Otávio... — Eu quero a separação! Falo rápido. Estou na porta da cozinha enquanto Cláudia preparava o jantar da Majú. Tínhamos empregados, mas Cláudia fazia questão de preparar as refeições da nossa filha. Cláudia para o que está fazendo e me encara, seu olhar é vazio e frio. Ela sabia que cedo ou tarde isso ia acontecer. Eu já não comparecia nas minhas obrigações conjugais, ela já havia visto mensagens comprometedoras no meu celular, mas nunca questionou, o por que eu não sabia. Eu vivia um relacionamento extra conjugal com Isadora minha secretária a muitos anos, tínhamos uma menina, Rebeca... Rebeca era mais velha que Majú 3 anos e veio em um momento em que eu e Cláudia tentávamos engravidar. Cláudia tinha problemas e depois de muito tentar por meios naturais, buscamos ajuda de um profissional que nos indicou a fiv(fertilização in vitro). Isadora não tinha problema em relação a isso, ela já tinha um filho de outro relacionamento, mas o mesmo morava com o pai, um cara perigos

Ela esboça um sorriso maligno e vem com a sua teoria. — Eu tenho 45 anos, mãe em tempo integral, abdiquei da minha vida profissional para cuidar do meu lindo marido e da minha filha, uma menina de 6 anos, uma mulher que faz ação social na comunidade, honesta... Qualquer advogado de porta de cadeia provaria a justiça que você é o cabeça da organização, que você é o adúltero que tem uma filha fora do casamento... No máximo respondo um processo em liberdade! O pior é que ela tinha razão , apesar de saber de toda treta, Cláudia não se envolvia em nada diretamente. — Eu vou matar você! Digo com sangue nos olhos. — Pega a senha então, amor! Saio da cozinha xingando ela.Depois daquela discussão ainda ficamos morando na mesma casa por um ano, Isadora me perturbava, ela queria exclusividade, mas Cláudia não voltou atrás, 50% ou nada! Eu tinha que arrumar um jeito de sair dessa... E foi pensando em como conseguir o que quero que bolei um plano... Cláudia ficou atenta a tudo, ela não

O que aconteceu? Os corpos nunca foram encontrados, eu mudei de identidade, Majú ficou aos cuidados da tia e do tio, todo mês meus advogados depositavam dinheiro na conta da Majú disseram que era indenização da empresa aérea, a irmã da Claudia era do interior, não entendia nada e o esposo, um vagabundo viciado, ele não queria saber da onde vinha o dinheiro, só queria gastar! ... — Diz que você matou aquele filho da puta! Rebeca veio correndo em minha direção. Rebeca disse que Lyon havia estuprado ela e foi exatamente por esse motivo que seu irmão maromba havia morrido, eu via em seus olhos que ela queria vingança. Aquele filho da puta tocou na minha menininha e eu ia fazer ele sofrer! Eu fiz uma jogada arriscada entre Caíque e Lyon, mas não deu certo, Majú tinha o poder de enfeitiçar os homens e nenhum dos dois fizeram o que eu queria. Resolvi apelar para a manjada, mas eficaz ameaça... Kadu era tudo que Lyon tinha e eu pensei por muitos anos que eu havia conseguido, até Reb

Lyon... Porra, vocês não tem noção de como eu estava dentro daquela sala, um misto de emoções. Cheguei com vontade de matar aquele filho da puta, eu queria encher ele de tiro, mas sabia que se fizesse isso toda cúpula política viria atrás de mim, já que esse babaca era braço direito de Izael Fernandez e o melhor no momento é não mexer com esse homem. Segundo, era uma felicidade absurda! Ela disse que me ama, que me protegeria... Cara! Como eu pude ser tão filho da puta com ela? Saímos daquela sala e eu só queria agarra-la. Entramos em casa e assim que a porta foi fechada eu faço o que planejei da boca até aqui, puxo ela pela cintura... Como eu queria terminar o que começamos no pagode. — O que você falou para o Otávio é verdade? Pergunto ainda a segurando pela cintura. —O quê? Ela se faz de desentendida. — Que você me ama e que passaria por cima de qualquer um pra me proteger! Ela coloca seus braços em volta do meu pescoço e me encarando diz: — Todas as palavras, sem tir

Saio do banheiro e Leon e Majú não estão no sofá. Me deito no mesmo e de olhos fechado fico pensando. — Não vai jantar não? Ouço a voz da Majú e sem abrir os olhos respondo. — Tô com fome não, vlw! — O que aconteceu? Ela se senta ao meu lado e eu enfim abro os olhos. — Coisas minha, se preocupe não. — Sabe que não acredito neh? Então me conte! Conto pra ela o que aconteceu e ela tem a mesma reação que a minha, ficar com o olhar longe e pensativa. — Isso vai dá merda! Ela diz. — Pior que vai! — O que vamos fazer? — Eu não sei Majú... Pior que não sei e ainda tem esse bendito aniversário que sua amiga inventou! — Essa festa promete! Majú finaliza a conversa deitando a cabeça em meu peito. Eu estava tão preocupado que nem arrisquei nada, só precisava pensar, pensar em algo que impedisse eles de sofrerem...❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️Fael... — Cadê ela? Já vou entrando na quadra olhando para todos os lado e seguindo até o banheiro, mas ela não se encontr

