Beatriz mandou uma mensagem para Rodrigo e deu um sorrisinho. Enquanto isso, Bruno terminou de cozinhar o macarrão. Cada um comeu um prato de espaguete e eles começaram a conversar sobre o que fazer no futuro.— Bia, tô pensando em fazer lives cantando. — Disse Bruno, considerando sua condição física, com a única vantagem de ter uma voz naturalmente boa.— Beleza, eu cuido de compor as músicas pra você. — Respondeu Beatriz, que também já tinha seus próprios planos. Ela queria abrir uma cafeteria, nada muito grande, mas com plantas verdes do lado de fora, um lugar bem tranquilo pra galera relaxar: — Tô pensando em abrir uma cafeteria.Depois de decidirem seus planos, começaram a correr atrás. Bruno precisava criar uma conta pra live e comprar os equipamentos, enquanto Beatriz tinha que achar um ponto ideal pra sua cafeteria. Ela ligou pra Laura e a chamou pra sair, afinal, a menina vivia reclamando de tédio.Os três foram ao shopping de informática pra comprar os equipamentos. Depois da

Desde o dia do acidente de carro, já se passaram oito meses. Desde que Beatriz acordou, não só perdeu a memória, mas também mudou completamente de personalidade. Antes, ela era uma mulher fria, madura e com charme. Agora, estava tão ardente quanto uma pimenta malagueta e tão intensa quanto.— Bia, você vai sair. — Laura, que agora morava com Beatriz, perguntou com um tom preocupado. Desde que Beatriz acordou, ela não se lembrava mais de Laura, nem de Bruno. E enquanto Laura observava sua amiga mudada, com o pensamento fixo em Lucas, não sabia se deveria se sentir triste por Beatriz ter esquecido tudo ou aliviada por ela não lembrar mais da dor.Beatriz, com o pé direito apoiado na beira da cama, se inclinava para colocar uma tornozeleira brilhante. Sua pele era tão bonita, destacando ainda mais a cintura fina e as pernas longas, que estavam à mostra graças à minissaia ultracurta. Ela estava vestindo um top preto tomara que caia, que realçava suas curvas, e seu look era uma verdadeir

Beatriz esperou alguns segundos antes de Lucas responder: — Onde vamos comer?O olhar dele era estranho, como se estivesse tentando controlar algo. Mas Beatriz não deu muita importância. Quando ouviu a resposta, um sorriso doce surgiu em seu rosto. Seus lábios, cobertos por um batom vermelho vivo, se curvaram num sorriso que fez suas bochechas corarem.Lucas desviou o olhar com uma expressão impassível, mas por dentro, sentiu-se ligeiramente tocado. Apenas por um instante. Quando Beatriz sofreu o acidente, ele se sentiu mal, mas achou que era só porque estavam juntos havia quatro anos, nada mais que um hábito.Lucas seguiu à frente, com passos largos. Beatriz, de salto alto, teve dificuldade em acompanhá-lo e começou a ofegar. Ele desacelerou o ritmo. Quando ela finalmente o alcançou, com um sorriso radiante, disse: — Hoje reservei um restaurante japonês. Sei que seu estômago não é dos melhores, e o prato principal de lá faz bem para o estômago.Depois de falar, murmurou para si mesma

Beatriz sabia que estava se metendo em algo muito perigoso. Ela estava pisando à beira de um abismo, e qualquer deslize poderia acabar em desastre total. Lucas sempre foi louco por Camila, e agora que eles têm um filho, seria quase impossível fazer com que ele traísse Camila de verdade. Mas isso não importava, porque Beatriz não estava realmente interessada em conquistar o coração de Lucas.O objetivo dela era só um: ser uma espinha enfiada no coração de Camila, fazendo com que os dois brigassem o tempo todo!Do lado de fora do carro, as luzes da cidade brilhavam por todos os lados. Mas dentro do carro, Beatriz parecia estar envolta por uma frieza solitária. Ela foi para o bar, onde homens e mulheres dançavam e se soltavam, cada um tentando aliviar suas frustrações.Quando Beatriz ficou cansada de dançar, ela foi direto para o balcão e começou a se encher de bebida. Tirou o celular e pensou que, a essa hora, Lucas e Camila provavelmente já estariam dormindo. Com um olhar meio apagado,

Camila desligou o telefone com Lucas e ficou pensando na voz feminina que ouviu há pouco. Com o bebê nos braços, ela pegou o carro e foi até o haras.Quando Beatriz viu Camila chegando com o bebê, um sorriso surgiu em seus lábios.Olha só, Camila estava mesmo apressada.— Lucas, essa é sua filha? — A voz de Beatriz era suave, enquanto ela observava Camila e a criança com um ar curioso: — Que fofa.Beatriz estendeu a mão para tocar o bebê, mas Camila se afastou levemente, impedindo o toque: — Ela está dormindo. Beatriz, há quanto tempo. — Camila suspirou: — Uma pena o Bruno.Beatriz franziu o cenho, confusa: — Bruno? Que Bruno?Lucas interveio rapidamente: — Mila, deixa que eu a seguro. — Ele estava claramente tentando evitar o assunto.Camila assentiu, entregando o bebê a Lucas com um sorriso gentil.Ao mencionar Bruno, ela notou que Beatriz não demonstrou nenhum sinal de tristeza.Aquela cena com Lucas, Camila e o bebê parecia algo saído de um conto de fadas, e um retrato familiar é t