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Todos os capítulos do Refém do coração : Capítulo 41 - Capítulo 50
59 chapters
41- A descoberta
Os meses se passavam e nada acontecia, por mais que eu confiasse no Dylan, eu não conseguia me sentir totalmente segura, não por ela, mas por causa do que aconteceu, eu sabia que alguma coisa podia acontecer a qualquer momento, eu fiquei pensando na conversa que eu tive com a Mary e na maneira como eu estava agindo com o Dylan, eu fui egoísta também, então agora eu só saia com os seguranças, a família da Dylan estava me ajudando com tudo, inclusive os irmão dele, mas a verdade é que não sei… Algo estava errado!-Você me traiu?-Que?Eu olhei em volta e vi que a Sophia estava parada me olhando, ela se aproximou e olhou para minha barriga.-Como você conseguiu?-O que?-Ter uma vida perfeita?-Perfeita? Você está louca?-Um patinho feio como você consegue um homem daquele e ainda engravidar dele?-Mas você…-Não vem com esse papo mole para cima de mim? Você acha que nossa mãe vai te aplaudir por isso?-Claro que não? E porque ela faria isso?-Você se acha muito especial não é? Mas você
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42- Nova Chance
Eu me sentia mal e a cada dia que passava eu ficava pior, parte eu sabia que era por conta da gravidez e a outra era por conta das revelações que eu estava tendo. Eu não conseguia acreditar que o Filippo era meu pai!Eu sempre senti que o tratamento que eu recebia em casa era diferente, mas eu sempre achei que era por conta do que tinha acontecido e não porque eu não era da família, minha mãe nunca falou comigo nada sobre isso e muito do que aconteceu foi jogado para debaixo do tapete, eu só queria poder esquecer disso tudo e não ter que lembrar disso a cada vez que a Sophia ou alguém lembrasse ou jogasse na minha cara isso!Eu sofri abusos durante toda a minha infância, era de conhecimento dos meus irmãos, mas quando minha mãe soube o tratamento dela mudou totalmente e eu comecei a ser maltratada por ela, eu me sentia culpada de tudo ter acontecido antes tudo era tão mais fácil, só que eu não queria mais que meu pai me tocasse, então quando eu contei para minha mãe eu podia ver o olh
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43- Corrida contra o tempo
Eu me sentia muito mal, dores por todo o meu corpo, peguei meu celular e mandei uma mensagem para Dylan e para o Luke, não devia ser normal sentir aquilo.“ Vá agora para o hospital”Quando vi essa mensagem do Luke, peguei minha bolsa e corri para o hospital, o caminho todo foi muito difícil, eu achei melhor não ir de carro e resolvi pegar um táxi, quando cheguei lá eu sentia uma dor tão forte que parecia que eu iria ser rasgada ao meio, eu me sentei e esperei um pouco por atendimento, fui encaminhada para um quarto e Luke e a minha médica discutiam sobre o que fazer, eu tinha tanta dor que eu mal conseguia ouvir o que eles falavam.-Lena, eu preciso que você se acalme-O que está acontecendo-Você está em trabalho de parto-Que? Não… É impossível…-Você acabou de completar 7 meses…-Então, ele tem que nascer com 9 meses!-Não se assuste! Preciso que você se acalme-Como vou me acalmar??? Isso não é possível! O que mais vai acontecer?Eu olhei para a porta e vi ele parado me olhando:
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44- Tranquilidade em casa
Alex dormia no berço tranquilamente, eu agradeci por tudo ter dado certo e termos vindo para casa alguns dias depois do que aconteceu, minha família estava sendo processada pelo Dylan e eu não queria mais me envolver com nada disso.Desde que eu descobri sobre a gravidez, eu fiquei em casa a maior parte do tempo e por isso que quase nada aconteceu, mas na últimas semanas foi muito difícil não me estressar e eu agradeço a Deus por nada ter acontecido com ele, apesar de ter uma enfermeira aqui me ajudando com os cuidados dele, já que eu também estava me recuperando e como eu ainda tinha algumas dores de cabeça eu até agradeci quando Dylan sugeriu.-Tá tudo bem?-Que?Eu olhei para porta e vi que o Dylan estava lá parado me olhando.-Você está aí tão quietinha…-Estava pensando…-Em que?-Em tudo!Ele se aproximou e sentou no braço da poltrona, ele olhava para o Alex assim como eu estava há alguns minutos atrás.-Eu sei… - Ele me olhou - Que você está com medo, mas agora as coisas vão me
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45- Traumas
Os dias passavam lentamente e eu cuidava a maior parte do tempo de Alex, a verdade é que eu estava fugindo um pouco do Dylan, desde que chegamos ele estava diferente e não um diferente ruim e sim muito mais atencioso. Ele sempre vinha ver como eu estava e me perguntava algumas coisas, trouxe livros que eu usava para estudar e está me incentivando a voltar para a faculdade e o trabalho, mas no fundo eu não me sentia confortável em ter que confrontar o Filippo, apesar das ligações e ajuda que ele sempre me ofereceu.-Você não quer voltar? - Dylan falava enquanto jantávamos-Eu não sei, me falta um pouco de confiança. Eu não sei se ele me ajudou porque eu tinha talento ou só porque eu era a sua filha!-Você não vai conseguir fugir dele para frente, é preciso às vezes encarar esse tipo de situação de frente!Eu sabia o que ele estava falando, era sobre nós também! Ele queria tentar fazer dar certo, mas era difícil para mim já que depois de tudo eu não conseguia confiar nele, eu não sabia
