pensa que pode chegar e sair quando quiser? O que você acha que eu sou? Atreva-se a passar por essa porta para ver se eu não quebro suas pernas!Daniel finalmente parou de fingir, o que de certa forma a fez se sentir mais à vontade. — Parece que você está muito irritado?

— Você... — Daniel ficou engasgado: — Como você vai saber se não tentar? Beatriz, todo investimento tem seu risco, se você nem tenta avaliar, como tem coragem de falar em me seduzir?Beatriz também se sentiu um pouco envergonhada. — Estou cansada hoje, vamos tentar outro dia, quero ir descansar.— Você...Daniel estava completamente frustrado com ela, enquanto ela parecia indiferente, pensando apenas em descansar.— Vai, vai... Anda logo, não me atrapalhe. — Daniel estava claramente irritado.Beatriz voltou para o quarto, embora estivesse exausta, sua mente ainda estava ativa. Ela pensou um pouco e mandou uma mensagem para Franciely.【Como conquistar um homem? Qual é a melhor maneira de seduzir, com maior chance de sucesso?】O telefone de Franciely tocou imediatamente. — Amiga, o que aconteceu? Qual homem você está tentando conquistar?— Quero tentar com o Daniel.— Você se apaixonou por ele?— Não, eu caí duro na mão do Afonso e ainda não me recuperei totalmente, agora não confio em n