Fiquei completamente paralisada. Então, minha mente acordou e eu olhei para mim, corri de volta ao quarto, ouvi Joshua chamando meu nome. Eu estava apenas de camisola e por mais que fosse longa, não é a vestimenta mais adequada para receber o seu pai biológico pela primeira vez. Me troquei rapidamente e andei de volta a sala, devagar, Ivan estava na porta e Joshua falava algo que eu não prestei atenção. — Entra — falei devagar e apontei para a sala. Ele desviou o olhar para mim, parecia surpreso. Joshua também me olhou e sorriu. — Desculpe vir sem avisar, eu... acho que podemos marcar outro dia... — ele começou dizendo. — Não, me desculpe, eu fui apenas trocar de roupa — dei um sorriso amarelo. Ele concordou e caminhou até a sala comigo, sentando no sofá, eu me sentei ao seu lado, um pouco afastada porque queria dar espaço a ele. Observei seu rosto, ele aparenta ser um pouco mais velho que Joshua, alguns fios grisalhos, o rosto de quem já viveu muita coisa e carrega a

Eu encarei meus bebês, os dois estavam lindos, com sua roupinha combinando, Joshua fez um penteado muito estiloso no cabelo deles e eu acabei rindo. Ele já estava pronto e estávamos esperando Ivan chegar com seus filhos, que são meus irmãos. Bom, eu sempre quis ter irmãos de verdade, no começo eu vivia mendigando a atenção de Dalila, implorando por carinho e união, mas depois eu apenas me fingi de indiferente, espero que com eles não seja assim, mas se for, visto minha máscara de gelo e vida que segue. — Como está a nossa garotinha? — Joshua me abraçou por trás e passou a mão na minha barriga. — Cada dia mais forte — sorri. — Estou tão ansiosa para tê-la em meus braços. — Vai passar rápido, mas eu quero que passe devagar porque você fica insaciável quando está grávida... — beijou meu pescoço. — Joshua... — gemi. — Assim eu vou querer e nós não... — a campainha tocou nesse momento e eu ri. — Vamos. Prometo que a sua sobremesa serei eu. Ele bateu na minha bunda e beijou

Dois meses depois. — Você é irritante, Michael. — Cassidy afirmou saindo pelo corredor. — Você não vai sair com ele, Cassidy. — Michael falou firme. — Por que? — a menina questionou. — Porque ele é um imbecil. — ele esbravejou. Cassidy parou de andar e virou para o irmão. — O que ele te fez? — indagou. — Nada... — MICHAEL. eu e Olívia nos encaramos, assistindo a briga dos dois e segurando a risada. Michael ficou vermelho e passou a mão no cabelo, nervoso. — Ele não fez nada, ok? Você sabe que eu sei me defender, mas ele é um idiota, Cassidy, faz bullying com quem ele acha que é mais fraco, isso não é um homem que seja digno de sair com você. — ele afirmou. — Concordo. — entrei na conversa. — Valentões não serão bem vindos na nossa família. Michael sorriu e Olivia concordou. Cassidy abraçou o irmão e disse: — Claro que não. Michael, eu jamais sairia com um imbecil assim, estava só jogando verde para saber se ele já havia feito alguma idiotice com você, quer qu

Já tem um tempo que eu venho sendo abordada pela minha antiga família, na verdade, Joshua usou toda sua influência e autoridade para deixá-los completamente na sarjeta. Como o marido maravilhoso que ele é, não deixou que eles falassem mais do que duas palavras. — Ela apareceu lá em casa ontem. — Cassidy falou dando de ombros. — Como assim? Por que não me disse? — questionei. — Não precisou, papai botou ela pra correr de lá e foi bem engraçado. — falou rindo. Estava se referindo a Dalila. — Fiquei até com dó. — Michael levantou o olhar do tablet e me encarou, mas também estava rindo. — O que ela queria? — indaguei curiosa. — Como o quê? Queria que a gente falasse com você, não sei como ela descobriu nosso endereço, mas papai resolveu. — Michael respondeu. — Sinceramente, ainda não entendo como o seu ex teve coragem de te trocar por ela, você é bem mais bonita e melhor em todos os quesitos. — Você é um cavalheiro, Michael. — sorri e o abracei. — Foi uma coisa boa,

Olívia já está se queixando de dores nas costas, o que eu imagino que seja verdade, sua barriga está crescendo rápido demais e logo logo teremos nosso anjinho por aqui. — Papai — Kaili me chamou. — Oi, filho. — passei a mão na cabeça dele e o incentivei a brincar com seu castelinho lego. A cobertura está silenciosa, os irmãos de Olívia não vieram esse fim de semana, já que precisaram ir a um casamento de alguma prima parente da mãe deles. Levantei o olhar e vi a minha garota vindo pelo corredor, com a mão na cintura. Para mim ela estava linda, mas Olívia sempre reclamava que havia engordado, eu não acreditava nisso. — Estou cansada. — reclamou. — Então descanse, meu amor. — respondi. — Está muito cedo para dormir, a gente pode fazer outra coisa para passar o tempo. — falou me encarando. Tive vontade de rir desse seu convite nada discreto para fazer sexo, mas provoquei um pouco. — Tipo o quê? — perguntei me fazendo de confuso. Ela bateu o pé no chão e apont

