No coffee bar, o professor sentou-se de frente para Flor, como se quisesse testar os limites de Dante, que estava visivelmente no limite. Todos os presentes fizeram seus pedidos, menos Dante e Pedro, que Atevaldo conhecia bem o suficiente para já saber o que servir. Porém, Dante não comeu nada.O professor, chamado Arthur, lançava olhares para Flor sem disfarçar seu interesse. Algumas alunas tentavam chamar sua atenção, mas ele parecia focado apenas nela. Sentindo a tensão ao lado, Flor segurou discretamente a perna de Dante sob a mesa, tentando acalmá-lo.— Florzinha, e aí, já está pensando em partir direto para o mestrado? — Arthur perguntou, sorrindo de forma que fez Dante prender a respiração. Ouvir outro homem, que não fosse Pedro, chamá-la por um apelido tão íntimo era demais para ele.— Ainda não sei, professor — respondeu Flor, com a voz serena.— Que isso, me chame de Arthur. Somos amigos agora. Só espero que não engravide novamente, hein. — Ele riu, um riso que fez o sangue
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