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Todos os capítulos do MEU INSANO PROFESSOR: Capítulo 41 - Capítulo 50
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4 meses depois Everly — Everly Pierson — respiro profundamente e levanto-me da cadeira, dirijo- me ao pódio e pego o meu certificado de conclusão do ensino médio das mãos do diretor — Parabéns querida — diz e sorrio sinceramente. — Obrigado — cumprimento cada professor e por último Joshua, ele aperta a minha mão e um calafrio gostoso passa pelo meu corpo. — Parabéns senhorita Pierson, você merece — ele abre um pequeno sorriso, Joshua está mais feliz depois que me pediu em casamento mesmo que ninguém saiba, e ficou mais feliz ainda quando chegou à carta de duas universidades com a aprovação para minha inscrição na faculdade de artes. Joshua já está com planos loucos sobre o casamento, ele quer se casar assim que botarmos o pé em Seattle! Eu lhe expliquei calmamente que as coisas não podem ser assim, minha mãe ainda não sabe sobre nós, mas decidimos contar hoje depois das comemorações. Desço do pódio mesmo que Joshua hesite em soltar a minha mão, volto para o meu lugar e as
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Everly 3 meses depois. A angústia que se instalou no meu peito é torturante, nos primeiros dias soltei a minha dor em forma de lágrimas e gritos de agonia, mas agora sofro em silêncio, tenho que entender que a minha mãe se foi e nunca mais irá voltar. Encontraram o avião em uma floresta, não houve sobreviventes, nem uma única alma teve a chance de ter um futuro e uma dessas almas era a minha mãe, que agora está morta. Não fui ao seu velório, pode parecer egoísta, mas por que iria? O seu corpo não estava dentro daquele caixão, na verdade ele estava despedaçado como os demais que estavam naquele avião. No dia do seu velório meu pai veio à minha casa, eu não o via há muito tempo e me surpreendi ao encontrar rastros de lagrimas em sua face. Não entendo por que ele chorou, minha mãe não foi tão importante na sua vida, pois se tivesse sido, ele não teria a traído. Se eles estivessem juntos até hoje, ela não estaria trabalhando como aeromoça. Nós três estaríamos felizes, provave
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Joshua 3 anos depois. — Preciso que acerte os últimos detalhes com a coordenadora de estágio, em breve irei lançar o programa, vou estipular em torno de um mês para os ajustes finais — digo para o meu assistente, queria concretizar logo minha nova ideia e contratar estagiários para fazer parte da equipe da empresa, iriamos lançar um programa de estágio incrível, porém seriam diversas etapas para conseguir a tão almejada vaga, queria apenas os melhores no meu time, queria trazer inovação e novas perspectivas para a empresa. Conquistar espaço no mercado de trabalho não foi fácil, precisei criar uma rede de contatos, conquistar outros empresários com a minha ideia para se tornarem meus sócios, mas principalmente precisei da ajuda de meu pai, que me ajudou arduamente nessa trajetória. Hoje conseguia ver meu sonho se moldando, tomando forma. A Carter’s technology and sustainability se tornou referência para empresas que queriam a melhor tecnologia, porém de forma mais sustent
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Joshua Os olhos eram azuis iguais aos de sua mãe e eu amava isso, adorava ver um pedaço de Everly na minha frente. Alguns traços lembravam os meus, como o contorno dos lábios e as expressões que fazia quando estava muito eufórica ou irritada, era uma mistura perfeita minha e de Everly, a chegada dessa pequena bebê tornou meu sonho de se tornar pai em realidade. Tiro-a do bebê conforto e acomodo a pequena bebê em meus braços, era a coisa mais linda que já tinha colocado meus olhos aos três meses de idade, Yesenia nasceu com poucos cabelos, mas agora já havia um tufo de cabelos pretos em sua cabeça que a deixavam ainda mais linda. Pego sua mamadeira da bolsa e levo a pequena cozinha improvida dentro da minha sala composta por um balcão, micro-ondas e dois banquinhos. Esquento a mamadeira enquanto Yesenia começa a se remexer e resmungar mais alto em meus braços, a primeira coisa que faz ao acordar é grudar nos seios de sua mãe, porém como hoje não há essa possibilidade, a mamadei
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Everly Eu via nos olhos de Joshua o quanto ele queria libertar aquele monstro interior que insistia em habitar dentro dele, e de fato, sempre iria existir, nunca iria embora e nos deixaria em paz. Já sabia lidar com Joshua, suas alterações de humor e seu transtorno obsessivo que havia melhorado bastante desde o último ano, mas ainda conseguia ver aquela centelha de chamas em seus olhos que diziam que queriam fazer tudo o que quiser comigo e um pouco mais. Puxei o vestido solto que usava quando ficava em casa e o puxei por meus ombros e minha cabeça, ele caiu no chão e Joshua observou-me apenas com a calcinha de renda simples, seu olhar era guloso e cheio de promessas. — Faça o que quiser comigo — sussurro em seu ouvido esquerdo e Joshua arregala os olhos, provavelmente tentando entender o que disse com essas palavras. — O que você está querendo me dizer, Everly? — sua voz se torna mais ofegando e vejo a expectativa em seus olhos. — Sempre vejo-o tenso, como se estive
