Já reiniciei as mudanças em toda a segurança e considero isso extremo, agora sou a única que pode acessar a prisão e a segurança geral. Sem minha permissão, ninguém poderia sair. Uma mudança que sei que me colocará em risco ainda maior, contudo, não confiarei mais em ninguém... Ainda posso confiar em meus amigos...Mas poderia? Me sentia péssima por começar a duvidar de todos, mas não conseguia evitar. Fui até o carro que me esperava e abri a porta do motorista. “Por favor, saia”, pedi."Senhora, está tudo bem?". “Sim”, respondi. “Eu vou dirigir o carro e você não contará a ninguém”. Mais uma vez, o comando alfa saiu da minha boca com facilidade.“Sim, Alfa”. Ele inclinou a cabeça e eu entrei, colocando minha bolsa no banco do passageiro e ligando o carro. Diminuí o zoom. Precisava chegar à antiga casa da mamãe, mas precisava ter certeza de que ninguém me seguiria. Se naquele dia Zade estava em casa, haveria uma grande chance de ele ter escutado o que mamãe disse...

ZAIA. “Pense Zaia... pense...”, murmurei enquanto apalpava o piso mais uma vez. Eu precisava encontrar isso, não apenas para rastrear o Sable, mas também para encontrar o papai. Aqueles que enviei para procurá-lo até agora não encontraram nada, como eu temia.Eu me recusei a deixar isso me derrubar. Esse propósito era tudo o que me mantinha forte. Estava desesperada por algum tipo de vitória, tentava pensar onde poderia estar, me mantive ali, sentada. Mamãe disse... nossa antiga casa...Ela poderia estar se referindo à casa em que moramos logo depois de sua separação? Inclinei a cabeça antes de começar rapidamente a colocar as tábuas do piso de volta. Precisava me apressar, caso alguém descobrisse que estive aqui. A poeira não cobria mais as tábuas como antes de eu tocá-las, mas não poderia fazer muito ali.Esperava que ninguém percebesse que alguém esteve aqui ou que pudesse ter encontrado o Pó Lunar, não queria que eles soubessem disso. Depois de tudo colocado de vol

Como faria para chegar ao armário embaixo da escada da casa de outra pessoa? Um pensamento repentino me veio à mente e, respirando fundo, saí do carro, coloquei minha bolsa no ombro e caminhei até a porta. Tocando a campainha, esperei. Fui atendida em seguida por um homem de quase quarenta anos.“Olá… Alfa?”, ele pareceu confuso antes de abaixar a cabeça educadamente. "Olá, senhor…". “Grant, Alfa”. “Sr. Grant…”.Forcei um sorriso, fingindo estar chateada, embora não fosse difícil quando tantas coisas estavam me levando ao limite. Um pensamento sobre a traição de Sebastian ou a morte de mamãe trouxe lágrimas aos meus olhos, e respirei fundo e trêmula. “Perdoe-me por me intrometer… não sei se sabe, mas esta é a casa onde cresci… com minha mãe”. Eu disse, envolvendo meus braços em volta de mim.Seu rosto caiu instantaneamente e pareceu preocupado. "Eu sinto muito. Eu me lembro de ter ouvido sobre isso. Sinto muito pela sua mãe. Eu realmente sinto muito”. “Obrigada… eu que

ZAIA. A noite chegou e estava sentada na sala com Jai, Valerie e Atticus e as crianças estavam brincando em frente a lareira. “Enfim, não sabemos realmente quanto é necessário... ou exatamente como usá-lo”, disse Atticus enquanto examinava a bolsa. Estava chovendo e ventando bastante. De alguma forma, isso me lembrou do dia em que reencontrei Sebastian, quando descobri que Valerie estava em coma...Oh, me pareceu ter sido há muito tempo. Concordei com a cabeça enquanto tomava meu café. Sia se aproximou e subiu no meu colo, me abraçando com força. "Ei, querida, está tudo bem?". Eu perguntei a ela.Ela assentiu. “Só estou um pouco cansada”, respondeu com um beicinho fofo, beijei sua testa suavemente, acariciando seus cabelos. "Ah, bem, mamãe vai levar você para a cama logo, certo?". Ela balançou a cabeça, colocando a mão sob o queixo, se inclinando contra mim. Envolvi meus braços confortavelmente em torno dela.“Eu me pergunto quanto seria necessário usar?”. Jai refletiu

Jai suspirou e balançou a cabeça. “Zaia, não é isso. Estamos apenas preocupados, se...a Fera Negra, se ele… eu não sei. Sinto que precisamos falar com ele...”. “Não me questione. No que me diz respeito, a Fera Negra é apenas mais um inimigo. De hoje em diante, espero que todos vocês se lembrem disso. Ele nos traiu, me traiu de novo... foi minha culpa deixá-lo entrar novamente, mas eu deixei, fui estúpida. Porém, ele mostrou que não valeu a pena. Eu gritei e implorei que precisávamos ser honestos um com o outro, que precisávamos ficar juntos, mas… ele não achou isso importante”.“Zaia, eu sei que está sofrendo...”. Eu interrompi Valerie, meus olhos brilhando, não querendo que o aborrecimento se infiltrasse em minha voz com as crianças aqui. "Não. Eu não quero simpatia. Eu errei uma vez e não farei isso novamente. Perdoe-me por não me permitir sentir simpatia por ele. Ele terá o mesmo fim que os outros. Seja lá o que for”, disse, me levantando e me forçando a sorrir para Sia, que es