Alguns meses depois. — Eu realmente não aguento mais. — falei cansada. — Eu disse que você não deveria ter ido, mas você é teimosa. — Joshua reclamou. — Eu precisava sair um pouco de casa, amor... — me defendi. — Eu sei, mas deveria ter me avisado, eu viria mais cedo e iria com você. — ele continuou reclamando. — Tudo bem, prometo que não saio mais. Morgana precisou ir ao shopping para fazer umas compras e eu acabei indo junto, lembrei que fazia um bom tempo que não comprava nada para os meninos. A questão é que eu devo ter esquecido que estou bem grávida e ando ficando cansada por tudo. — Está no finalzinho, amor, já já nós teremos a nossa garotinha, só mais algumas semanas. — meu marido colocou as mãos em meu ombro e começou a massagear. — Estou tão ansiosa para vê-la. — sussurrei, a massagem ficou tão boa que eu até gemi. Vi duas crianças muito espertas correndo atrás um do outro, os dois já estão tão crescidinhos, cada dia mais desenvolvidos, são o amor e

Olívia foi colocada em um quarto de descanso e eu fui até a recepção, para encontrar Morgana inicialmente, mas lá estavam, todos eles, Ivan parecia que teria um surto a qualquer momento. — Joshua — ele me chamou. Eles foram liberados e eu os levei até a porta do quarto. — Ela nasceu — falei animado. — Mas, Olívia está dormindo agora, está tudo ótimo com as duas, vocês precisam ver a minha filha, ela é linda. — sorri como um idiota. Todos me abraçaram, foi um momento feliz e descontraído, entramos devagar no quarto, Olívia dormia quieta e nossa menina estava logo ao lado dela, também dormindo. Todos ficaram em silêncio no momento. — Joshua — Ivan me chamou no canto. — Sim? — Parabéns, quero agradecer por permitir que eu viva isso. — ele tocou em minha mão. — Ivan, você é pai da minha esposa, é parte da minha família. Você merece isso também. — apertei sua mão. Conversamos um pouco sobre o nascimento da minha filha e ouvi um gritinho e olhei para a cama assusta

Um ano depois do nascimento da pequena Ivanna. Finalmente. Eu finalmente estava na faculdade. Estava vivendo com meu irmão novamente, dessa vez apenas nós dois. Eu estava com saudade do papai, esperava que ele conhecesse alguém em breve que cuidasse dele, assim como ele cuidou de nós. A minha última aula acabou e eu me apressei para correr para o nosso apartamento perto do campus, mas senti uma mão em meu ombro e me virei para ver quem era. — Cass — Oi, Peter. — sorri. Ele é um dos jogadores do time de futebol americano, mas não nos falamos com frequência, sei de algumas coisas sobre ele, porque todo mundo conhece os meninos do time. — Então, hoje vai rolar uma festa, está afim? Pisquei algumas vezes, tentando entender que raios de convite é esse para uma festa, já que nunca trocamos mais que três ou quatro frases desde que cheguei aqui. — Oh, obrigada pelo convite, eu não sei se vou conseguir, você sabe, provas chegando. — sorri sem graça. — Certo, tudo b

Estávamos no aniversário de dois anos da nossa pequena, a família inteira estava reunida, Michael era um tio muito babão e protetor, segurava a menina no colo e passeava com ela por todo canto. Olívia sorria para a câmera da fotógrafa que registrava absolutamente tudo. Meus irmãos chegaram cedo e já estavam participando ativamente da festa. Cassidy foi a última a aparecer, entrou no salão com uma sacola na mão e um rapaz ao seu lado, segurando em sua mão. Era alto, forte, muito bonito para sua idade. Ela nos viu na mesa e veio animada. — Cassidy, você está atrasada. — Olívia reclamou sorrindo e foi abraçar a irmã. — Desculpe, aqui está. Eu mesma fiz tudo. — entregou a sacola para Olívia que não esperou. Cassidy fez um vestido amarelo, muito fofo, imagino que ela tenha desenhado, Ivanna ia adorar. — Peter — Michael veio pela lateral com minha filha no colo e cumprimentou o rapaz ao lado de Olívia. — Mike, assisti sua partida, cara, você é bom. — ele riu. — Cass, n

— Mamãe, quero ir embora. — Kaili insistiu, com a cara emburrada. Keanu apenas encarou o irmão e olhou para fora da janela do carro. — Vai ser legal, meu amor, você vai fazer muitos coleguinhas, eu prometo. — falei com o coração na mão. Os dois já estavam crescidos, quando completaram quatro anos, eu e Joshua decidimos que era hora de colocá-los em uma creche, para que eles fossem estimulados a conviver com outras crianças além da irmã e do primo. Eles já viveram todo esse tempo em casa, sem muito contato com o social e achamos que é importante para eles. A professora já os aguardava quando chegamos, Joshua olhou para mim e eu tive que segurar as lágrimas, os dois entraram juntos, de mãos dadas na sala e a professora apresentou meus meninos para a classe. — Joshua, tem certeza que foi uma boa ideia? — perguntei emotiva. — Sim, amor, eles vão ficar bem. Vamos. Ele sempre se mantinha firme, sempre um pai muito dedicado e presente, porém, criava os filhos com muita serie