----Olá! Antes de tudo, quero informar a vocês que as próximas cenas contém ações violentas e que possívelmente podem gerar desconforto e serem causar de gatilho. Para quem não tenha condições de seguir em frente, sugiro pular os próximos três capítulos. Se não for o caso, então, boa leitura para vocês.-------O terror se instalou em mim quando as portas se fecharam, deixando-me sozinha com aquele estranho ameaçador. Minha mente gritava para fugir, mas meus pés permaneciam firmemente plantados no chão do elevador.Meu coração afundou no peito quando o homem finalmente virou-se para mim, revelando seu rosto cruel adornado com um sorriso sádico. Eu sabia quem ele era antes mesmo de ouvir sua voz.João Victor....A sensação de horror me envolveu quando ele avançou em minha direção, agarrando meu pescoço com uma força sufocante, pressionando-me implacavelmente contra a parede do elevador.Uma onda de pânico se abateu sobre mim enquanto eu lutava para respirar, minhas mãos se debatend

João Victor se aproximou, suas mãos ásperas e cruéis movendo-se habilmente para me prender à cadeira.  Seu rosto estava contorcido por um misto de ódio e triunfo, como se estivesse saboreando cada momento da minha angústia. 一 Você não sabe a dor que me causou, Erica. -  ele rosnou, sua voz ecoando pelo galpão vazio. 一 Mas você vai aprender. Vou fazer você pagar por tudo o que fez, por tudo o que sua família fez. Suas palavras eram como punhais perfurando minha alma, cada uma delas infligindo uma dor insuportável.  Eu me sentia encurralada, aprisionada em um pesadelo do qual não havia escapatóri

Um calafrio percorreu minha espinha enquanto eu processava suas palavras. Ele não queria apenas dinheiro.  Ele queria vingança, e eu era a peça principal em seu jogo sádico.  一 Você... você não vai conseguir nada com ele. Ele não me ama, casamos apenas por contrato. -  murmurei, minha voz trêmula de medo e desespero, mas também sentindo a dor de minhas próprias palavras.  João Victor apenas sorriu, um sorriso frio que gelou meu sangue nas veias.  一 Talvez não, não quero tanto o dinheiro assim. Mas meus amigos certamente vão. E, a propósito, você não vai sair viva daqui, então nem pense em fazer planos de fuga. Um homem se aproximou

MuriloMeu corpo caiu pesadamente na cama, a pressão do momento esmagando-me implacavelmente. Eu me vi mergulhado em um mar de culpa e auto-recriminação, torturando-me com pensamentos do que poderia ter feito para evitar essa terrível provação. Eu sabia que deveria ter protegido Erica, mantido-a segura ao meu lado, mas minhas falhas agora pesavam como uma âncora, arrastando-me para a escuridão da angústia e do remorso.O coração batia descompassado dentro do meu peito enquanto aguardava ansiosamente por notícias, cada segundo arrastando-se como uma eternidade. A localização enviada pelo meu contato misterioso piscava na tela do meu celular, uma esperança frágil em meio ao desespero avassalador.Quando uma mensagem finalmente chegou, uma onda de alívio e agonia se misturaram dentro de mim. "Movimentação suspeita detectada. Estou investigando", dizia o texto, trazendo um vislumbre de esperança em meio à escuridão que me envolvia.Não hesitei em retribuir a confiança depositada em mim

O mundo parecia em câmera lenta enquanto eu segurava Erica nos meus braços, seu corpo frágil e machucado. Eu sentia meu coração apertado ao ver suas mãos ensanguentadas, faltando algumas unhas, e o rosto marcado por cortes e hematomas. Uma onda de desespero tomou conta de mim ao perceber a febre que a consumia.一 Murilo, precisamos levá-la a ambulância lá fora. - Pedro me tirou do transe. Sem pensar duas vezes, carreguei Erica até o veículo e a coloquei com cuidado na maca, onde os médicos e enfermeiros começaram a avaliá-la com urgência.Enquanto os profissionais se movimentavam ao redor dela, administrando cuidados e medicações, eu me sentei em um canto da ambulância, observando com angústia cada procedimento. As lágrimas borbulhavam em meus olhos, a preocupação e o medo por Erica consumindo cada fibra do meu ser.一 M…murilo… - Foi então que ouvi sua voz fraca, sussurrando meu nome. Um misto de alívio e dor inundou meu peito, e pela primeira vez em muito tempo, deixei as lágrima

