Adentro ao quarto da mãe da Marghot, uma senhora que outrora deva ter sido robusta, percebo que a doença levou o melhor dos seus dias, pois seus traços frágeis do momento, não ocultam a rigidez de dias melhores. Vejo em situações assim, o quanto a vida passa sem pedir licença e muito menos, sem te dar uma segunda chance. A mãe de Marghot está sendo sedada, para melhor suportar a dor. Marghot me disse que por alguns dias até relutou em não aceitar a sedação, no entanto, percebeu o quanto a dor se tornou insuportável e os médicos a convenceram a ceder para o bem da sua mãe. Permaneço um tempo conversando com Marghot, sei bem como é estar sozinha com alguém enfermo, meu avô em seus últimos dias, depois do segundo infarto, precisou ficar hospitalizado, foi um tempo que tive para me acostumar com sua ausência, dias difíceis foram aqueles. Sinto até um nó na garganta quando essa lembrança me vem. Sinto muita saudade dele, da minha avó, nem sei mensurar. Eles sempre serão especiais para m
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