FELIPE . . A minha sorte era que a suíte presidencial ocupava o andar inteiro, e poucas pessoas poderiam ter ouvido os gritos da Marina. Quando cheguei no hotel, vários repórteres abordaram o meu carro, alguns ficaram de frente pro carro, e os seguranças tiveram que tirá-los da frente pra que eu pudesse entrar. — Infelizes! Esbravegei. Eu estacionei o carro, subi no elevador, e quando finalmente cheguei no andar, eu encontrei a Marina, com os olhos vermelhos, sentada nas poltronas do corredor, e os seguranças estavam de pé ao lado dela. Ela me olhou com tanta mágoa, dor, ódio, era impossível definir ao certo aquele olhar. Eu pensei que ela sairia gritando em minha direção, como da última vez, mas não foi isso o que ela fez, ela se manteve sentada, esperando que eu me aproximasse, e então eu me aproximei. Eu abri a porta da suíte e a encarei. — Entre, por favor. Ela se levantou, e entrou, sem nenhuma objeção, na verdade ela parecia cansada demais pra continuar b
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