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40.
—Tenta andar, Emi, vamos te tirar daqui!Tento dar passos para frente, mas acabo tropeçando e quase caio no chão se não fosse pelas mãos do Stefan, só que eu iria preferir muito mais uma queda do que o toque dele na minha pele.—Está machucando ela!—Eu não sei o que fazer!—Temos que tirar ela daqui rápido!—Vai doer, Emilly, mas juro que vou tentar ser rápido!– olho confusa para o Stefan, mas logo percebo o que ele irá fazer.Mordo o meu lábio inferior, tentando não gritar de dor quando ele me pega no colo e corre entre as pessoas. Sinto o gosto de sangue na minha boca e a dor passando por cada parte do meu corpo. Quando ele passa por uma porta de trás da boate, a música vai desaparecendo conforme ele ia se afastando, ele me põe no chão e caio com tudo na grama verde.Olho para o lado e percebo a
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41.
O problema é que não conheço nada dessa floresta, então me concentro no meu olfato, tento sentir o cheiro das minhas roupas ou dos meus pais. Ignoro o aroma do Dylan e tento captar somente o aroma dos meus pais. A festa não foi muito longe da minha casa e isso facilita bastante. Começo a correr na direção do cheiro que estão misturados, meus e dos meus pais, que estão cada vez mais fortes. Não demora muito até estar na frente da minha casa, as luzes estão desligadas, nenhum sinal da presença deles. Me aproximo da porta ainda na forma lupina, olho ao meu redor e percebo que não há ninguém por perto, nem as luzes da casa dos Harris estão ligadas, então me concentro bastante para me transformar na minha forma humana, e me surpreendo comigo mesma ao conseguir de primeira.O frio me atinge em cheio ao me agachar perto dos arbustos e retirar uma chave reserva escondida no mesmo, ponho minha mão tampando o meu peito ao abrir a porta, logo entrando correndo para dentro de c
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42.
Seus lábios macios tocam a minha bochecha, meu nariz, testa, e por fim,  os meus lábios. Uma de suas mãos começam a explorar o meu corpo e a outra, apenas acaricia os meus fios castanhos e pescoço, fazendo com que o meu coração queria sair da caixa torácica, mostrando o quanto estou ansiosa por esse momento.Minhas mãos, um pouco envergonhada, afasta cuidadosamente o seu corpo do meu, o seu olhar se torna confuso e ele se senta na cama. Sem deixar ele pronunciar nenhuma palavra, me sento no seu colo, retirando lentamente a toalha do meu corpo.A vermelhidão é bastante clara no meu rosto, mas hoje não quero que ela me impeça de fazer o que eu quero. As suas orbes esverdeados percorrem por cada parte do meu corpo com pura luxúria, sem de fato o tocar, então seguro uma de suas mãos, a levando em direção à minha cintura, fazendo com que os pequenos pelinhos, quase transparentes, fiquem arrepiados com a quentura da sua mão.Suspiro ao sentir suas mãos firmes na
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43.
Thomas narrando...Não me importo se a minha alma gêmea é homem e não mulher, porra, são tudo seres humanos, ou melhor, lobos. Esperei muito pelo momento que finalmente iria achar a minha outra metade, já me deparei com tantas pessoas na minha antiga alcateia que foram tentativas falhas no reconhecimento da minha alma gêmea, sempre ficava analisando elas, tentando sentir algum aroma suspeito, mas no fundo eu sabia que essa pessoa que eu tanto espero não estaria no lugar que eu nasci, e quando recebi a notícia que iria me mudar, o meu lobo se agitou com a ideia de finalmente encontrar a minha outra metade.Mas nunca se passou pela minha cabeça que essa pessoa ia ser tão teimosa assim, o Pietro está me dando tanta dor de cabeça, já fazem dias que não consigo me transformar e nem ter uma noite tranquila de sono. Foram tantas tentativas falhas de aproximação
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44.
—Você não está nada bem, e eu não irei sair daqui sem você!– digo com muita paciência, já que ele está um pouco fora de si.—Uou, o seu cabelo parece estar pegando fogo!Ele se aproxima de mim, olhando fixamente para o meu cabelo com um olhar encantado, reviro os olhos com um sorriso no rosto, até que está sendo engraçado.—Se você for comigo prometo te dar o que você quiser.– tento convencer ele que me olha interessado com a minha proposta.—Você vai me dar cinco milk-shakes, batatas fritas, barras de chocolate e torta de morango?– bem que a Emilly me disse que ele gosta de comer.—Sim, irei te dar tudo isso.—Foguinho, o que estamos esperando? Vamos logo embora daqui!– ele agarra minha mão e me puxa entre as pessoas.Não consigo evitar a risada diante tudo isso, aperto a
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45.