“Sinto muito, Sia…”. Zion se sentiu culpado. Ela balançou a cabeça e sorriu para ele. “Eu também sinto muito, Zion...”.Não pude deixar de sorrir ao ver os dois juntos, Zion pegou a mão dela e gentilmente a levou para a cama. "Vamos, vamos nos preparar para dormir então", ele a convidou com carinho em sua voz. “Remédio da mamãe Sia!”, ele disse e correu em direção ao grande armário encostado na parede oposta. “Mamãe já entendeu, e vocês dois, coloquem seus pijamas”. "Certo, mamãe". Ele falou correndo de volta para mim, sorri para ele.Sempre cuide da sua irmã por mim. ----- Uma hora se passou desde que me deitei com as crianças. As luzes estavam apagadas e ambos dormiam. Olhei para o teto, para a sombra criada pelas árvores fora da janela. O Pó Lunar poderia localizar coisas tão bem quanto humanos? Como o local de uma cura?Se Gerard realmente tinha um… Olhei para Sia. Se ao menos isso pudesse me levar à cura... sabia que Valerie estava tentando e que tinha enviado am

ZAIA. Golpe após golpe… A dor no meu corpo gritava para eu parar, fazer uma pausa e respirar..., mas eu não queria. Eu me recusava.Esta era uma forma de liberar a raiva dentro de mim e de me... fortalecer. “Zaia… vamos fazer uma pausa”. A voz ofegante de Atticus surgiu, ele agarrou meu punho, me puxou contra ele e torceu meu braço atrás das costas. “Isso é o suficiente por hoje”. Ele disse, olhando para mim. Seu cabelo estava encharcado de suor, assim como seu corpo, e eu também estava nesse estado. Os cabelos que se recusaram a ficar para trás grudaram no meu rosto e pude sentir as gotas de suor escorrendo pela minha barriga nua enquanto ficamos ali, peito com peito."Não. Não vou parar..., mas se quiser ir, continuarei com um dos meus guardas”, falei baixinho, libertando-me e afastando-me dele, prestes a convocar um dos meus homens, quando ele agarrou meu cotovelo e me obrigou a encará-lo. “Zaia…”. Percebi preocupação em seus olhos ao me observar, mas me recusava a dei

"Quero dizer... seria justo com a mulher com quem me contento quando estou apaixonado por outra pessoa?", sua voz era baixa, mas suas palavras eram claras. Eu olhei para ele. “Eu não valho a pena”, disse baixinho e me sentei. “Eu disse que iria esperar. Mesmo que não tenha fim… ainda vou esperar”. Ele se sentou, mas me recusei olhar para ele. “Zaia…”.“Só estou dizendo para deixar isso, nunca conseguirei retribuir seus sentimentos… não desperdice sua vida comigo. É uma tolice”. Falei e estava prestes a me levantar quando ele segurou meu pulso. "Ei, olhe para mim". Você não entende? Eu não posso lidar com isso… Olhei em seus olhos, tentando manter meu rosto inexpressivo.“Você não pode escolher quem ama e sei que nunca retribuirá esses sentimentos, e eu respeito isso. Mas você não tem o direito de dizer que é uma perda de tempo ou que é uma tolice, porque essa é a minha escolha e não acho que seja assim. Você é uma mulher incrível, Zaia”. “Atticus…”.“Você está sofrendo e

“Estou começando a não gostar de você de novo”, Jai murmurou. “Jai, só estou tentando ajudar”. Atticus falou, com um toque de irritação em sua voz. “Sim, o que estou percebendo é que está ficando um pouco confortável demais quando Seb não está na foto”, Jai atirou de volta.“Jai!”. Valerie disse e Atticus se levantou com os olhos brilhando. “Não se esqueça que sou um alfa. Saiba seu lugar". Ele respondeu, cerrando os punhos e sabia que estava tentando se acalmar, mesmo porque as palavras de Jai também me irritaram. Jai zombou. “Sim, mas sou o Beta dela e não vou deixar você...”.“Chega”, disse, minha voz tremendo, estava tentando manter a calma. “Jai… chega. Não preciso que ninguém cuide de mim. Eu e Atticus vamos tentar encontrar o papai… Val cuidará dos meus bebês. Jai... organize o funeral da mamãe para o próximo domingo”. Me levantei e olhei para Atticus. “Vamos tentar isso”, eu disse.“Eu deveria ir com você”, Jai falou suavemente, colocando a mão em meu braço. "Não

SEBASTIAN. Cada dia que passava era insuportável. Desde o momento em que a deixei, virando-lhe as costas, não conseguia dormir sabendo que a tinha traído mais uma vez. Como alguém se recuperaria de tanta dor? Sabia que desta vez não teria outra chance porque ninguém merecia mais que uma segunda…Eu não apenas quebrei a confiança dela, mas também a destruí de forma irreparável. Mas apesar de tudo, sabia que minha decisão era a certa e não me arrependia disso. Estar do lado de fora me fez perceber que havia muito perigo em torno de Zaia, e darei um jeito de avisar Valerie.Havia alguém extremamente próximo de nós que observava tudo. Eu mesmo vi imagens de câmeras secretas dentro da matilha, vi imagens de Zaia canalizando sua dor em ódio e raiva. Era assustador saber que sempre houve câmeras por toda a minha matilha sem o meu conhecimento... alguém tinha sido capaz de colocar essas câmeras em todos os lugares sem ser pego. O que tornava óbvio que havia um traidor entre ele