— Júlia tem depressão... Tem bulimia... Tudo começou depois que nossa mãe a obrigou namorar o Patrick... — O tal noivo? Pergunto. — Sim... Começou como um namoro e agora esse noivado idiota! Depois de um tempo deles juntos, Júlia mudou... Perdeu peso, ficou anêmica, cabelos fracos... Eu sou médica neh Fael, eu sabia o que aquilo significava. Eu escutava atentamente o que ela dizia, Marina tinha lágrimas nos olhos, meu coração estava acelerado, ansioso para saber enfim o motivo de tanta tristeza nos olhos da Júlia. Marina continua. — Coloquei ela contra parede, fiz dezenas de perguntas e sem conseguir negar ela me contou que, Patrick sempre fazia comparações... — Que tipo de comparações? — Do corpo dela, peso, aparência... Essas coisas. A auto estima dela foi ao chão, eu cheguei a ir em várias sessões de terapia com ela, mas minha vida está uma loucura só e parei de acompanhá-la... Acho que ela não está bem, se tirarem ela daqui, tenho medo do que possa acontecer com ela. Eu

Depois que o dr foi embora eu fui até cigano, quero saber o que aconteceu. — Vlw por cuidar dela até eu chegar... Aperto a mão dele. — Ao seu dispor, chefe. — Onde ela estava, o que aconteceu? Eu tentava entender. — Geral do movimento conhecia o mauricinho que foi buscar ela lá na comunidade. Ele vende, falei com você lá no morro... — Sim... — Bati na casa dele e ela estava lá... Usando com uma galera... Eles iam abusar dela... Ela já estava sem blusa... Ele nem termina de falar, eu já faço gestos com as mãos para ele parar de falar. — Dê um corretivo nesses filhos da puta! Ordeno com ódio. — Já me encarreguei disso pessoalmente chefe. — Obrigado... E ela ficou agressiva do nada? — Não... Ela veio de boa, mas quando entramos aqui no condomínio ela surtou, não queria ficar de jeito nenhum... — Ela gosta do senhor.... Ele diz receoso. — Ela é irmã da Marina cara... Tivemos um envolvimento antes de sabermos dessa porra toda, acho que me aproximei demais dela e ela surto

FM... Eu e Emilly estamos nesse lance a três meses, ela fica mais aqui em casa do que lá na CDD, mas de uns dias pra cá tenho sentido ela estranha. Aos poucos sinto que ela tem se afastado, o por que eu não sei, mas eu vou descobrir... Resolvo enviar uma mensagem pra ela. “Vai colar aqui em casa hoje?” Não demora muito ela me responde. “Essa semana é de avaliação na faculdade, vou estudar.” “Estuda aqui em casa!” “Não vai rolar!” Toda semana ela tinha uma desculpa, eu já estava bolado. Resolvo deixar quieto por hora, mas eu sou neurótico, já vou pensando mil paradas. Será que ela enjoou? Será que se interessou por outro? Será que ela já está ficando com outro? Várias coisas na minha cabeça, então resolvo colar lá na comunidade dela. Eu lá sou otário? Se não quer é só ralar, precisa ficar me enrolando não! ... — Fala aí pezão! Chego na sala de pezão e o cumprimento. — Fala aí! Veio atrás da Emilly? — O que tá pegando? Pergunto logo, pelo jeito que ele falou sei que

Um mês depois... Emilly estava com três pra quatro meses e a barriga já era bem visível, ela usava roupas largas para ninguém perceber. Os enjoos eram constantes, mas a médica dela disse que já estava próximo de passar. — Eu não vou! Ela estava nervosa andando pela minha casa. Tínhamos recebido o convite do aniversário da Júlia, ia ser em Angra. — Por que não? — Angra, praia, piscina... Você sabe! — Emilly já deu isso! Está na hora de você contar pro Lyon... Ou você conta, ou eu conto! — Por favor FM... — Não adianta, já te dei um mês... Não tem mais desenrolo! A mão dela suava, ela tremia e eu estava com medo dela passar mal, mas me mantive firme, ele precisa saber. — Ok... depois do aniversário eu conto. — Você vai no aniversário comigo! Não dei outra opção a ela. — Eu vou, mas já sei o que vou fazer... Vou dizer que estou menstruada e vou me livrar dos biquínis. Eu tenho certeza que isso não vai funcionar, mas não disse nada, só concordei.♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️

Eu já estava sentada na areia, Emilly ao meu lado, o sol já estava fraco e o resto da galera na água rindo e tentando um afogar o outro.— Quantos anos eles tem mesmo? Emilly me pergunta rindo. — Crianças em corpo de adulto! Digo rindo e ainda observando a bagunça na água. FM saí da água e senta ao lado da Emilly, agora na água só tem casal. Vejo o exato momento que Marina gruda no pescoço de Fael e o beija, um beijo demorado... Eu sei que não deveria me sentir incomodada, mas infelizmente eu me sinto. Assim que o beijo do casal acaba, Fael olha em nossa direção eu desvio o olhar e mexo na minha bolsa, pego minha carteira e quando minha atenção volta para o mar, vejo eles vindo em nossa direção. Me levanto rápido e aviso ao casal ao meu lado que vou a um quiosque. — Vou no quiosque, querem alguma coisa? Pergunto já de pé. Eles negam e mais do que depressa saio dali.Estou pedindo uma água de coco quando escuto alguém me chamar. — Júlia? Olho na direção da voz e logo abro