—Me deixa dormir, foguinho!—Você vai acabar ficando doente se dormir com o cabelo molhado. Ele está virado para mim, com os seus olhos fechados e o corpo mole, seus lábios estão entreabertos com uma tonalidade rosada, torturando a mim e ao meu lobo por não poder tocar neles. Pego a toalha e vou passando ela por uma pequena quantidade de fios escuros, para poder os secar melhor e as vezes acaricio o seu couro cabeludo.Quando acabei de secar os seus fios, percebo que ele estava praticamente dormindo sentado. Jogo a toalha no sofá que fica no meu quarto, e deixo um selar na sua testa antes de o deitar sobre a cama.É sofá, hoje vai ser você e eu.—Onde você está indo?– a voz calma do Pietro me faz cessar os movimentos para sair da cama.—Indo dormir no sofá.– respondo o olhando.—Eu disse para você deitar
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46.
O seu olhar curioso percorre por todo o quarto até parar em mim, em questão de segundos ele levanta rapidamente da cama e logo faz uma expressão de dor, me deixando preocupado.Sua cabeça deve estar doendo!Tento caminhar para perto dele, mas o mesmo se afasta para trás e eu paro de caminhar, não querendo que ele vá embora.—Como eu vim parar aqui? Que roupa é essa? Essa não é uma das minhas roupas e aqui definitivamente não é a minha casa...Espera, você me sequestrou? Eu sou muito novo para ser mantido em cativeiro, como eu vou comer as comidas da minha mãe? Eu nem me formei ainda, nem consegui viajar para fora do país e experimentar comidas exóticas!– ele fala tudo rápido e desesperado.—Calma! Meu deus, você não está em cativeiro nenhum e eu não te sequestrei!– tento me explicar com ele,
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47.
—Vamos tomar banho?– pergunto.—Vamos tomar só banho ou banho?- dou risada ao perceber o seu tom de voz na palavra banho.—Só banho, seu pervertido, meus pais já devem ter chegado.Levanto da cama me cobrindo com um cobertor, caminhando na direção do banheiro do quarto, sentindo que o Dylan também está me seguindo.Assim que entrei no banheiro, deixo a coberta cair no chão, abrindo o box e olhando para o Dylan, que vem na minha direção, olhando nos meus olhos e me abraçando pela cintura, tomando os meus lábios para si, sentindo uma satisfação gigantesca após beijar novamente esses lábios.A água quente cai sobre nossos corpos, escorrendo por cada parte da nossa pele, sua mão acaricia levemente a minha cintura antes de esticar o braço para poder pegar o meu shampoo, colocando ele em uma boa quan
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48.
—Se a gente se separar por mais de uma hora o corpo dos dois vão sentir falta de algo e vai começar a ter ânsia de vômito, mal estar e dores no corpo.—Se alguém se separar por dois dias depois que for marcado não irá morrer nem nada?—Irá sim, os primeiros dias que o laço for ativado com uma mordida é muito importante.—Então vou ter mesmo que ficar com um lobo sarnento no meu pé vinte e quatro horas por dia?– brinco com ele que morde a minha bochecha.—Você vai ter que ficar com esse lobo sarnento até o resto da sua vida!Várias ideias rodeiam a minha mente sobre o assunto que o Dylan vai conversar comigo hoje a noite. Talvez seja algo banal, mas se fosse algo banal ele não me mandaria esperar tanto para falar, espero que não seja nenhumas das alternativas que pensei. Desejo mesmo que não s
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49.
—Acho que ela tem a mesma idade que tia Nanda, o nome dela é Laura. Ouvi boatos que ela teve um caso com um dos lobos da nossa alcateia quando era jovem, mas esse rapaz encontrou a companheira dele e teve que largar Laura, só que o problema é que ele largou a Laura grávida na época, mas pelo menos teve a decência de mandar dinheiro para filha quando era jovem. Não sei de muita coisa sobre a filha de Laura, só sei que ela mora atualmente com os humanos que é a espécie dela.—Então a filha de Laura deve ter mais ou menos a idade das nossas mães?—Não, ela é mais nova, quando saiu da nossa alcateia tinha dezoito anos, então atualmente ela deve ter uns vinte três anos.—Que pena que a anciã Baker teve que morrer, queria ter conhecido ela.—Também queria. Mas voltando pro assunto, quero lhe entregar uma carta, qu
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