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46- Inquietação
As coisas tinham começado a se acalmar, a cada dia que passava o Alex ficava mais forte e eu me recuperava junto com ele, as coisas entre eu e o Dylan estavam melhores do que nunca, ele sempre chegava cedo e me ajudava com as coisas de casa, mas algo no fundo martelava na minha cabeça, o fato de ele nunca se abrir. Eu sei que a essa altura eu já devia confiar nele, porém o fato de sempre me dizerem que eu não o conhecia de verdade me incomodava um pouco, o que ele poderia fazer de tão grave assim que as pessoas me falavam isso? Será que ele fazia negócios ilegais ou estava envolvido com a máfia? Não dava para saber na verdade, as coisas que eu achei sobre ele eram apenas sobre o ramo de jóias e nada mais, isso me incomodava um pouco.Eu estava decidida a descobrir um pouco mais, então deixei o Alex com Mary e fui até nossa antiga casa, deveria ter alguma coisa no meu escritório sobre ele, era pelo menos o que eu esperava, consegui pegar a chave com a Mary e corri até lá. Ao chegar fui
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47- Uma oportunidade
O caminho até a nossa casa foi silencioso e cheio de tensão, eu não sabia o que esperar e nem o que pensar sobre tudo. As coisas iam mudar, eu podia sentir isso.-Quando entramos em casa, ele foi direto para o quarto e eu fui ver Alex que dormia.-Conseguiu pegar suas coisas?-Consegui, ele está bem?-Dormiu agora - Mary cobriu o Alex - Acho que ele vai dormir por umas duas horas-Ok!Eu saí do quarto e fui para o meu, só fiquei fora por duas horas e já tinha arrumado problema, Dylan estava tomando banho e eu me sentei na cama e esperei até ele sair.A consulta do Alex é amanhã? - Dylan estava com uma toalha enrolada na cintura e ele usava uma menor para secar os cabelos, eu olhava tudo aquilo hipnotizada e quando percebi engoli a seco-Sim!-Tenho que viajar, você pode ir com a Mary?-Claro!Já tinha começado, eu sabia que ele estava chateado por tudo aquilo, mas no fundo ele tinha razão por estar assim já que eu tinha vasculhado as coisas dele, me levantei e segui para o banheiro pa
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48- Impostora
-Por favor, acabe com isso logo - Falei com dificuldade, meu corpo todo doía e eu não aguentava mais.Naquele lugar eu tinha perdido a noção do tempo, não tinha nenhuma janela e eu estava me sentindo cada vez mais claustrofóbica, eu só queria que tudo aquilo terminasse logo, todos os dias eu apanhava do meu carcereiro, ele queria informações que eu não tinha, a única coisa que eu sabia naquele momento era que meu irmão e o Pedro estavam certos, eu não conhecia o meu marido, o que eu tinha visto não era nem a metade do que ele fazia! Ele estava envolvido com algo sério e pelo que aparentava era com algum tipo de máfia, o que eu não conseguia entender era o que aqueles homens queriam, parecia não fazer sentido nenhum estar ali, eu não sabia nada e não precisava ser um gênio para perceber isso, eu nunca colocaria a vida do meu filho em risco, já que era isso que estava em jogo agora.-Eu juro que… eu não sei de nada - Respondi com a boca cheia de sangue, olhei com meus olhos inchados par
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49- Oportunidade unica
-Graças a Deus!Achei uma janela em um dos quartos, eu peguei um lençol velho jogado no chão e consegui fazer um canguru para o Alex, por mais que meu ombro estivesse doendo estava mais fácil se suportar do que carregar ele nos braços, já eu precisaria estar com os braços livres para conseguir sair dali! Fiz o melhor que eu pude e garantia de que ele estivesse seguro.-É agora a hora!Peguei uma cadeira e usei a perna para quebrar a janela, tirei os cacos maiores e passei por ela, podia sentir minha mão ardendo e minha pele ardendo, mas não era hora pra isso, me agachei e olhei em volta e vi que estava em uma espécie de hotel, estava no meio do nada! Fui agachada até os fundos, não tinha carro nenhum, então eu tinha uma chance. Tinha uma estrada e meio que uma floresta, eu sabia que pela estrada ia ser bem mais rápido e que eu poderia conseguir uma carona, mas a floresta ainda era a opção mais segura!Continuei agachada e fui até a floresta, corri um pouco dentro daquela mata densa, a
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50- Confissões
Desde que eu me conheço essa é a primeira vez que eu sinto algo desse tipo! Eu não podia me movimentar ou falar, era uma sensação de morte em vida, estava presa no meu próprio corpo! Em determinada parte do dia eu sentia dores intensas e eu queria gritar, mas não podia! Tinha que contar com a ajuda de quem cuidava de mim, podia escutar tudo o que as pessoas falavam, com o tempo minha memória voltava aos poucos, a cada minutos eu sentia fortes dores que me faziam lembrar e começar a enxergar o que de fato estava acontecendo ao meu redor. Lembro da vez que o Dr. Luke disse que para que minha memória talvez voltasse era necessário passar por um trauma maior do que eu sofri, agora eu entendia que esse trauma era emocional e que talvez se eu tentasse seguir com o que eu sabia, teria desistido!-Engraçado ver você assim!Era a voz da Sophia!-Como pode um ser tão desprezível e desgraçado como você ainda estar vivo depois de tudo isso? Eu tentei de todas as maneiras, mas você não morre!-Dro
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