"Existem vários tipos de amor. O amor avassalador, o tal famoso amor-a-primeira-vista, aquele amor imediato, amor eufórico daqueles que bagunçam a gente e deixa nosso mundo de pernas - pro- ar, que chega até dando tropeços, mas existe um tipo certo de amor que mal reparamos, na qual passa despercebido, que chega a passos lentos e largos, que não emitem poluição sonora, que entra em mansidão pela pequena fresta deixada ao encostar da porta ante aberta. Esse tipo de amor, não é aquele tipo contraditório, ele apenas entra devagar, encontra sua morada e permanece ali. Com o passar dos dias, vai se expandindo, mas, sempre cauteloso, aos poucos, sem pressa de dominar todos os espaços, porque esse tipo de amor não requer lugares vazios ou pequenas brechas. Ao seu tempo, vai decorando, moldando, completando todos os minúsculos detalhes e entrelinhas. Nada fica subentendido, nada fica submerso. É fala mansa, é calmaria. É amor desprendido, sentimento em alfa. Esse tipo de amor, não nos perde,
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