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Joshua Um olho estava no papel a minha frente e o outro estava no cercadinho que montei para deixar Yesenia entretida enquanto passa mais um dia comigo no trabalho. Tem se tornado uma rotina trazê-la para passar o dia comigo, assim deixo Everly trabalhar em seus quadros e se preparar para o lançamento que irá acontecer em breve em sua galeria. O fato é que eu adorava trazer a minha menina para ficar comigo, amava a nossa conexão de pai e filha, foi o que eu sempre quis e estava desfrutando ao máximo enquanto ainda é uma bebê, apesar de estar crescendo rápido. Era uma menina esperta aos quatro meses e a cada dia que se passava, suas feições se tornavam cada vez mais parecidas com as minhas, Everly não se cansava de dizer que a carregou com nove meses e não tinha nada da própria mãe. O telefone toca tirando-me dos meus devaneios e ouço a voz de Roger do outro lado da linha. — Senhor, há um homem na recepção que gostaria de vê-lo, ele não tem horário marcado, mas disse que
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Joshua Chego em casa completamente exausto emocionalmente, o que era para ser um dia produtivo tornou-se um pesadelo, a única coisa que me salvou de entrar na miséria foi ter minha filha ali ao meu lado. Ainda lembro claramente as oito horas do parto natural, da médica pousando aquele pequeno ser humano nos braços de Everly e do choro meloso da minha menina. Ela e Eve eram meu ponto de luz, a minha força e eu precisava me apegar a isso. Pego o bebê conforto e sigo para o único lugar da casa que Eve estará, e ao encontra-la em frente a tela concentrada em sua pintura, tenho vontade de cair e me aninhar em seus braços. — Hey, olha quem chegou! — e era isso que amava tanto em Everly, assim que chegava em casa, ela deixa tudo de lado para passar o tempo com a sua família. Ela pousou o pincel em um corpo com agua, fechou as tintas e tirou avental. Eve veio até mim e pousou um beijo em meus lábios, mas me conhecia bem o suficiente para saber que algo estava errado. — O
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Peter “Sei que a nossa última conversa foi uma despedida, contudo não podia deixar que tudo terminasse assim. Reconheço meus erros mesmo que minha família não faça o mesmo, os últimos anos foram um tormento para mim e de certa também foi um aprendizado. Pude conhecer uma menina que virou uma mulher incrível diante dos meus olhos, ela me ensinou muitas coisas, mas o principal foi me ensinar a ser mais humano, e foi sendo humano que admiti a mim mesmo meus erros, não errei apenas com você, mas errei também com minha mulher muitas vezes, e acho que ainda irei errar, porém o melhor de tudo é que ela sempre estará ao meu lado me ensinando a ser uma pessoa melhor. E hoje acredito que sou uma pessoa boa, apesar dos meus erros, minha mulher acredita tanto em mim, que me vejo como uma pessoa capaz de realizar ações consideradas boas diante de seus olhos. Não estou escrevendo para pedir perdão, pois o que fizemos naquele dia é um ato imperdoável, tanto para você quanto para “ela”, porém gosta
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2022 Everly Suspiro frustrada e me deixo cair na poltrona de amamentação. Fecho os olhos e finalmente me sinto em paz ao ser envolvida pelo silêncio. Não há uma criança tentando revirar a casa e a outra chorando sem pausa. Como foi que a minha vida mudou tanto assim? Há um ano estávamos completamente felizes na minha exposição de artes e exultantes com a notícia do segundo filho, algo que não era esperado por nós dois, mas completamente bem-vindo. Olho para o berço observando meu pequeno pacotinho. Mattia. Pego-me pensando que Joshua quase não esteve presente no nascimento do nosso filho por causa do trabalho. Estava em Boston e tinha pensado naquele dia que iria passar pelo parto sozinha, ele chegou no último segundo e conseguiu participar do parto, contudo, não foi a mesma emoção do primeiro. Joshua não esteve presente desde o início, como da nossa pequena furacão de 1 ano. Foram seus pais e sua irmã que estiveram do meu lado enquanto as contrações e as dores assolavam meu co
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Everly “Gata, quando nós vamos sair para colocar as fofocas em dia?” Sorrio para a mensagem de Dylan, nossa amizade forte prevaleceu por todos esses anos e era a amizade mais sincera que tinha na minha vida. Tentei me enturmar quando cheguei a Nova Iorque, conheci muitas pessoas por causa da influência de Joshua, mas sentia que não eram pessoas boas, queriam me surpreender para cair nas boas graças do novo empresário de sucesso. E honestamente? Não precisava de amizades falsas e não me importava de ter muitos amigos, o melhor que tinha comigo. “Que tal amanhã? Estou esperando Joshua chegar, mas acho que vou dormir, estou cansada e não aguento mais manter os olhos abertos” Espero sua resposta, contudo, meu olhos insistiam em se fechar enquanto aguardava Dylan terminar de digitar. “Precisamos mesmo conversar, Eve. Não estou gostando do que anda acontecendo. Joshua precisa estar mais presente e sinto que você não está mais feliz como antes” Droga, não queria deixá-lo preocupado c
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