Eu estava ali, sentado na sala de espera do hospital, com o coração na boca aguardando por notícias de Erica. Cada segundo parecia uma eternidade, e a incerteza sobre o estado dela me consumia por dentro. Finalmente, o médico apareceu, chamando-me pelo nome e eu me levantei rapidamente, sentindo uma onda de ansiedade me envolver.Com passos rápidos, me aproximei do médico, tentando antecipar o que ele iria dizer. As palavras dele caíram sobre mim como uma chuva gelada, deixando-me paralisado.一 Erica está bem, senhor Murilo - começou o médico, sua voz calma contrastando com a gravidade de suas palavras. 一 No entanto, durante o trauma, ela sofreu algumas complicações. Houve hemorragias internas, mas conseguimos controlá-las rapidamente. Infelizmente, houve também o rompimento da trompa do ovário esquerdo, o que pode afetar a capacidade dela de engravidar no futuro. Mas quero ressaltar que não é impossível. Existem tratamentos e possibilidades para contornar essa situação.Um turbil

O ambiente frio e estéril do quarto fazia com que tudo parecesse ainda mais surreal. Lívia segurava minha mão, a presença dela me dando algum conforto.Ele tinha uma expressão séria no rosto, o que imediatamente fez meu estômago revirar de ansiedade. Lívia soltou minha mão e se afastou um pouco, dando espaço para que ele se aproximasse.一 Como você está se sentindo, Erica? - ele perguntou, olhando diretamente nos meus olhos.一 Um pouco de dor e cólica. - respondi, tentando soar mais forte do que me sentia.Ele deu um pequeno aceno e se aproximou mais, sua expressão se tornando ainda mais séria.一 As dores no corpo são por causa dos hematomas. - começou a explicar. 一 Suas unhas logo irão crescer, mas você deve manter o curativo por pelo menos uma semana até cicatrizar melhor.Olhei para minhas mãos, para as três unhas que estavam faltando. As lembranças da tortura que João Victor me fez passar invadiram minha mente e senti meus olhos se encherem de lágrimas. Engoli em seco, tentando m

Murilo tentou abrir a boca para falar, mas eu o interrompi, a raiva e a dor transbordando.一 Não precisa dizer onde você estava, Murilo. Eu sei. Você estava com Estela. Você sempre está com ela. - cuspi as palavras, sentindo as lágrimas começarem a rolar pelo meu rosto.Ele tentou intervir, mas eu continuei, minha voz ganhando força com cada palavra. 一 Não quero mais ficar nessa enrolação, envolvendo Estela. Eu sou grata por você ter me salvado, realmente sou, porque se não fosse por você, eu provavelmente estaria morta. Mas, Murilo, você me machuca mais do que João Victor quando age assim, colocando Estela sempre em primeiro lugar.Minhas palavras o atingiram como um soco, e ele deu um passo para trás, claramente abalado. As lágrimas agora fluíam livremente pelo meu rosto, cada uma carregando um pedaço da dor que eu estava tentando esconder.Lívia, notando meu estado de agitação crescente, se aproximou rapidamente. 一 Murilo, acho melhor você sair agora. Erica não pode ficar nervosa

(Murilo)Estava sentado à minha mesa na empresa, tentando me concentrar nos documentos espalhados à minha frente, mas as palavras de Erica continuavam a perturbar minha mente. Ela havia dito que eu a machucava mais do que João Victor. Ouvir isso foi como se uma faca tivesse perfurado meu coração. Eu sabia quanta dor ela havia passado nas mãos dele, mas ouvir que eu estava contribuindo para essa dor foi devastador.Minha mente estava em uma batalha interna constante. Por um lado, eu sabia que precisava contar a Erica a verdade sobre Estela e Letícia. Por outro, temia as consequências de Estela descobrir. Se isso acontecesse, talvez eu nunca mais encontrasse Letícia. Mas continuar a machucar Erica estava me destruindo por dentro. Eu a queria bem, queria levá-la para casa e cuidar dela. Mas será que, ao contar a verdade, eu perderia Erica para sempre?Apoiando as mãos na cabeça, respirei fundo com frustração. Minha mente e meu coração estavam em completa confusão. Erica sabia que meu

Enquanto me dirigia para casa, meu olhar não conseguia evitar a imponente mansão que se erguia diante de mim. Eu me perguntava quando Erica viria, ou se me ligaria, dizendo que estava a caminho. Uma parte de mim ainda estava dominada pela raiva, mas eu sabia que precisava manter a calma. Não podia deixar essa oportunidade escapar. Eu queria Erica de volta em casa, comigo.Subi as escadas para tomar um banho e tentar relaxar um pouco a mente. Precisava me acalmar antes de Erica chegar. Apenas o pensamento de tê-la de volta me deixava nervoso e ansioso.Meu celular tocou, interrompendo meus pensamentos. Vi o nome de Erica piscando na tela, e meu coração deu um salto. Atendi rapidamente, tentando disfarçar a expectativa em minha voz.一 Erica? - eu disse, tentando manter a calma.一 Sabe, Murilo, eu estava pensando... será que eu poderia voltar para a mansão? - Sua voz soava incerta, mas firme.Um sorriso involuntário surgiu em meu rosto. 一 Claro, Erica. A mansão sempre foi o seu lar.