Julieta escutou suas palavras e, involuntariamente, seus cílios tremeram.Ela apertava os próprios dedos com força, tentando ignorar o sentimento impróprio que surgia. Após um longo silêncio, ela perguntou:- Por quê? Você não se importa com nada, não é verdade?Francisco a observava em silêncio. O semblante do homem estava extremamente indiferente, até mesmo um pouco sombrio.Após um tempo que pareceu uma eternidade, ele, sem expressão alguma, finalmente falou:- Eu não me importo, mas também não permito que alguém anseie pelas coisas que me pertencem, e muito menos que as toque.Julieta deu uma risada. Então era isso. Realmente deveria ser assim.Ele agia apenas porque algo que lhe pertencia estava sendo desejado.Não era por causa dela.Se fosse por uma questão de preocupação, mesmo que fosse com um gato ou um cachorro que ele criasse, ele agiria da mesma forma.Julieta fazia um esforço para manter a calma em seu rosto.Ela esboçou um sorriso leve:- Certo, agora eu entendi.Franci
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